segunda-feira, dezembro 05, 2005

GALVÃO BUENO, QUAL È A SUA?

Ontem assisti a última rodada do campeonato Brasileiro de futebol, marcado e manchado pelas estripulias da CBF e suas viradas de mesa. Fui obrigado a acompanhar o jogo do Corinthians e Goiás em função da ditadura da TV Aberta, que transmitiu apenas esta partida.

Nos direitos de transmissão, a coisa funciona mais ou menos com a ditadura: A TV da ordem, no caso a globo, tem todos os direitos enquanto a outra TV (Record) a consentida, como era o MDB no regime da bota, transmite o que a oficial permite. As outras ficam a ver navios e colocam em sua programação, Gugus e Rauls Gils.

Mas como queria acompanhar os resultados do meu Palmeiras, aproveitei para secar os Gambás (apelido carinhoso do time do PQ. São Jorge). Mas o sacrifício é muito grande. Alem de ter que aturar, o time da marginal sem numero, somos obrigados a ouvir os comentários, parciais e sem fundamento de Galvão Bueno.

O primeiro deles, é de que o Corinthians seria campeão, independente do extra campo, que a CBF e a Confederação Sul Americana, decidiram que seria assim. Ora os caras viram a mesa no famoso tapetão, e depois que a sociedade reage com as armas que tem, o que vale é o resultado das quatro linhas?. Você transforma a competição em uma bagunça e depois diz para quem quer restabelecer a ordem de que sua bagunça tem que continuar?.

A tradição de organização do futebol Brasileiro, foi e ainda é, calçada em uma cultura autoritária e centralizadora. Os clubes que deveriam reclamar dos sucessivos golpes que tomam dos cartolas da CBF e Federações Estaduais, abaixam a cabeça e ao menos protestam.

O Galvão ainda é capaz de afirmar, que atrasos no inicio de uma partida, faz parte da cultura futebolística, principalmente quando é cometido por cartolas, que o fazem com o intuito de aparecer para a mídia, ou até se precisar favorecer a uma ou outra equipe no tempo de jogo.

È cultura para o narrador da Globo, que um torcedor pobre, emocionado com o seu time, entre no campo para dar um abraço em seu ídolo, seja preso, como se estivesse cometido um grande crime. Cartola pode fazer o que quer, torcedor não.

Brinco com os Corintianos de que eles deveriam ter vergonha de comemorar este titulo, pois foi ganho por intermédio de virada burocrática. Acho que o torcedor tem que comemorar.

No entanto as autoridades, precisam considerar, os protestos, investigar a verdade para fazer justiça. Como justiça neste País não é cultura dos que dominam, nada vai mudar neste episódio. Agora Galvão, qualé a sua, heim?.