EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XXV
As eleições de 1992, foram marcadas em todo o País pela crise gerada pelos escândalos de corrupção gerados pelo esquema PC/Collor, culminando na cassação do segundo. Embora a mobilização tenha sido importante, pois após vários anos não se via um movimento de massa tão intenso e numeroso como foi o Fora Collor, a temática ficou mais na discussão da Ética na política e ainda de forma moralista, do que um questionamento ao modelo econômico, sócio e político em curso. Fernando Collor alem de corrupto, seguiu a risca os ditames do FMI e do Banco Mundial. O Neo Liberalismo, foi adotado pelo Governo Brasileiro e com ele crescia vertiginosamente a miséria, a fome e o desemprego. O Governo collorido foi o primeiro a propagar que a onda privatizante era a forma de enxugar o Estado, moraliza-lo e com isto fazer o Brasil crescer e entrar no rool dos Paises do quilate do Primeiro Mundo. O espírito privatizante de Collor, iniciou-se com a venda CSN de Volta Redonda e o total sucateamento e posterior entrega da Mafersa de São Paulo ao Capital Internacional.
Apesar da sanha liberal imperialista, os movimentos que fizeram o Impchement, não aperceberam ou não quiseram ter como bandeira a critica ao modelo econômico. O discurso da moral foi o contagiante no decorrer de todo aquele ano. A motivação das campanhas para as Prefeituras, não foram diferentes. Em Limeira, quase todos os candidatos, apoderaram-se do patrimônio da ética e cada qual em sua visão política, elaborou sua estratégia de ataques e programa de governo.
Neste ínterim é que surge a candidatura de Pedro Teodoro Kulh. Ex Presidente da Associação Comercial e Industrial, membro das Lojas Maçônicas, Pedrinho, toma para si o pequeno PSDC, traz para o Partido vários empresários do ramo metalúrgico, de construção e comércio. Com voz bem de municípios do interior, trabalhou um eixo de campanha que consistia em dizer que não era político e sim um administrador de empresas e como tal, comandaria a Prefeitura. Extremamente corporativo, dizia que o povo Limeirense precisava livrar-se das influencias dos que não amavam a cidade, ou pelo fato de que aqui não nasceram ou por interesses particulares. Pouco atacava os adversários. Buscava ser propositivo e usou e abusou do discurso moralista com leve caída, ao ideário de saneador das finanças publicas e caçador de marajás. Sua campanha em vista das de Paixão e Pejon, foi pobre, mas fazia o diferencial. O que a população não enxergou, é que Pedrinho Kulh, representava grande parte do empresariado da cidade, que sempre esteve no poder e que agora buscava se desvencilhar-se, dos dois grupos que revezam-se no poder há mais de vinte anos.
O PT era o único que buscou diferenciar-se, do discurso ético, colando o comportamento moral do político, a sua concepção econômica. A campanha de Wilson Cerqueira foi repleta de denuncias ao Projeto Neo Liberal em curso no País. Houve até um certo exagero, pois em alguns momentos, esqueceu-se das temáticas locais.
Mas o processo eleitoral estava definido. No País, o PT venceu em capitais importantes como o segundo mandato em Porto Alegre e o primeiro em Goiânia. Mas Maluf vence Suplicy no segundo turno e a continuação do governo Petista em São Paulo foi interrompida. Em Campinas a candidatura de reconstrução do PT, após o desastre da administração de Jacó Bittar, não surtiu efeitos do ponto de vista numérico. Mas apontou com a candidatura de Renato Simões, para um divisor de águas ético e de princípios. Magalhães Teixeira volta ao poder, com quase 70% dos votos.
Em Limeira, acontece o que estava escrito nas estrelas. Paixão teve mais que 50% dos votos da soma de todos os demais candidatos e com isto a era do populismo autoritário voltava ao poder. Pedro Kulh surpreendentemente foi o segundo colocado e o candidato de D’Andréia em terceiro, encerrando a epopéia deste grupo político na cidade.
Wilson Cerqueira, teve um pouco mais de seis mil votos. Pouco, embora as condições em que fizemos a campanha, sem dinheiro, apenas com força militância e sem unidade Partidária, justifica este resultado. Até porque era nossa primeira grande aventura eleitoral, faltava experiência. A baixa por conta de uma tática eleitoral equivocada foi a não eleição de nenhum Vereador da Tendência Fórum do Interior. O Vereador pelo PT foi Luis Carlos Pierre com o Sindicalista José Carlos Pinto de Oliveira na primeira suplência.
CONTINUA.....................................
Apesar da sanha liberal imperialista, os movimentos que fizeram o Impchement, não aperceberam ou não quiseram ter como bandeira a critica ao modelo econômico. O discurso da moral foi o contagiante no decorrer de todo aquele ano. A motivação das campanhas para as Prefeituras, não foram diferentes. Em Limeira, quase todos os candidatos, apoderaram-se do patrimônio da ética e cada qual em sua visão política, elaborou sua estratégia de ataques e programa de governo.
Neste ínterim é que surge a candidatura de Pedro Teodoro Kulh. Ex Presidente da Associação Comercial e Industrial, membro das Lojas Maçônicas, Pedrinho, toma para si o pequeno PSDC, traz para o Partido vários empresários do ramo metalúrgico, de construção e comércio. Com voz bem de municípios do interior, trabalhou um eixo de campanha que consistia em dizer que não era político e sim um administrador de empresas e como tal, comandaria a Prefeitura. Extremamente corporativo, dizia que o povo Limeirense precisava livrar-se das influencias dos que não amavam a cidade, ou pelo fato de que aqui não nasceram ou por interesses particulares. Pouco atacava os adversários. Buscava ser propositivo e usou e abusou do discurso moralista com leve caída, ao ideário de saneador das finanças publicas e caçador de marajás. Sua campanha em vista das de Paixão e Pejon, foi pobre, mas fazia o diferencial. O que a população não enxergou, é que Pedrinho Kulh, representava grande parte do empresariado da cidade, que sempre esteve no poder e que agora buscava se desvencilhar-se, dos dois grupos que revezam-se no poder há mais de vinte anos.
O PT era o único que buscou diferenciar-se, do discurso ético, colando o comportamento moral do político, a sua concepção econômica. A campanha de Wilson Cerqueira foi repleta de denuncias ao Projeto Neo Liberal em curso no País. Houve até um certo exagero, pois em alguns momentos, esqueceu-se das temáticas locais.
Mas o processo eleitoral estava definido. No País, o PT venceu em capitais importantes como o segundo mandato em Porto Alegre e o primeiro em Goiânia. Mas Maluf vence Suplicy no segundo turno e a continuação do governo Petista em São Paulo foi interrompida. Em Campinas a candidatura de reconstrução do PT, após o desastre da administração de Jacó Bittar, não surtiu efeitos do ponto de vista numérico. Mas apontou com a candidatura de Renato Simões, para um divisor de águas ético e de princípios. Magalhães Teixeira volta ao poder, com quase 70% dos votos.
Em Limeira, acontece o que estava escrito nas estrelas. Paixão teve mais que 50% dos votos da soma de todos os demais candidatos e com isto a era do populismo autoritário voltava ao poder. Pedro Kulh surpreendentemente foi o segundo colocado e o candidato de D’Andréia em terceiro, encerrando a epopéia deste grupo político na cidade.
Wilson Cerqueira, teve um pouco mais de seis mil votos. Pouco, embora as condições em que fizemos a campanha, sem dinheiro, apenas com força militância e sem unidade Partidária, justifica este resultado. Até porque era nossa primeira grande aventura eleitoral, faltava experiência. A baixa por conta de uma tática eleitoral equivocada foi a não eleição de nenhum Vereador da Tendência Fórum do Interior. O Vereador pelo PT foi Luis Carlos Pierre com o Sindicalista José Carlos Pinto de Oliveira na primeira suplência.
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