HOMENAGEM AO MILITANTE
Flávio Carvalho Molina, morreu aos 24 anos, em 1971 em São Paulo. Suas ossadas foram identificadas no último dia 02 de Setembro, após 15 anos em que a vala onde foi enterrado no cemitério de Perús foi aberta.
Flávio era militante do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular), organização de esquerda e de luta contra a ditadura militar.
Morto foi enterrado e dado como indigente no famoso cemitério da grande São Paulo, onde dezenas de militantes que foram assassinados pelo regime militar estavam enterrados.
Graças a Deputada Federal (PSB), na época prefeita da Capital Luiza Erundina, foi possível descobrir mais uma das violências praticas nos anos de chumbo, bem como mais uma de Paulo Maluf, que a época da ditadura era governador biônico do Estado de São Paulo.
As ossadas de Flávio foram transportadas para o Rio de Janeiro, seu Estado natal, onde será enterrado com todas as honras que um revolucionário merece. As informações e o poema abaixo, foram enviadas pelo Jornalista Alipio Freire, o qual post como minha homenagem:
BALADA PARA ALGUÉM DISTANTE
Flavio Molina
Por que alguém, mais dia menos dia, Fica ausente?
Brincando com o coração da gente
Tirando a nossa alegria...
Por que alguém, mais dia menos dia, Deixa tudo?
Deixando também um coração mudo De tanta melancolia...
Por que alguém, mais dia menos dia, Parte para um lugar distante?
Causando uma dor talhante, Que ninguém mais avalia...
" Minha presença A dor que te devora Muitos a tem agora.
Reage! Luta contra ela, pois senão te dilacera
E ainda mais vais sofrer, Pois continuará a doer.
Estou aqui. Aqui, bem junto a ti.
Posso não estar presente
Mas por mais que me ausente
Sempre estarei aqui.
Flávio 12/02/69
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