segunda-feira, dezembro 04, 2006

EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XXVI


A campanha Eleitoral de 1992, teve para a tendência Fórum do Interior sua prova de fogo. O grupo que tinha suas origens nas pastorais populares da Igreja Católica, que optou por um Sindicalismo combativo e de luta, mas com fortes sintomas do anarco sindical, vinha para o interior Partidário, com uma proposta, de construção de uma referencia de luta pelo Socialismo. Embora esta concepção fosse assimilada por parte das lideranças, enquanto a base do FI, praticava ações mais por conta do voluntarismo e dos ensinamentos da Teologia de Libertação, em alta nos anos 80. A vitória com quase 80% dos votos no inicio do ano no diretório, desbancando uma década de hegemonia da Articulação no comando do PT, dava inicio a uma nova era no Partido.

Porem o processo eleitoral, em termos quantitativos, não obteve o resultado esperado. O Sindicalista Wilson Cerqueira, não emplacou do vista numérico e isto influenciou na eleição dos proporcionais. Por outro lado a candidatura de Cerqueira, foi outra demonstração de que a esquerda Petista, buscava intervir com maior vigor nos destinos da cidade. Alem disto, a população pode tomar conhecimento de novos nomes na política Limeirense.

No computo geral, os 20 anos de revezamento de poder dos dois grupos políticos, não se encerrou neste processo eleitoral. Pelo contrario, Jurandir Paixão, voltava ao poder e com ele toda uma gama de políticos e assessores, que percorreram toda a década anterior, implementando um populismo autoritário e caudilhesco. Paulo Palmiro Veronesi D’Andréa, fragorosamente derrotado, termina seu ultimo mandato, com seu nome e governo aliado a Collor de Melo. Em 2001, o então Prefeito D’Andréa, mudou do escabroso PDS para a legenda de Fernando, o PRN, na esperança de obter recursos. O máximo que conseguiu foi a construção de um modelo porcamente copiado de Leonel Brizola, o CIEPs- Centro Integrado de Educação-, que na era Collorida, foi intitulado como CAIC. Em Limeira foi implantado no PQ. Nossa Senhora das Dores. Medida populista e eleitoreira, não emplacou e hoje funciona como Unidade Básica de Saúde e Escola de Ensino Fundamental.

Eu por outro lado, saí desta eleição e fui organizar o processo de eleições do Sindicato dos trabalhadores da Construção Civil de Campinas, onde exercia a função de Assessor de Diretoria. Duas chapas em disputa, marcavam o que representava a luta interna do Interior da Central Única dos Trabalhadores. Nossa Chapa, formada por companheiros ligados a corrente sindical CUT PELA BASE, que com exceção do PSTU, Causa Operaria e o Trabalho, abrigava todas as correntes de esquerda da Central. A CPB, no ano anterior no 4º Congresso da Central, foi violentadamente fraudada na principal votação, o que instituía a proporcionalidade direta e qualificada para todos os cargos da CUT. Foram realizadas três recontagens de voto, para que a Articulação anuncia-se que a proposta não foi aprovada. A outra chapa era formada por ex diretores do Sindicato que em 1989, foram derrotados pela CPB. Tinha alem do apoio da Articulação, a direita da Federação Estadual do Setor, que investiu muito na chapa de nº.2

Sabíamos que vencíamos o pleito. Mas também tínhamos clareza de que o nível seria muito baixo.

CONTINUA.......................................