sexta-feira, setembro 02, 2005

MINHAS PREFERIDAS- DISPARADA

Música de um apelo nordestino e sertanejo muito forte. Pegou-me pelo pé e cabeça desde o inicio. Primeiro pela força da letra que remete ao universo Nordestino/Sertanejo, de um vaqueiro que enfrenta mundos e contradições, em cima de seu cavalo.

Mais uma música de protesto, com a coragem de contar as coisas de Geraldo Vandré e a melodia de Théo de Barros. Vandré vinha das experiências do CCP (Centro de Cultura Popular) da UNE (União Nacional dos Estudantes), que reunia entre outros gente do teatro como José Celso Martinez Correa do Teatro Oficina, do Cinema Glauber Rocha e o povo do Cinema Novo. Na música, compositores do kilate de Sergio Ricardo, Carlos Lyra e tantos outros. Vandré ainda não era o ícone da esquerda Brasileira, mas já esboçava alguns passos.

Disparada foi apresentada no 2º Festival de Musica Popular Brasileira da TV Record em 1966. Dividiu o primeiro lugar com a Banda de Chico Buarque. Episódio que aqui já contei. O Interprete foi o companheiro de Elis Regina, no programa o Fino da Bossa da mesma emissora, o sambista Jair Rodrigues. Conhecido como sambista, Vandré no primeiro momento foi contra o nome de Jair para defender a canção, que seria interpretada por ele mesmo. Mas após os primeiros ensaios não teve dúvida da força que o sambista pusera na obra. O time fantástico de músicos fez o acompanhamento.

Além do Trio Maraya, o quarteto novo, que tinha Hermeto Paschoal, Theo de Barros e Airton Moreira. Disparada teve varias versões no Brasil. A que mais gosto é de 1980 interpretada pelo Raízes de América. È claro não supera o velho Jair Rodrigues.