terça-feira, maio 02, 2006

PAULO DE TARSO: O CONTROVERTIDO APOSTÓLO

Ler Paulo de Tarso, o Maior Bandeirante do Evangelho, do filósofo católico Huberto Rohden, nasceu de uma curiosidade. Para quem não conhece a vida, nascimento e morte do 13º discípulo de Jesus Cristo, o livro editado pela Martin Claret, é fundamental para o leigo, embora como toda a biografia, seja necessário, ler outros autores, de tendências ideológicas e religiosas outras.

Huberto Rohden escreveu a obra de 483 paginas em formato de livro de bolso, pela primeira vez em 1939. Esta da MC é a 18ª, de 2005. O autor pelo que nos passa, é um ardoroso defensor da política do espírito, muita parecida com o praticado pelo Movimento Renovação Carismática. Coloca então Huberto, que São Paulo, desde sua conversão ao Cristianismo, focalizava sua atuação, na evangelização dos Homens e Mulheres, na salvação da alma, com a penetração do Espírito Santo.

As preocupações de Paulo de Tarso eram a da conversão dos pagãos e judeus, para um Cristo Ressureição dos mortos e que através desta instituição, propunha aos seres humanos, esta metamorfose. A mesma ocorrida com ele, que de Fariseu, doutor da Lei de Moisés e perseguidor dos seguidores de Cristo, transformou-se, não só em seu maior aliado, mas principal difundir da fé no Nazareno.

As principais comunidades Cristãs, fora da Palestina, foram criadas por São Paulo. Desde aquelas fundamentadas no dogma Judeu Mosaico, as presas aos Deuses e cultos Gregos e Romanos. Paulo de Tarso era Internacionalista, na concepção de que todos tinham o direito de receber as instruções do Evangelho. Com isso, suas maiores divergências, foram com os Saduceus, principais defensores da Lei de Moisés, os mesmos que pediram a morte de Cristo a Poncio Pilatos.

Assim para o Santo que originou o nome da Capital de nosso Estado, para aderir a Cristo, não havia necessidade de ser circunciso, abster-se de carnes de porco e outras penalidades e sacrifícios. A liberdade de escolha é o principal mote da filosofia Paulina.

No entanto, a mesma filosofia que conclama interação mundial e total liberdade, coloca a mulher em uma condição de submissão ao esposo, embora ela possa ter participação na liturgia cristã. Outro problema de Paulo é sua passividade perante o sistema escravocrata dos primeiros anos da era cristã e a sua total omissão em relação aos poderosos e aos sistemas de exploração e dominação.

Em nenhuma de suas epistolas (cartas dirigidas às comunidades cristãs e lideranças do cristianismo), condena o Império Romano e outras formas de domínio. Apesar destas considerações Paulo, foi ao contrario de outros apóstolos, o primeiro a condenar a idolatria e o dogmatismo da Lei Mosaica, bem como foi o primeiro a desenvolver orientações Pastorais e organizativas da Igreja dos primeiros Cristãos.

Vale a pena ler a obra de Huberto, mas vale também conferir outras biografias sobre o assunto.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Os comentários deveriam forjar textos com esmero lingüístico do nosso belo idioma português.

dezembro 21, 2006 8:55 AM  

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