CRÔNICAS DA CIDADE
LIMEIRA QUATRO
Outro dia ouvi na rádio Mix AM, a entrevista do economista e consultor empresarial Celso Leite. Não gostei de quase nada que ele falou. Achei que avançava em muito nos porquês do desenvolvimento sócio econômico de nossa cidade, ser travado e considerado por organismos de pesquisa e consultoria técnica, como de pífio desempenho.
O economista e colunista do Jornal de Limeira, aponta como motivos para o não desenvolvimento, que para ele consiste em investimentos que venham de fora do município, a classe política e os sindicatos de trabalhadores, isentando de culpabilidade a classe empresarial, afirmando que eles sim são desenvolvimentistas. Ora faz me rir, conclusões deste tipo. Penso que são ou corporativista, até porque Celso trabalha para estes empresários, os quais tenta isolar da autoria do atraso, ou faz parte de uma estratégia, de tirar literalmente da reta, a responsabilidade por nossa sã e real miserabilidade. Se não tenho competência, coloco a culpa nos outros. Este tem sido o lema das elites deste País, bem como de minha cidade.
Primeiro, não dá para limitar uma política de atração de investimentos, com a cabeça em projetos como canteiros de terra, para construção de Distritos Industriais e campanhas de Marketing que servem apenas para angariar votos e nada mais. Nisto os sucessivos governos erram e muito. Concordo neste ponto com o economista. Por outro lado é preciso reconhecer que as elites empresarias da cidade, estão longe de querer desenvolvimento. Durante décadas, elas investiam mal e porcamente em sua própria economia. A planta metalúrgica, por exemplo, enquanto tinha lucro, nunca preocupou-se em investir em sua mão de obra e em novas tecnologias. Com exceção de três ou quatro empresas, quase todas de capital estrangeiro, nosso parque industrial metalúrgico, esta sucateado, precarizado as relações de trabalho e nossos trabalhadores tenha péssimos salários e horríveis condições de trabalho.
Outro exemplo de que não chegamos nem na primeira Revolução Industrial, é o setor de folheados. Talvez o maior segmento fabril do município, vive na clandestinidade jurídica e trabalhista. A exploração do trabalho infantil é um verdadeiro escândalo e mais escandaloso ainda é as declarações de uma de suas lideranças na imprensa local, de que o setor não emprega crianças e adolescentes. Novamente faz me rir. Alem disto o setor, é de acordo com órgãos governamentais o que mais polui nossos rios e mananciais, sem falar que emprega sem carteira assinada e trabalha com produtos que provocam doenças crônicas, como o amianto, comprovadamente pode gerar câncer.
É certo que a classe política de nossa cidade, também não se interessa pelo desenvolvimento de nosso povo. Porem os políticos, com raras exceções, não representam eles mesmos. Vários deles tiveram apoio e ainda o tem das elites empresarias do município para eleger-se, é só reparar quando o interesse de um empresário necessita da intervenção política, a quem eles procuram e como são defendidos seus interesses.
O movimento sindical Limeirense, não é tão combativo, como Celso Leite faz crer em sua entrevista á radio AM. Desde a década de 80, o Sindicato dos Metalúrgicos representa esta combatividade, clara e objetiva. Não há concessões para este grupo. A política é classista e bem definido de que lado estão. Outros segmentos como Bancários e Professores, em menor grau e com enormes confusões ideológicas, também transmitem um pouco deste combate. Os demais representam o antigo e getulista, jeito pelego de fazer sindicalismo, atrelado aos patrões e distantes da base. Não se pode acusar o Sindicalismo de defesa dos direitos dos trabalhadores, como aliado do atraso e inimigo do desenvolvimento. È vero que locais onde sindicatos de luta atuam, a qualidade de vida e bem melhor. Cidades vizinhas, como Piracicaba, Americana e Rio Claro, tem este estilo Sindical e aparecem com IDHS, superiores aos nossos. O que ocorre é que a presença mássica de sindicatos atrelados, em categorias chaves e de ponta, contribuí com a estagnação.
Minha cidade não se desenvolve, porque nossas elites não querem. Param de lucrar e disseminar uma política cultural, bem típica da Casa Grande&Senzala.
Outro dia ouvi na rádio Mix AM, a entrevista do economista e consultor empresarial Celso Leite. Não gostei de quase nada que ele falou. Achei que avançava em muito nos porquês do desenvolvimento sócio econômico de nossa cidade, ser travado e considerado por organismos de pesquisa e consultoria técnica, como de pífio desempenho.
O economista e colunista do Jornal de Limeira, aponta como motivos para o não desenvolvimento, que para ele consiste em investimentos que venham de fora do município, a classe política e os sindicatos de trabalhadores, isentando de culpabilidade a classe empresarial, afirmando que eles sim são desenvolvimentistas. Ora faz me rir, conclusões deste tipo. Penso que são ou corporativista, até porque Celso trabalha para estes empresários, os quais tenta isolar da autoria do atraso, ou faz parte de uma estratégia, de tirar literalmente da reta, a responsabilidade por nossa sã e real miserabilidade. Se não tenho competência, coloco a culpa nos outros. Este tem sido o lema das elites deste País, bem como de minha cidade.
Primeiro, não dá para limitar uma política de atração de investimentos, com a cabeça em projetos como canteiros de terra, para construção de Distritos Industriais e campanhas de Marketing que servem apenas para angariar votos e nada mais. Nisto os sucessivos governos erram e muito. Concordo neste ponto com o economista. Por outro lado é preciso reconhecer que as elites empresarias da cidade, estão longe de querer desenvolvimento. Durante décadas, elas investiam mal e porcamente em sua própria economia. A planta metalúrgica, por exemplo, enquanto tinha lucro, nunca preocupou-se em investir em sua mão de obra e em novas tecnologias. Com exceção de três ou quatro empresas, quase todas de capital estrangeiro, nosso parque industrial metalúrgico, esta sucateado, precarizado as relações de trabalho e nossos trabalhadores tenha péssimos salários e horríveis condições de trabalho.
Outro exemplo de que não chegamos nem na primeira Revolução Industrial, é o setor de folheados. Talvez o maior segmento fabril do município, vive na clandestinidade jurídica e trabalhista. A exploração do trabalho infantil é um verdadeiro escândalo e mais escandaloso ainda é as declarações de uma de suas lideranças na imprensa local, de que o setor não emprega crianças e adolescentes. Novamente faz me rir. Alem disto o setor, é de acordo com órgãos governamentais o que mais polui nossos rios e mananciais, sem falar que emprega sem carteira assinada e trabalha com produtos que provocam doenças crônicas, como o amianto, comprovadamente pode gerar câncer.
É certo que a classe política de nossa cidade, também não se interessa pelo desenvolvimento de nosso povo. Porem os políticos, com raras exceções, não representam eles mesmos. Vários deles tiveram apoio e ainda o tem das elites empresarias do município para eleger-se, é só reparar quando o interesse de um empresário necessita da intervenção política, a quem eles procuram e como são defendidos seus interesses.
O movimento sindical Limeirense, não é tão combativo, como Celso Leite faz crer em sua entrevista á radio AM. Desde a década de 80, o Sindicato dos Metalúrgicos representa esta combatividade, clara e objetiva. Não há concessões para este grupo. A política é classista e bem definido de que lado estão. Outros segmentos como Bancários e Professores, em menor grau e com enormes confusões ideológicas, também transmitem um pouco deste combate. Os demais representam o antigo e getulista, jeito pelego de fazer sindicalismo, atrelado aos patrões e distantes da base. Não se pode acusar o Sindicalismo de defesa dos direitos dos trabalhadores, como aliado do atraso e inimigo do desenvolvimento. È vero que locais onde sindicatos de luta atuam, a qualidade de vida e bem melhor. Cidades vizinhas, como Piracicaba, Americana e Rio Claro, tem este estilo Sindical e aparecem com IDHS, superiores aos nossos. O que ocorre é que a presença mássica de sindicatos atrelados, em categorias chaves e de ponta, contribuí com a estagnação.
Minha cidade não se desenvolve, porque nossas elites não querem. Param de lucrar e disseminar uma política cultural, bem típica da Casa Grande&Senzala.
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