quinta-feira, janeiro 05, 2006

AS BRUXAS DE MARION

Marion Zimmer Bradley, faleceu em 1999 e ficou conhecida pela autoria de uma das maiores obras de ficção que já li. As Brumas de Avalon.

Trabalhava em Pedreira, no ano de 1995, quando comprei o livro, partilhado em quatro volumes. Li a estória da Inglaterra da passagem do Feudalismo para o Mercantilismo, sobre a ótica das mulheres bruxas, cheias de poderes terrenos e extraterrenos. Meus volumes tem sido lido por varias amigas que tem se deliciado, com esta epopéia feminina e ecumênica.

Recentemente li a última obra de Marion, a qual ela não conseguiu terminar e foi concluída por sua assistente Diana L. Paxson. O livro a Sacerdotisa de Avalon, embora mantenha o tema central que é a Ilha de Avalon, seus poderes e suas mulheres, bem como que a Estória é contada a partir da ótica feminina, nada tem haver com Brumas, não é uma ponte ou uma continuação.

È mais um episódio do santuário de bruxas e feiticeiras que acreditam em um único ser supremo e que é uma mulher. A DEUSA.

Em a Sacerdotisa, o enredo desenvolve-se durante as últimas décadas do Império Romano e a consagração do Cristianismo como a religião oficial do Estado dominante. A ascensão de Constantino o Imperador que teria sido preparado pela Deusa para cumprir a profecia de que todos os povos e suas mais diversas crenças religiosas viveriam em harmonia e solidariedade.

Constantino além de não pregar o ecumenismo e a pluralidade, perseguiu as intituladas crenças pagãs e não cristãs.

Embora esta obra não supere as Brumas, ela mantém o mesmo ritmo, com muita aventura, sexo, ternura, guerras, intrigas e política. Vejo que não apresenta nenhuma novidade, mas trabalha com maior ênfase a tolerância religiosa, política, opção sexual e outras.

Marion morreu deixando este legado de uma terra que pode extirpar a falta de respeito pelo diferente. A idéia de um mundo ariano ou de raça pura, bem como de uma nação do bem e outra do mal é rechaçada na obra desta escritora.

Comprei a Sacerdotisa de Avalon, no sebo da Rua Santa Cruz em Limeira. O livro teve sua primeira edição em 2000 e foi publicado no Brasil pela editora Rocco.