PERSONAGEM IV
A organização declara o Ato Público encerrado e convida a todos os presentes, a se juntarem a Passeata de Protesto, que o Movimento contra o Aumento Abusivo da Tarifa de Transportes Coletivos, estaria realizando, como fechamento da Manifestação.
A maioria das pessoas ali reunidas, eram das Comunidades ligadas ao Projeto de Periferia e tinham com antecedência a certeza de que ocorreria a Passeata. Inicialmente pensada para percorrer ruas laterais da Praça Toledo de Barros.
Mas uma noticia de última hora, dada pelo Dr. Jurandir Paixão de Campos Freire, mudaria o trajeto, bem como o encerramento do manifesto. O Dr. Jurandir em seu discurso, denunciava que aquele momento, os Vereadores reunidos na Câmara Municipal, estavam homenageando com Titulo de Cidadão Limeirense, um Policial Militar, que há muitos anos não aparecia no município.
Tal noticia, caiu como uma bomba, no interior do movimento popular ali reunido. Estávamos no inicio dos Anos 80, que embora a anistia e outros movimentos causaram o relaxamento do Regime, os militares ainda eram os donos da bola.
Assim imaginamos como ficou as mentes daqueles militantes, que nasceram e cresceram sob a batuta dos Generais e a motivação para suas atuações políticas, era o combate a ditadura e toda a sua estratégia. A PM era sinônimo de repressão á serviço da direita militarista. A maioria dos que ali estavam a protestar, tinham noção do que vinha sendo aqueles anos de chumbo. Quantas pessoas já não tinham sido vitimadas, através de torturas, assassinatos e desaparecimentos. E a policia sempre teve papel de destaque neste Regime, não só no combate as esquerdas, como na caçada aos pobres.
E tem mais a fama da casa de leis, era pior perante a opinião pública, em comparação com os dias de hoje. Subserviente ao máximo, com o poder dos Militares e suas extensões nos municípios.
O comando da Passeata, decidiu que o movimento sairia do coreto, pela Rua Senador Vergueiro, entrndo na Boa Morte, seguindo até a antiga sede da câmara municipal, atrás do Zoológico.
E assim as quase mil pessoas, muito para época, caminharam, dizendo palavras de ordem: Você aí parado também é explorado- Povo Unido Jamais Será Vencido- Abaixo a Ditadura e cantando Caminhando e cantando e seguindo a canção.... .
Chegamos até ao jardim da câmara, tradicionalmente conhecido, não por estar a frente da casa de leis, mas como cenário para recém casados tirarem fotografias. Não havia destacamento policial acompanhando ou reprimindo o movimento.
Porém ao adentrarmos a praça/jardim, presenciamos que viaturas se aproximavam do local. As pessoas gritavam palavras de ordem e o barulho estava ensurdecedor. Até que......Continua amanhã.
A maioria das pessoas ali reunidas, eram das Comunidades ligadas ao Projeto de Periferia e tinham com antecedência a certeza de que ocorreria a Passeata. Inicialmente pensada para percorrer ruas laterais da Praça Toledo de Barros.
Mas uma noticia de última hora, dada pelo Dr. Jurandir Paixão de Campos Freire, mudaria o trajeto, bem como o encerramento do manifesto. O Dr. Jurandir em seu discurso, denunciava que aquele momento, os Vereadores reunidos na Câmara Municipal, estavam homenageando com Titulo de Cidadão Limeirense, um Policial Militar, que há muitos anos não aparecia no município.
Tal noticia, caiu como uma bomba, no interior do movimento popular ali reunido. Estávamos no inicio dos Anos 80, que embora a anistia e outros movimentos causaram o relaxamento do Regime, os militares ainda eram os donos da bola.
Assim imaginamos como ficou as mentes daqueles militantes, que nasceram e cresceram sob a batuta dos Generais e a motivação para suas atuações políticas, era o combate a ditadura e toda a sua estratégia. A PM era sinônimo de repressão á serviço da direita militarista. A maioria dos que ali estavam a protestar, tinham noção do que vinha sendo aqueles anos de chumbo. Quantas pessoas já não tinham sido vitimadas, através de torturas, assassinatos e desaparecimentos. E a policia sempre teve papel de destaque neste Regime, não só no combate as esquerdas, como na caçada aos pobres.
E tem mais a fama da casa de leis, era pior perante a opinião pública, em comparação com os dias de hoje. Subserviente ao máximo, com o poder dos Militares e suas extensões nos municípios.
O comando da Passeata, decidiu que o movimento sairia do coreto, pela Rua Senador Vergueiro, entrndo na Boa Morte, seguindo até a antiga sede da câmara municipal, atrás do Zoológico.
E assim as quase mil pessoas, muito para época, caminharam, dizendo palavras de ordem: Você aí parado também é explorado- Povo Unido Jamais Será Vencido- Abaixo a Ditadura e cantando Caminhando e cantando e seguindo a canção.... .
Chegamos até ao jardim da câmara, tradicionalmente conhecido, não por estar a frente da casa de leis, mas como cenário para recém casados tirarem fotografias. Não havia destacamento policial acompanhando ou reprimindo o movimento.
Porém ao adentrarmos a praça/jardim, presenciamos que viaturas se aproximavam do local. As pessoas gritavam palavras de ordem e o barulho estava ensurdecedor. Até que......Continua amanhã.
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