ENTRE O MODERNO E A PUREZA
O Cinema Brasileiro é um dos maiores do mundo. Chego a esta conclusão toda vez que assisto, a uma obra prima. Ao contrario de muitos, nosso cinema é recheado de sensibilidade e plasticidade artística e humana. Se tecnicamente, a sétima arte no País, ainda não evoluiu ao nível de Hollywood , em conteúdo estamos dando de goleada.
Não conhecia a diretora Ana Muyalerte. Alias sei quase nada dela. Apenas que conseguiu fazer um filme, que superou a nostalgia que aparentemente a película propõe, para por na ordem do dia a quebra de valores em troca de uma modernidade que afasta o ser humano do ser humano. Durval Discos, é um destes filmes, que penetram na alma, fazem pensar e admirar os personagens e as imagens que passam pelas lentes de nossos olhos. A ambientação da loja/casa de Durval, perdida no meio de arranhas céus, bem no centro de São Paulo, dá uma noção de resistência de Homens e Mulheres, ao status quo de uma Burguesia, que concentra renda e para te-la esmaga os pobres.
A recusa de Durval, a vender em sua loja os discos digitais, o faz defender os vinis, como algo que se sumir será apagado da História. Durval não nega a importância do CD, mas não concorda que o Bolachão desapareça. Ambos podem conviver harmoniosamente. Durval Discos permiti a Democracia, a modernidade parece que não. A casa do personagem principal, é toda anos 60 e 70. Durval é fascinado por carne de panela com cenoura e doce de ovos queimados. Não dispensa um bom feijão. Suas vestimentas são alá setentistas, com um enorme cabelo. Sua mãe, dedicada ao filho e as economias da família. A trilha sonora, não tem nadinha de saudosista. É boa música popular, da década do Tri Campeonato no México. Jorge Ben, Gal Costa cantando London, London, Gilberto Gil, Os Novos Baianos, Zé Rodrix, Sá e Guarabira e assim vai. To loco pra ter o CD. Os ruídos, as passagens de cena, todas tem a mão genial de André Abujamra, que faz uma ponta como o amigo baterista do DJ encarnado pelo DJ de verdade Téo Werneck.
Falando em pontas, o filme tem como coadjuvante a extraordinária Marisa Orth, que é o elo entre o moderno e o mundo de Durval. Alem disto a linda Letícia Sabatella, vai mexer com o coração e a libido do personagem central, bem como com os nervos.
Bem deixei para o fim, para falar de Durval e sua mãe, brilhantemente protagonizados por Ary França e Etty Fraser. Ary o conheço de programas infantis e humorísticos da TV Cultura, um cara engraçado, começando pela cara. Feio que dói, mas um extraordinário Ator. Etty, a gordinha mais charmosa das telenovelas Brasileiras, assisti inúmeros folhetins com ela, ou como mãe, avó ou empregada boazinha e amiga da moçinha.
Durval Discos, é um filme sobre pureza. A pureza de preservar valores, como a solidariedade, a ternura, a amizade. A pureza que não pode confundir-se com ingenuidade, de serem os personagens principais, enganados por um rosto bonito e delicado como a da empregada contratada para serviços domésticos. Ou a pureza de com felicidade andar de carroça pelo centro do Capitalismo Paulistano, a Avenida Paulista. È esta pureza e inocência que faz a diferença com a modernidade, que é fria, produz distancia e individualidade. Ódio ao invés de Amor. Apesar de um final triste, o filme que assisti com um certo atraso, no ultimo sábado na TV Cultura é um poema lírico e cheio de esperanças de um mundo melhor.
Não conhecia a diretora Ana Muyalerte. Alias sei quase nada dela. Apenas que conseguiu fazer um filme, que superou a nostalgia que aparentemente a película propõe, para por na ordem do dia a quebra de valores em troca de uma modernidade que afasta o ser humano do ser humano. Durval Discos, é um destes filmes, que penetram na alma, fazem pensar e admirar os personagens e as imagens que passam pelas lentes de nossos olhos. A ambientação da loja/casa de Durval, perdida no meio de arranhas céus, bem no centro de São Paulo, dá uma noção de resistência de Homens e Mulheres, ao status quo de uma Burguesia, que concentra renda e para te-la esmaga os pobres.
A recusa de Durval, a vender em sua loja os discos digitais, o faz defender os vinis, como algo que se sumir será apagado da História. Durval não nega a importância do CD, mas não concorda que o Bolachão desapareça. Ambos podem conviver harmoniosamente. Durval Discos permiti a Democracia, a modernidade parece que não. A casa do personagem principal, é toda anos 60 e 70. Durval é fascinado por carne de panela com cenoura e doce de ovos queimados. Não dispensa um bom feijão. Suas vestimentas são alá setentistas, com um enorme cabelo. Sua mãe, dedicada ao filho e as economias da família. A trilha sonora, não tem nadinha de saudosista. É boa música popular, da década do Tri Campeonato no México. Jorge Ben, Gal Costa cantando London, London, Gilberto Gil, Os Novos Baianos, Zé Rodrix, Sá e Guarabira e assim vai. To loco pra ter o CD. Os ruídos, as passagens de cena, todas tem a mão genial de André Abujamra, que faz uma ponta como o amigo baterista do DJ encarnado pelo DJ de verdade Téo Werneck.
Falando em pontas, o filme tem como coadjuvante a extraordinária Marisa Orth, que é o elo entre o moderno e o mundo de Durval. Alem disto a linda Letícia Sabatella, vai mexer com o coração e a libido do personagem central, bem como com os nervos.
Bem deixei para o fim, para falar de Durval e sua mãe, brilhantemente protagonizados por Ary França e Etty Fraser. Ary o conheço de programas infantis e humorísticos da TV Cultura, um cara engraçado, começando pela cara. Feio que dói, mas um extraordinário Ator. Etty, a gordinha mais charmosa das telenovelas Brasileiras, assisti inúmeros folhetins com ela, ou como mãe, avó ou empregada boazinha e amiga da moçinha.
Durval Discos, é um filme sobre pureza. A pureza de preservar valores, como a solidariedade, a ternura, a amizade. A pureza que não pode confundir-se com ingenuidade, de serem os personagens principais, enganados por um rosto bonito e delicado como a da empregada contratada para serviços domésticos. Ou a pureza de com felicidade andar de carroça pelo centro do Capitalismo Paulistano, a Avenida Paulista. È esta pureza e inocência que faz a diferença com a modernidade, que é fria, produz distancia e individualidade. Ódio ao invés de Amor. Apesar de um final triste, o filme que assisti com um certo atraso, no ultimo sábado na TV Cultura é um poema lírico e cheio de esperanças de um mundo melhor.
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