quinta-feira, outubro 19, 2006

EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XX


Os Caras Pintadas é que iniciam as mobilizações de massa, pelo impchemam do Presidente Collor. Até inicio de agosto, Partidos Políticos, com exceção do PT, PCdoB, os demais, ou faziam a luta na CPI PC/Collor ou ficavam em cima do muro. É neste período, que as eleições municipais, começam a pegar fogo. Na capital o Senador Eduardo Suplicy era o favorito, em virtude da boa aceitação do governo Petista de Erundina e o de seu próprio carisma ético. Em Campinas, o PT vivia um inferno astral. Um ano antes o Partido rompeu com o Prefeito Jacó Bittar, envolvido em escândalos de corrupção. O candidato era o assessor sindical e uma das lideranças da tendência interna Fórum do Interior, Renato Simões. Os Petistas teriam pela frente o então tucano Magalhães Teixeira, Prefeito da cidade nos anos 80 e de uma popularidade tremenda. O PT tinha um desafio, resgatar a referencia política e eleitoral, perdida na população, em virtude da desastrosa administração de Jacó. O Partido estava em frangalhos. Em Limeira, organizamos o time de campanha do Sindicalista Wilson Nunes Cerqueira. Foi minha segunda experiência em coordenação eleitoral, mas desta vez de uma candidatura majoritária.

A coordenação formada quase toda por Sindicalistas Metalúrgicos, associava a espontaneidade de militantes ao fato de ser a primeira grande batalha contra a Burguesia local, que não fosse no campo sindical. Tivemos que aprender quase na raça a construir uma campanha. Sem dinheiro, sem experiência, mas com uma militância aguerrida e representativa, em sua maioria organizados em núcleos do PT, em associações de moradores e Pastorais da Igreja Católica. As finanças da campanha, foram constituídas, por rifas, bingos e festas. Nada era de graça, dado. O militante organizava as atividades e pagava por elas. Lembro que na pré campanha, juntamos mais de 200 pessoas nos arrastas pés que realizávamos. A sede do Partido e comitê da campanha, tinha o endereço na Rua Senador Vergueiro, próximo a ponte do suspiro, que ainda estava em pé. Nossa primeira tarefa foi definir o vice. A articulação, logo após o resultado destas prévias para Prefeito, procurou organizar uma campanha paralela, pratica que vigorou por todas as demais eleições, exceto a de 2004. A primeira opção era ter um vice que fosse desta tendência, afim de unificar o Partido. Mas varias tentativas foram feitas, mas sem sucesso. A segunda opção era a de ter uma mulher na chapa, que tivesse um perfil diferenciado do Peão Cerqueira, com o intuito de atrair a classe média e as mulheres. Naufragamos. Restou a opção do próprio Fórum do Interior. O vice terminou sendo o ex Padre Wilson Zanetti, que apesar de ter perfil diferenciado, mas era da mesma turma. Mas não teve jeito. Assim concluímos que a campanha seria conduzida por uma concepção ideológica, do inicio ao fim.

Esta foi a eleição com o maior numero de candidatos á Prefeito na História do município dos últimos 20 anos. O PT com Cerqueira/Zanetti, o PDT com o ex Secretário de Transportes e Vereador Silvio Félix, o PRN/PFL com o Presidente da câmara José Carlos Pejon, identificado como candidato do Prefeito Paulo D’Andréa, Ademar Textener, por um Partido pequeno que não me lembro, Pedrinho Kulh pelo PSDB, Presidente da Associação Comercial de Limeira, identificado com as lojas maçônicas e o favorito para aquele Pleito o então Deputado Federal, o ex Prefeito Jurandir Paixão pelo PMDB.

Atores em cena, a disputa tomava corpo. O PT já de cara assumia o papel de oposição que tem coragem de denunciar e por a cara para bater. Nos primeiros dias, através de ex aliados de Paixão e desafetos do ex Prefeito, chegou as mãos da campanha Petista, um dossiê que ..........

CONTINUA.........................