POEMA INÉDITO
SINA
JANJÃO/2008
beaba
insino
zémario
a luizinho
oxente,
minino
bom
das
cachola
tudo
isplicado
girimumzinho
caiu
no
estradão
e na
mata
fechada.
num
tinha
medo
dinada
nem do
onça
nem
de
cascaver.
sabia
se
defender
dos
bichos
ficava
vexado
era com
gente.
passou
pelos
caminho
muita
seca
e pessoar
morto
e cum
fome.
viu
um
padre
e um
santo
o primeiro
falou
que tudo
é pecado.
falar
mar
de patrão
e coroné
vai direitinho
pros
infernos.
nois tem
si conformar.
o segundo
disse
terra
para
quem
tem
fome
e sede
de justiça.
o padre
mandou
dá o
dizimo
de tudo
que
ganho
quase num
sobra nadinha.
o santo
pediu
divide
o pouco
que tem
com seus
irmãozinhos,
o que sobra
divide mais.
o padre
veve na casa
dos enricaços
in até
come
farinha
e rapadura
inté não
caber no barrigão.
o santinho,
este anda
cum as putas
cum us mindingos
cu lavrado
quas muié
pobre,
come,o que
tem.
o padreco
manda reza
e aí
vem chuva
pras plantação
e coroné
não
expursa
di terra.
o santo
conversa
cum povo
sobre direito
de ter
um pedaço
di chão
e luta
pur ele.
us coroné
usa jagunço
que atira
e mata
trabaiador
que abusa
das muié
e das
criança.
tuda
gente
sem terra
sem lar
e cum
estomago
vazio,
as troxa
no lombo.
o destino
sun paulo
mundão
grande
e cheio
di sirviço
da pra
morar
e dispos vortar.
mas
tudo
parece
poeira.
trabaio feito
burro
di carga,e
nun ganho nada.
favela
gente
do norte
vai morá
longe di
tudo
e cum
medo de
assarto.
famia
ficou
na pobreza
mais
aqui
também
ta dificil
traze
flor e mininada.
passa
us dia
noite
num
drumo
penso
já faz
anos
e num
miora.
pinga
boa
no cumeço
só pra
distraí
dispos
num veve
sem e
tudo cai.
num
trabaia
mais
su bebe
nem
come
ta magrin
inchado
a cara.
num
escreve
mais
prus
seus
nem
responde
as currespundencia
di mulher
i dus amigo.
perde
imprego
é dispejado
du mocó
vai
di baxo
da ponte
só cum
panus du corpo.
aprende
a pidir
muedinha
pão
pratu
di cumida
e as
veis num
tem nada.
e aí
vai
nu
lixo
junto
dos
bichos
encher
os bucho.
panha
di
puliça
e filhinho
di papai
viu
cumpanheiro
ser
queimadu.
vai
difinhando
das ideia
e das
perna
fica
tempu
deitado
na maquisi.
num
é lembradu
lá
nu sertão
muié
acha
qui tem
otra
e fios.
um
dia
foi
dessa
pra
sei
lá
onde
Deus quisé.
uma
istória
que
muito
num
credita
acha
qui
é invenção.
outro
mai
douto
fala
qui
é lenda
di
sertanejo
dispeitado.
uma
cosa
tem
qui
ser
dita
arguema di
bota fé
na minha gente.
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