UMA BANDA E UM SHOW TEEN
Trabalhava em Campinas na assessoria política do Sindicato da Construção Civil. Morava em apartamento alugado, ao lado do sindicato na Barão de Jaguará. Naquele tempo esta redescobrindo o Rock e em especial, o Nacional, o da década de 80, que não prestei muita atenção na época de seu surgimento e apogeu.
Naquele ano de 1990, curtia muita MPB, como sempre fiz, mas já descolava uns vinilzões de gente como Emerson, Lake & Palmer, Led Zepellin e outros. O Rock Nacional, embora conhece-se não tinha muita afinidade, a não ser Cazuza, apesar de não considera-lo um Roqueiro e Paula Toller do Kid Abelha, mais por te-la como minha musa platônica (ela é um Tesão), do que pela música.
Mas foi com o Legião Urbana e com o disco “As quatro estações”, que iniciei-me na loucura do Rock Brasileiro dos 80. Minha irmã Ana Paula, tinha uns 15 anos na época. Depois de enveredar pelos Menudos, aquele grupo Porto Riquenho, que cantava baladinhas dançantes para adolescentes, ela começou a curtir Rock In Rool.
Ana Paula me ligou. Era Maio, clima já gelado. Dinho -é assim que meus irmãos dirigem-se a mim- vai ter aí no Ginásio do Guarani, o Show da Legião Urbana, tem como você comprar os ingressos, para mim e meus amigos. Aí eu disse: Legal. Comprei os ingressos, para a garotada e resolvi comprar para mim.
Fui conhecer uma das Bandas de Rock de maior sucesso entre os adolescentes naquele inicio de anos 90. O show ocorreu em uma quinta-feira, muito fria. Chegamos quase em cima da hora. O estádio do Guarani palco para a Legião, deve ter uma capacidade para 60mil pessoas. Praticamente 50mil garotos e garotas, estavam apinhadas nas arquibancadas, para ver a turma de Brasília.
Ficamos um pouco distantes do palco, mas levei um susto quando ao iniciar o Show vi um Renato Russo, magro e com uma energia só comparada a um Mick Jagger, guardando claro as proporções. Quando a Legião surgiu, confundia Renato com Jerry Adriani. Aliás acha que era o Jerry.
O Show foi uma porrada em minhas concepções sobre a adolescência, pelo menos aquela geração que lotava o estádio de futebol. Vi uma geração identificar-se com aqueles rapazes, que tocavam como se estivessem na garagem de suas casas e nos quintais. Não havia nenhuma forma mirabolante ou parafernália eletrônica e sim uma guitarra base, um baixo e uma batera e um RR, fantástico. As letras as quais tinha prestado atenção em umas poucas, passei delirar-me com elas.
Aquela garotada, cantava, todo o repertório, que falava da Juventude e suas inquietações e que denunciava os adultos pelas incertezas da juventude. Mas os adultos da classe dominante, como diz a letra de Faroeste Caboclo.
Saí do Show petrificado. No dia seguinte comprei o “Quatro Estações” e na semana seguinte todos os discos da Legião. Entendi que Renato denunciava não a tristeza juvenil, mas quem colaborava para esta tristeza.
Pude constar que a geração da Legião, queria mais que extravasar sentimentos reprimidos por conta dos anos da ditadura. Queria denunciar o mal a vida que os governantes fizeram as gerações de jovens, que a cocaína não podia ser a saída para os problemas. Que o Amor é importante e fundamental em todas as relações.
Bem minha filha gosta da Legião e pediu que compra-se o Quatro Estações, que dei a minha irmã ainda nos anos 90 a coleção toda. Como eu, minha irmã, minha filha acha a legião os cantadores dos sentimentos juvenis, os cantadores de uma vida mais digna e de perspectiva para os jovens.
Naquele ano de 1990, curtia muita MPB, como sempre fiz, mas já descolava uns vinilzões de gente como Emerson, Lake & Palmer, Led Zepellin e outros. O Rock Nacional, embora conhece-se não tinha muita afinidade, a não ser Cazuza, apesar de não considera-lo um Roqueiro e Paula Toller do Kid Abelha, mais por te-la como minha musa platônica (ela é um Tesão), do que pela música.
Mas foi com o Legião Urbana e com o disco “As quatro estações”, que iniciei-me na loucura do Rock Brasileiro dos 80. Minha irmã Ana Paula, tinha uns 15 anos na época. Depois de enveredar pelos Menudos, aquele grupo Porto Riquenho, que cantava baladinhas dançantes para adolescentes, ela começou a curtir Rock In Rool.
Ana Paula me ligou. Era Maio, clima já gelado. Dinho -é assim que meus irmãos dirigem-se a mim- vai ter aí no Ginásio do Guarani, o Show da Legião Urbana, tem como você comprar os ingressos, para mim e meus amigos. Aí eu disse: Legal. Comprei os ingressos, para a garotada e resolvi comprar para mim.
Fui conhecer uma das Bandas de Rock de maior sucesso entre os adolescentes naquele inicio de anos 90. O show ocorreu em uma quinta-feira, muito fria. Chegamos quase em cima da hora. O estádio do Guarani palco para a Legião, deve ter uma capacidade para 60mil pessoas. Praticamente 50mil garotos e garotas, estavam apinhadas nas arquibancadas, para ver a turma de Brasília.
Ficamos um pouco distantes do palco, mas levei um susto quando ao iniciar o Show vi um Renato Russo, magro e com uma energia só comparada a um Mick Jagger, guardando claro as proporções. Quando a Legião surgiu, confundia Renato com Jerry Adriani. Aliás acha que era o Jerry.
O Show foi uma porrada em minhas concepções sobre a adolescência, pelo menos aquela geração que lotava o estádio de futebol. Vi uma geração identificar-se com aqueles rapazes, que tocavam como se estivessem na garagem de suas casas e nos quintais. Não havia nenhuma forma mirabolante ou parafernália eletrônica e sim uma guitarra base, um baixo e uma batera e um RR, fantástico. As letras as quais tinha prestado atenção em umas poucas, passei delirar-me com elas.
Aquela garotada, cantava, todo o repertório, que falava da Juventude e suas inquietações e que denunciava os adultos pelas incertezas da juventude. Mas os adultos da classe dominante, como diz a letra de Faroeste Caboclo.
Saí do Show petrificado. No dia seguinte comprei o “Quatro Estações” e na semana seguinte todos os discos da Legião. Entendi que Renato denunciava não a tristeza juvenil, mas quem colaborava para esta tristeza.
Pude constar que a geração da Legião, queria mais que extravasar sentimentos reprimidos por conta dos anos da ditadura. Queria denunciar o mal a vida que os governantes fizeram as gerações de jovens, que a cocaína não podia ser a saída para os problemas. Que o Amor é importante e fundamental em todas as relações.
Bem minha filha gosta da Legião e pediu que compra-se o Quatro Estações, que dei a minha irmã ainda nos anos 90 a coleção toda. Como eu, minha irmã, minha filha acha a legião os cantadores dos sentimentos juvenis, os cantadores de uma vida mais digna e de perspectiva para os jovens.
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