sábado, janeiro 13, 2007

A MÍDIA- I


Às vezes fico estarrecido com a qualidade dos textos jornalísticos ou não, de cunho político que são publicados na mídia impressa e eletrônica, inclusive na rede mundial de computadores. Com raríssimas exceções, os conteúdos são de uma baixaria que superam os Big Brothes da vida. Textos mal escritos do ponto de vista gramatical, recheados de palavras chulas e de baixo calão, alem de conter um punhado de maldade.

Tenho a convicção de que no Brasil a pratica de boa parte dos agentes políticos, é fazer do publico a extensão do privado. São comuns a instituição do Nepotismo, do uso pessoal do patrimônio publico e outras mazelas. O comportamento diário de um político, é sem duvida alguma de extrema importância para não contradizer o discurso, muitas vezes moralizante e não ofender a ética política, desrespeita a todo segundo.

No entanto penso que, disputas políticas devem ser feitas no campo ideológico e programático. A vida pessoal só interessa ao político e sua família. Tenho lido colunas de jornais que subliminarmente, fazem insinuações, ataques á supostos comportamentos, praticados por detentores de mandatos eletivos. Leio nas entrelinhas até tentativas de chantagens, afim de obtenção de privilégios ou benefícios. Na rede mundial então, as coisas são escancaradas e deveras ofensivas.

Nunca concordei com isto. Acho que as diferenças devem ser explicitadas, debatidas e porque não solucionadas. Entendo que se um comportamento antiético, prejudica o bem estar da população, deve ser denunciado e o culpado punido, como determina a legislação.

É importante não confundir, ética com opções pessoais. Por exemplo, gosto de usar barba e tenho preguiça de apara-la com regularidade. Já recebi criticas com um tom moralista e conservador, até preconceituoso. Sei que este exemplo, é pequeno, mas pode ilustrar o que às vezes se faz na mídia, seja ela grande, média ou pequena. Quem tem o poder de escrever deve ter a consciência de sua responsabilidade. Pessoas acompanham o que se escreve ou se fala nos meios de comunicação. Podemos fazer apologias a violência, espalhar mentiras, que podem destruir vidas e desestruturar famílias.

Alem do mais, o anonimato seja na assinatura de textos ou na linguagem, aquela de mandar recadinhos com mensagens ocultas é crime e vergonhoso.

É preciso respeitar a individualidade das pessoas e sua vida privada. É necessário fazer o debate sobre ética, com conteúdo analítico e saudável.

Posto logo abaixo, matéria que publiquei em conjunto com meu amigo Rodrigo Paixão da cidade de Vinhedo, no extinto Jornal Tribuna de Vinhedo, em 1999, sobre este assunto.