sábado, janeiro 13, 2007

A MÍDIA- II

A Responsabilidade de escrever

Janjão e Rodrigo/2000


O Homem que elabora teorias e análises, emite opinião acerca do cotidiano e de seu universo, o faz com objetivo de contribuir para disseminação de idéias e proposituras, gerando assim, o debate no seio da sociedade.
Portanto, é de extrema responsabilidade, o ato de tornar um texto de domínio público, pois o conteúdo de uma matéria, pode provocar transformações em um estado de coisas.
Em nossa História, temos vários exemplos de que algumas linhas escritas para conhecimento da opinião pública, proporcionaram mudanças radicais em nosso país. Presenciamos a série de reportagens publicadas pela revista Veja, com o motorista do ex-presidente Collor de Mello, que foram o princípio do processo que derrubou a corte “colorida” do Palácio do Planalto. Mais recentemente, percebe-se que após o lançamento do Manifesto em Defesa do Brasil, da Democracia e do Trabalho, que sucedeu a Marcha dos Cem Mil, lançado em Brasília por vários intelectuais e pessoas de grande relevância no cenário político, o Governo vem fazendo altos investimentos em publicidade, para reverter sua imagem junto à população.
O poder da escrita é incalculável. Pode tanto contribuir para o avanço do processo democrático, como para espalhar terror e confusão, desinformando, ao invés de informar e educar. Por isso cabe ao proponente de um texto, ter clareza de sua missão.
Escrever é um exercício de produzir concepções que podem chocar, alegrar, criar emoção ou ódio, motivar revoluções e transformar consciências. Mas o escriba não pode nunca se esquecer de sua principal função: a de informar com transparência e consistência nas posições.
É com esta linha de pensamento, que estaremos escrevendo neste semanário. Não somos jornalistas, nem temos habilidade para reportagens investigativas ou instigantes. Nem tão pouco é nosso propósito levantar bandeiras ou aparentar que somos detentores de verdades absolutas.
Nossa contribuição neste espaço, será pautada em nosso acúmulo teórico e prático, desenvolvido em instituições sindicais e populares, nas quais trabalhamos, fazemos parte ou temos relação política, sem no entanto, expressar de maneira personificada a opinião das mesmas.
Os temas que discorreremos semanalmente, serão dos mais variados, enfatizando a conjuntura política internacional e nacional, e é claro, a do nosso município. Desta maneira, não poderíamos deixar de enfocar assuntos que dizem respeito às áreas de nossa atuação: A Juventude e o Mundo do Trabalho.
É lógico e evidente que as concepções aqui elencadas, representarão nossa visão de enxergar a vida. No entanto, procuraremos nos limitar a produção de idéias que possam colaborar com um dos preceitos básicos da democracia: o respeito às diversidades de pensamento. Respeitar o diferente será a tônica dessa coluna.
No limiar do milênio, onde a desesperança e o pessimismo, percorrem muitos dos corações humanos, cresce a necessidade proeminente de exercitar a Arte da Comunicação, objetivando a busca de soluções aos graves problemas sociais, econômicos e políticos, fomentados pelo mundo globalizado.
Por fim, queremos expressar nossa gratidão à direção desse jornal, por nos proporcionar esta oportunidade de dissertar nossas humildes opiniões. Esperamos, caro leitor, podermos contribuir para a construção da democracia, por intermédio das proposições que ora estaremos escrevendo.