EU E A HISTÓRIA ELEITORAL VI
O Programa de Governo de Luís Inácio Lula da Silva, para a disputa Presidencial de 1989, não primava por maravilhas Revolucionárias, já apresentava tinturas reformistas. Porem, era agressivo até quando se propunha reformar. A palavra ruptura, com um modelo de desenvolvimento, foi marca registrada, daquela campanha, embora o aprofundamento do sistema capitalista responsável por este modelo, não foi feito, em momento algum. Mas estavam lá, no Programa, auditoria da dívida externa, Reforma Agrária, Salário Mínimo do Dieese, e outras bandeiras, não Socialistas, mas fundamentais para contribuir com o acumulo da sociedade.
Nossa coligação, tinha o PSB e o PCdoB, aliados Históricos e de Esquerda. O PSB, nos presenteava, com o bom José Paulo Bisol, um vice, progressista e que transitava, por setores da intelectualidade e médios da sociedade. Bisol era gaúcho, e isto importava, pois nosso principal adversário para uma possível ida ao segundo turno era o ex. governador do Rio e de Porto Alegre, Leonel Brizola. Até meados de julho, inicio de agosto, Brizola e Lula, lideraram as pesquisas de opinião pública.
Foram se não me engano, mais de 20 candidatos no primeiro Turno. Tinha para todos os gostos e ideologias. No chamado campo de esquerda ou centro esquerda (ainda não se utilizava este termo), além de Lula e Brizola(PDT), foi a última vez que o PCB, em sua primeira eleição como Partido legalizado, aparecia ainda falando de Socialismo, após o Pleito, o Partidão deixa de existir (temporariamente) e vai dar lugar ao PPS. Mas em 1989, Roberto Freire, era seu candidato. O PV, lançava Fernando Gabeira, ícone da luta contra a ditadura, autor do livro “O que é isso Companheiros”, narrativa do seqüestro do Embaixador Americano em 1969, do qual Gabeira participou. Alem destes o PMN, um Partido interessante, que trabalhava idéias da inconfidência Mineira, tendo Tiradentes como seu inspirador. Não me lembro o primeiro nome do candidato, cujo sobrenome era Brant.
Em uma situação intermediaria, com um discurso para pequena e média Burguesia, trafegavam, Ulisses Guimarães, o senhor diretas, que após a oficialização da não candidatura Quércia, vence a queda de braços dentro do PMDB. O então Senador Mario Covas, representava o recém fundado PSDB, que de um racha a esquerda do PMDB, proferia um discurso Social Democrata, com reformas muito próximas do PT.
Na direita, tínhamos o vice-presidente do ultimo governo militar, Aureliano Chaves do PFL, com um discurso moderado, mas á direita e de representação de camadas médias altas do empresariado Brasileiro. Na toada corporativa e de direita, vinha Guilherme Afif Domingues do PL, defensor do empresariado com fortes ligações com o capital internacional. Na época Presidente da Associação Comercial e Industrial de São Paulo. Feroz adversário do PT e das esquerdas. Na ponta da extrema direita, capitaneando esta política, estava Paulo Maluf que dispensa comentários. Ao seu lado o então deputado federal Ronaldo Caiado, Presidente da recém fundada UDR- União Democrática Ruralista- unanimente contra a Reforma Agrária, Latifundiária e violenta.
Entre os nanicos, um a destacar. Enéas Carneiro, do PRONA, que virou folclore no processo eleitoral, pois só tinha uns míseros 10 segundos, que só dava para dizer Meu nome é Enéas. Bem votado, foi alternativa em outras eleições para voto de protesto, quando em 2002, teve próximo de 1milhão de votos para a câmara federal, tornando-se o recordista da História. O Brasil só foi conhecer o que pensava anos depois, podemos constatar sua veia retrograda e conservadora.
Mas a direita ideológica, capitalista e imperialista, estava órfã. Nenhum dos candidatos de direita ou de centro direita, eram capazes de sintetizar seus interesses. De repente surge, o ex. Prefeito Biônico de Maceió e Governador de Alagoas: Fernando Collor de Mello. Surge em um pequeno Partido, o PRN, o qual em Limeira, o Prefeito Municipal de então Paulo D’Andréia, vai se filiar um ano depois. Surge e vai crescendo nas pesquisas. Seu discurso é de caçar marajás, de dizer que a classe política é corrupta. Trajava-se de forma impecável, se dirigia as pessoas como meu povo. Prometia botar na cadeia os maledicentes com a coisa pública e resolver todos os males da população.
A direita encontrava seu candidato, não era o ideal, mas era o único que podia evitar Brizola ou LULA. Entravamos no mês de Setembro com Collor na dianteira e Lula e o Ex governador do Rio de Janeiro, disputando o 2º lugar. Em Limeira, criávamos o comitê de sindicalistas e militantes de Lula. O jingle Lula Lá começava a contagiar nossas mentes.
O quase Lá começava a ser realidade.
CONTINUA……
Nossa coligação, tinha o PSB e o PCdoB, aliados Históricos e de Esquerda. O PSB, nos presenteava, com o bom José Paulo Bisol, um vice, progressista e que transitava, por setores da intelectualidade e médios da sociedade. Bisol era gaúcho, e isto importava, pois nosso principal adversário para uma possível ida ao segundo turno era o ex. governador do Rio e de Porto Alegre, Leonel Brizola. Até meados de julho, inicio de agosto, Brizola e Lula, lideraram as pesquisas de opinião pública.
Foram se não me engano, mais de 20 candidatos no primeiro Turno. Tinha para todos os gostos e ideologias. No chamado campo de esquerda ou centro esquerda (ainda não se utilizava este termo), além de Lula e Brizola(PDT), foi a última vez que o PCB, em sua primeira eleição como Partido legalizado, aparecia ainda falando de Socialismo, após o Pleito, o Partidão deixa de existir (temporariamente) e vai dar lugar ao PPS. Mas em 1989, Roberto Freire, era seu candidato. O PV, lançava Fernando Gabeira, ícone da luta contra a ditadura, autor do livro “O que é isso Companheiros”, narrativa do seqüestro do Embaixador Americano em 1969, do qual Gabeira participou. Alem destes o PMN, um Partido interessante, que trabalhava idéias da inconfidência Mineira, tendo Tiradentes como seu inspirador. Não me lembro o primeiro nome do candidato, cujo sobrenome era Brant.
Em uma situação intermediaria, com um discurso para pequena e média Burguesia, trafegavam, Ulisses Guimarães, o senhor diretas, que após a oficialização da não candidatura Quércia, vence a queda de braços dentro do PMDB. O então Senador Mario Covas, representava o recém fundado PSDB, que de um racha a esquerda do PMDB, proferia um discurso Social Democrata, com reformas muito próximas do PT.
Na direita, tínhamos o vice-presidente do ultimo governo militar, Aureliano Chaves do PFL, com um discurso moderado, mas á direita e de representação de camadas médias altas do empresariado Brasileiro. Na toada corporativa e de direita, vinha Guilherme Afif Domingues do PL, defensor do empresariado com fortes ligações com o capital internacional. Na época Presidente da Associação Comercial e Industrial de São Paulo. Feroz adversário do PT e das esquerdas. Na ponta da extrema direita, capitaneando esta política, estava Paulo Maluf que dispensa comentários. Ao seu lado o então deputado federal Ronaldo Caiado, Presidente da recém fundada UDR- União Democrática Ruralista- unanimente contra a Reforma Agrária, Latifundiária e violenta.
Entre os nanicos, um a destacar. Enéas Carneiro, do PRONA, que virou folclore no processo eleitoral, pois só tinha uns míseros 10 segundos, que só dava para dizer Meu nome é Enéas. Bem votado, foi alternativa em outras eleições para voto de protesto, quando em 2002, teve próximo de 1milhão de votos para a câmara federal, tornando-se o recordista da História. O Brasil só foi conhecer o que pensava anos depois, podemos constatar sua veia retrograda e conservadora.
Mas a direita ideológica, capitalista e imperialista, estava órfã. Nenhum dos candidatos de direita ou de centro direita, eram capazes de sintetizar seus interesses. De repente surge, o ex. Prefeito Biônico de Maceió e Governador de Alagoas: Fernando Collor de Mello. Surge em um pequeno Partido, o PRN, o qual em Limeira, o Prefeito Municipal de então Paulo D’Andréia, vai se filiar um ano depois. Surge e vai crescendo nas pesquisas. Seu discurso é de caçar marajás, de dizer que a classe política é corrupta. Trajava-se de forma impecável, se dirigia as pessoas como meu povo. Prometia botar na cadeia os maledicentes com a coisa pública e resolver todos os males da população.
A direita encontrava seu candidato, não era o ideal, mas era o único que podia evitar Brizola ou LULA. Entravamos no mês de Setembro com Collor na dianteira e Lula e o Ex governador do Rio de Janeiro, disputando o 2º lugar. Em Limeira, criávamos o comitê de sindicalistas e militantes de Lula. O jingle Lula Lá começava a contagiar nossas mentes.
O quase Lá começava a ser realidade.
CONTINUA……
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