SÈRIE: INTOLÊRANCIA
Nesta semana, estou me sentindo, como na Idade Média, com direito, a processos inquisitórios, e toda a ordem autoritária e maniqueísta da Igreja Católica. Mas do que isto, sinto introduzido em uma máquina do tempo, á qual me empurra, para o discurso intolerante, arrogante e violento.
A primeira razão, é a que estou lendo o Best Seller, “O Mundo de Sofia”, do Norueguês, Jostein Gaarder, Filosofo e Professor de filosofia, que publicou a obra em 1991. Levei mais de uma década, para ler este delicioso livro. Por puro preconceito a matéria, bem como por preguiça. Passei mais de uma década, envolto em textos clássicos e conjunturais.
No entanto, estou mergulhado na História da Filosofia e do mundo. Falarei especificamente, desta obra, quando chegar ao final da leitura. Mas para fazer uma ponte, com a crônica, cujo o tema principal é outro, cito as páginas do Professor de Filosofia, relacionadas a idade média. Neste período, ao mesmo tempo obscuro, cheio de trevas, também foi rico, em acontecimentos e descobertas. Porem seu objetivo central, foi apagar os avanços da Antiguidade e consolidar o poder da Igreja Católica. Poder este desenfreado, e mantido na força dos dogmas e no terror físico e psíquico.
A Igreja Medieval, em especial, construiu verdades e posições, que excluíram os diferentes e os questionadores. Uma destas ditas “verdades absolutas”, foi a de passar quase dois mil anos, afirmando, ser a Igreja de Cristo, única, santa, e detentora dos mistérios divinos e salvificos. Estas heresias, só foram rompidas, ou amenizadas com o Concilio Vaticano Segundo, no inicio dos anos 60 do século passado, quando o Catolicismo, vendo sua própria decadência e antenado, com as mudanças no mundo, se propõe, buscar a modernidade, adaptando-se a ela. E assim o Concilio, foi alem disto. Promoveu novidades que surpreenderam a toda humanidade. Entre estas medidas, a necessidade de dialogar com o diferente e principalmente com o excluído. Nesta toada, o Concilio desde seu inicio abriu portas para outras religiões e seitas. Tiveram assento, como observadores do encontro católico, representantes da Igreja Ortodoxa, Protestante e outras crenças menores. O dialogo e a tolerância, foram o prato principal, dos debates e das resoluções do Concilio de numero dois. A palavra de ordem passa a ser a do ecumenismo e a relação em fraternidade e solidariedade. A Igreja da América Latina e da África, foi a que mais se apoiou nesta decisão.
Esta principal decisão, percorreu dois papados (Paulo VI e João Paulo II), sem arranhões e na perfeita harmonia, mesmo que no de Karol Wottilla, já sentíamos sinais, de rachaduras na proposição do dialogo, entre Igrejas de fé antagônicas, em especial as de fidelidade Cristãs, porem com objetivos muitas vezes convergentes, como a opção pelo pobres e a fé em Jesus Cristo Libertador.
Disse no inicio do texto, que estou me sentindo um plebeu, um servo em pleno feudalismo, esta semana, bem como um pagão, rumo á fogueira após veredicto, inquisitório.
Documento assinado pelo Cardeal Willian Levada, Prefeito da temida, Congregação da Doutrina da Fé e pelo Secretário da mesma, Arcebispo Ângelo Amato, detonam com as resoluções do Concilio Vaticano Segundo. Vai por terra, o conceito de unidade na diversidade, da Solidariedade Cristã. Entra os dogmas de seitas religiosas e o poder da maior Igreja do mundo, que explora esta “autoridade”, julgando-se acima de qualquer suspeitas, e livre de pecar. Conclama-se herdeira dos ensinamentos de Jesus Cristo e a preferida do Salvador.
Tamanha Arrogância e demonstração de autoritarismo, jamais visto nos últimos quarenta anos. Veja abaixo trecho do documento, onde os clérigos, transbordam violência nas palavras:
Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?
Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico[19], não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio[20].
O Santo Padre Bento XVI, na Audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.
A primeira razão, é a que estou lendo o Best Seller, “O Mundo de Sofia”, do Norueguês, Jostein Gaarder, Filosofo e Professor de filosofia, que publicou a obra em 1991. Levei mais de uma década, para ler este delicioso livro. Por puro preconceito a matéria, bem como por preguiça. Passei mais de uma década, envolto em textos clássicos e conjunturais.
No entanto, estou mergulhado na História da Filosofia e do mundo. Falarei especificamente, desta obra, quando chegar ao final da leitura. Mas para fazer uma ponte, com a crônica, cujo o tema principal é outro, cito as páginas do Professor de Filosofia, relacionadas a idade média. Neste período, ao mesmo tempo obscuro, cheio de trevas, também foi rico, em acontecimentos e descobertas. Porem seu objetivo central, foi apagar os avanços da Antiguidade e consolidar o poder da Igreja Católica. Poder este desenfreado, e mantido na força dos dogmas e no terror físico e psíquico.
A Igreja Medieval, em especial, construiu verdades e posições, que excluíram os diferentes e os questionadores. Uma destas ditas “verdades absolutas”, foi a de passar quase dois mil anos, afirmando, ser a Igreja de Cristo, única, santa, e detentora dos mistérios divinos e salvificos. Estas heresias, só foram rompidas, ou amenizadas com o Concilio Vaticano Segundo, no inicio dos anos 60 do século passado, quando o Catolicismo, vendo sua própria decadência e antenado, com as mudanças no mundo, se propõe, buscar a modernidade, adaptando-se a ela. E assim o Concilio, foi alem disto. Promoveu novidades que surpreenderam a toda humanidade. Entre estas medidas, a necessidade de dialogar com o diferente e principalmente com o excluído. Nesta toada, o Concilio desde seu inicio abriu portas para outras religiões e seitas. Tiveram assento, como observadores do encontro católico, representantes da Igreja Ortodoxa, Protestante e outras crenças menores. O dialogo e a tolerância, foram o prato principal, dos debates e das resoluções do Concilio de numero dois. A palavra de ordem passa a ser a do ecumenismo e a relação em fraternidade e solidariedade. A Igreja da América Latina e da África, foi a que mais se apoiou nesta decisão.
Esta principal decisão, percorreu dois papados (Paulo VI e João Paulo II), sem arranhões e na perfeita harmonia, mesmo que no de Karol Wottilla, já sentíamos sinais, de rachaduras na proposição do dialogo, entre Igrejas de fé antagônicas, em especial as de fidelidade Cristãs, porem com objetivos muitas vezes convergentes, como a opção pelo pobres e a fé em Jesus Cristo Libertador.
Disse no inicio do texto, que estou me sentindo um plebeu, um servo em pleno feudalismo, esta semana, bem como um pagão, rumo á fogueira após veredicto, inquisitório.
Documento assinado pelo Cardeal Willian Levada, Prefeito da temida, Congregação da Doutrina da Fé e pelo Secretário da mesma, Arcebispo Ângelo Amato, detonam com as resoluções do Concilio Vaticano Segundo. Vai por terra, o conceito de unidade na diversidade, da Solidariedade Cristã. Entra os dogmas de seitas religiosas e o poder da maior Igreja do mundo, que explora esta “autoridade”, julgando-se acima de qualquer suspeitas, e livre de pecar. Conclama-se herdeira dos ensinamentos de Jesus Cristo e a preferida do Salvador.
Tamanha Arrogância e demonstração de autoritarismo, jamais visto nos últimos quarenta anos. Veja abaixo trecho do documento, onde os clérigos, transbordam violência nas palavras:
Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?
Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico[19], não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio[20].
O Santo Padre Bento XVI, na Audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.
Penso que este posicionamento, aliado a ataques aos mulçumanos, recentemente pelo Papa, a defesa da volta a liturgias de centralização presbitera, só agrava os graves problemas da humanidade e aponta para um mundo mergulhado na Intolerância. Se nos anos de antes guerra e durante, tínhamos Hitler, Mussolini no poder político e Pio XII no Eclesial, hoje Bush e Bento XVI, não devem nada a aqueles em termos de ausência de tolerância.
PS: Para ler documento da Congregação sobre este assunto e outros, acesse o site do Vaticano: http://www.vatican.va/index.htm
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