UMA SAÌDA COLETIVA

O anuncio de minha possível e quase certa saída do Partido dos Trabalhadores, tem sido encarada por alguns militantes como precipitada e um ato isolado. Talvez tenha sido, não tenho ainda esta compreensão. Entendo que precisa externar minha posição o mais rapido possível. Não poderia ficar com o peso das angustias comigo. Tinha que compartilha-las. O fiz escrevendo aqui no Blog. Confesso que não pensei que a imprensa fosse atentar-se para um texto de um blog pessoal ainda mais de um militante petista, que nem direção é do PT. Quando a Jornalista ligou não quis confirmar. Porém a posição aqui escrita já estava publica. Mas apesar da decisão de sair é quase que irreversível, vou me submeter ao debate nas plenárias do Fórum Socialista minha corrente interna no Partido. Quero uma saída coletiva e uma solução quanto ao futuro. Não penso em constituir o bloco do EU sózinho, nem tão pouco minha História no movimento aponta para isto. Digo que a saída é quase irreversível, pois a conjuntura é dinamica e podemos ter mudanças radicais nas posturas do governo Lula e no PT. Mudanças na economia, com o rompimento imediato com o FMI, a retomada do crescimento com aceleração da produção e geração de empregos. Mudança nas companhias, rompendo com os PLs, PTBs e Sarneys da política Brasileira e selando alianças com os aliados de toda hora PSB, PCdoB e os movimentos populares. No PT as mudanças radicais, viriam com a imediata expulsão de todos os envolvidos, uma repactuação na direção, garantindo a participação de todas as tendências na condução Partidária. Além disto desconstruir as estruturas burocráticas e autoritárias, criadas nos últimos anos e construir estruturas com participação popular, democracia ao extremo, transparência nas ações. Bem não acredito que a atual direção promoverá estas importantes e necessárias mudanças, nem tão pouco o governo alterará sua lógica de governabilidade neo liberal. Assim penso e reafirmo que no PT não há mais espaço para uma política de esquerda e socialista.