segunda-feira, maio 14, 2007

CRÔNICAS DA CIDADE


LIMEIRA UM

Minha cidade tem uma elite que ainda não percebeu que o Feudalismo é coisa do Século XVI e que a Renascença fez florescer sentimentos de liberdade. As elites sequer entendem que a Revolução Francesa, abriu as portas para o Capitalismo, que o escravagismo foi abolido legalmente no Brasil. Uma elite que gosta de concentrar renda e que polui as mentes e corações dos pobres com sua concepção autoritária, corrupta e violenta.

É esta elite que as gargalhadas, concorda com parte da mídia, que define nossa cidade, como uma grande fazenda iluminada, com direito a senhores e escravos.

Esta mesma elite, gosta de bater no peito, que é da terra, Limeirense da gema. Morei em Pedreira, a cidade da louça de porcelana, por três anos. Nos primeiros meses, o que mais ouvia dos “Pedreirenses”, era: Você não é filho da terra?”. Em minha cidade, isto não é diferente. Se acontece um crime, o comentário das elites e de seus seguidores é sempre “Também é de fora!”. Uma manifestação de sem teto, sem terra, a pergunta freqüente dos nativos, “São de Limeira?”. Na ultima greve dos Motoristas e Cobradores de ônibus, estas mesmas elites, trataram logo de separar “o Joio do Trigo”. As afirmações eram de que o movimento chegou ao impasse com quinze dias de paralisação por conta da turma da CUT, do PT, em sua maioria forasteiros.

A Xenofobia por aqui, é ora escancarada, ora camuflada. Depende dos interesses em jogo.

Alem de tudo o que já disse, acrescento: As elites de minha cidade são Xenófobas.