sexta-feira, setembro 09, 2005

OPINIÕES PARA A ESQUERDA DO PT

Tenho dito que não acredito que após o PED-Processo de Eleições diretas- do Partido dos trabalhadores, haverá uma debandada em massa dos militantes do Partido, em especial da Esquerda Petista.

Afirmo, pois a mesma esquerda não conseguiu trabalhar ao longo dos anos de crise do PT, um projeto alternativo para a classe. Parte deste bloco, resistiu ao pragmatismo e ao stalinismo instalados no interior do campo majoritário. A outra parte tentou acumular, fazendo pequenos acertos com este mesmo campo, acertos de convivência pacifica, discordando, mas sem maiores embates que levassem as grandes rupturas.

Exceto os companheiros que formaram o PSOL, os demais não tem nenhuma estratégia de saída, capaz de incidir diretamente na conjuntura. A aproximação do ano eleitoral, também amarra uma boa maioria, que entende o acumulo institucional, como importante, para o começar de novo.

Estas indefinições e o fracionamento das correntes (algumas já estão realizando acertos com a força majoritária) provoca um vazio de políticas de curto prazo para a saída do Partido.

Sei que é muita pretensão dar qualquer opinião do que fazer neste instante, principalmente quem anunciou estar saindo do Partido, porque acreditem ou não há companheiros que ainda enxergam o PT como estratégico para a Revolução Socialista. Mas como saí do Partido, mas acredito no Socialismo e nos companheiros da esquerda petista é que me sinto a vontade para dar uns pitacos:

1- Acho que as lideranças que estão cotadas para disputar cargos públicos devam permanecer no PT, até outubro do ano que vem, para acumularem ou manter-se na institucionalidade;

2- Militantes de base, mas com lideranças nos movimentos sociais, deveriam optar pela dissidência até 03 de outubro, fazendo criticas de profundidade ao governo Lula e a direção do PT;

3- Militantes que não são táticos para a institucionalidade ou pra disputa interna no PT, devem se desfiliar agora e organizar uma estrutura paralela que de suporte a um projeto alternativo;

4- Todos dentro ou fora, fariam parte do Movimento Socialista com correntes de outras agremiações partidárias.

Alem disto acho que um bom e profundo programa de formação se faz necessário organizar. Penso também que uma plataforma mínima deva ser pensada de intervenção na conjuntura e na relação institucional que norteie todo o MS.

Tudo isto se Plínio de Arruda Sampaio não vencer o PED. Se vencer...