segunda-feira, outubro 17, 2005

DESARMAR È PRECISO

No debate sobre o referendo do Desarmamento, realizado pelo Jornal de Limeira, na última sexta-feira (14/10), ouvi como argumento dos defensores da não proibição do comércio de armas de fogo, que o governo não combate o crime e assim o cidadão de "bem", deve defender-se por conta própria.

Perplexo perguntei para as pessoas com quem conversava, sobre o papel de combate a criminalidade, a quem compete?. Todos responderam que ao Estado compete esta função.

Fiz segunda pergunta: Então porque armar a população?. Resposta: Porque o Estado é incompetente.

Aí não entendi e concluí que no mínimo os que defendiam esta tese estavam sendo contraditórios. Assim propus aos defensores do NÃO, que fizéssemos uma outra campanha.

Ninguém paga mais impostos, pois se o pagamento dos tributos são para que o Estado faça investimentos para ofertar a população qualidade de vida e o mesmo não o faz, então abaixo o governo, em todos os níveis: municipal, estadual e nacional.

Creio que ao fazermos isto estará instalado no País o Salve-se quem puder.

Quem puder contratar seguranças armados até os dentes, para proteger seu patrimônio e sua família que o faça, o Estado não terá mais condições. Quem puder morar em condomínios fechados, ilhas paradisíacas e bem distantes do mundo urbano, que o faça, porque o Estado não terá recursos para oferecer segurança as nossas moradias. Quem puder comprar armamentos dos mais sofisticados e de última geração, faça, porque o Estado não terá dinheiro, para organizar policiamento para oferecer segurança á população.

E mais quem puder entre para uma organização criminosa, pois talvez sendo parte de uma, o cidadão será mais bem protegido, pois o Estado estará falido e sem condições de oferecer proteção a ninguém.

Alias as únicas instituições que terão vida neste contexto, serão a Igreja, porque precisaremos rezar muito para viver e o crime organizado. A Barbárie estará instalada neste Brasil Varonil. Por isto é que vou votar 2, SIM para não correr o risco de chegarmos a este ponto.