SONHOS ESVAINDO EM CHAMAS
Uma tragédia, seja ela pessoal ou coletiva, como a do Aeroporto de Congonhas, nos faz refletir, sobre inúmeros aspectos. Entre eles de quem é a responsabilidade política, social e econômica, bem como a interrupção de vidas, que com elas são levados sonhos, planos e esperanças. Não acredito em vidas marcadas e delineadas pelo destino ou entidades divinas, embora acredite na existência da ultima hipótese. Porem tenho me emocionado, com as Histórias terrenas das vitimas do Avião da TAM.
Projetos adiados, sonhos desfeitos, pela incompetência das elites em cinco séculos, de Terra Brasilis.
Filhos órfãos, pais que perderam filhos. Amigos que se foram de maneira estúpida.
As empresas áreas, as que mais lucram com o sistema, investiram na casca e esqueceram do recheio. Aeroportos com suas salas e saguões luxuosos, enquanto as pistas e o maquinário sucateados.
Ironia: no dia em que os Atletas choravam de alegria por medalhas, o País chorava e rezava por seus mortos nos destroços, do escritório da TAM. O Jornal Nacional, que antes da sete da noite, preparava-se para um banquete, teve que as pressas organizar um funeral. Os ancoras anunciavam as medalhas de ouro no PAN, com cara amarrada e sorriso contido.
Uma imagem que a mim ficou: Um gaúcho no hotel de Porto Alegre, copiosamente chorava, quando soube que um ente seu estava na lista do avião. Gritava não um gol de seu time, ou o nascimento de um filho e sim a quase certeza de morte de um amado.
As imagens e o falatório, procurando culpados ou fazendo sensacionalismo, me enojam. Nada trará sonhos e esperanças de volta.
Projetos adiados, sonhos desfeitos, pela incompetência das elites em cinco séculos, de Terra Brasilis.
Filhos órfãos, pais que perderam filhos. Amigos que se foram de maneira estúpida.
As empresas áreas, as que mais lucram com o sistema, investiram na casca e esqueceram do recheio. Aeroportos com suas salas e saguões luxuosos, enquanto as pistas e o maquinário sucateados.
Ironia: no dia em que os Atletas choravam de alegria por medalhas, o País chorava e rezava por seus mortos nos destroços, do escritório da TAM. O Jornal Nacional, que antes da sete da noite, preparava-se para um banquete, teve que as pressas organizar um funeral. Os ancoras anunciavam as medalhas de ouro no PAN, com cara amarrada e sorriso contido.
Uma imagem que a mim ficou: Um gaúcho no hotel de Porto Alegre, copiosamente chorava, quando soube que um ente seu estava na lista do avião. Gritava não um gol de seu time, ou o nascimento de um filho e sim a quase certeza de morte de um amado.
As imagens e o falatório, procurando culpados ou fazendo sensacionalismo, me enojam. Nada trará sonhos e esperanças de volta.
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