A ESPERANÇA VENCE O MEDO
As marcas da destruição, estavam por toda a parte do acampamento. Roça desfeita pelas maquinas e botas dos militares e funcionários da Prefeitura. Olhamos aquela área, que á algumas semanas, tinha roçado de milho, feijão, verduras e frutas, hoje é um descampado, com varias curvas de nível, feitas pela administração municipal, sabe Deus porque.
Os barracos de lona, que antes já estavam sendo construídos com madeira, agora estavam no centro da terra, como uma questão de segurança. Á cozinha antes individual, agora é coletiva. Primeiro porque muita gente perdeu fogão e utensílios para fazer as refeições. Perderam não, saquearam seus pertences. Ninguém sabe onde estão. Ouvimos relato de que, muitas coisas, foram enterradas pelos policiais e funcionários que estiveram na desocupação. Pura maldade. Segundo, preparar a comida e comer coletivamente é uma forma de aprender ser solidário e praticar a solidariedade.
As feridas daquele dia fatídico, ainda não cicatrizaram-se. As pessoas, incluindo mulheres e crianças, estão assustadas com o que viram e sofreram com a repressão. Ninguém esquece, o major que comandou a operação, a frente da tropa, empunhando uma metralhadora, como se fosse um macaco de programa de auditório, pulava e gritava, dizendo que “o pau vai comer”, “hoje morre gente”, e por aí vai. Ou o helicóptero, voando há menos de um metro do chão, atirando bombas de gás de pimenta, em todos. Ou mais ainda, soldados da tropa, que apontavam armas para as crianças, que com medo corriam para o meio da mata. Mas o que mais chocou aquela gente, foi ver os barracos e a plantação serem destruídos, sem piedade.
Mas apesar do pesadelo, a esperança persiste no acampamento Elizabete Teixeira, no Bairro dos Lopes. A reconstrução esta em curso, a passos lentos sim, mas com muita determinação. No ultimo natal, uma ceia foi realizada, como símbolo de que o sonho pode se tornar realidade, quando todos estão irmanados em um único propósito.
Minha visita junto com minha filha e o arquiteto Alex, foi extremamente prazerosa. Não vimos nenhum ladrão, estuprador ou baderneiro, como parte da imprensa e políticos, insistem em vociferar pela cidade. Vimos trabalhadores pobres, que na cidade perderam tudo pela ganância do Capital.
Vimos um povo, que quer terra para nela plantar, colher e dar sustento as suas famílias. Vimos um povo que quer contribuir com a sociedade, através de seu trabalho. Hoje os assentamentos do MST, é responsável por produzir o que 8% da população do estado, consome com o Leite longa vida, sendo que 6% compram feijão dos assentamentos. Estes são pequeninos dados, de que a Reforma Agrária é viável e pode contribuir para a geração de emprego e renda.
Nossa cidade, não perdera nada com o assentamento dos trabalhadores. Vivera uma experiência, que lhe trará, desenvolvimento. Não o desenvolvimento factoide prometido pelo Prefeito. Mas um desenvolvimento, com justiça social.
Os barracos de lona, que antes já estavam sendo construídos com madeira, agora estavam no centro da terra, como uma questão de segurança. Á cozinha antes individual, agora é coletiva. Primeiro porque muita gente perdeu fogão e utensílios para fazer as refeições. Perderam não, saquearam seus pertences. Ninguém sabe onde estão. Ouvimos relato de que, muitas coisas, foram enterradas pelos policiais e funcionários que estiveram na desocupação. Pura maldade. Segundo, preparar a comida e comer coletivamente é uma forma de aprender ser solidário e praticar a solidariedade.
As feridas daquele dia fatídico, ainda não cicatrizaram-se. As pessoas, incluindo mulheres e crianças, estão assustadas com o que viram e sofreram com a repressão. Ninguém esquece, o major que comandou a operação, a frente da tropa, empunhando uma metralhadora, como se fosse um macaco de programa de auditório, pulava e gritava, dizendo que “o pau vai comer”, “hoje morre gente”, e por aí vai. Ou o helicóptero, voando há menos de um metro do chão, atirando bombas de gás de pimenta, em todos. Ou mais ainda, soldados da tropa, que apontavam armas para as crianças, que com medo corriam para o meio da mata. Mas o que mais chocou aquela gente, foi ver os barracos e a plantação serem destruídos, sem piedade.
Mas apesar do pesadelo, a esperança persiste no acampamento Elizabete Teixeira, no Bairro dos Lopes. A reconstrução esta em curso, a passos lentos sim, mas com muita determinação. No ultimo natal, uma ceia foi realizada, como símbolo de que o sonho pode se tornar realidade, quando todos estão irmanados em um único propósito.
Minha visita junto com minha filha e o arquiteto Alex, foi extremamente prazerosa. Não vimos nenhum ladrão, estuprador ou baderneiro, como parte da imprensa e políticos, insistem em vociferar pela cidade. Vimos trabalhadores pobres, que na cidade perderam tudo pela ganância do Capital.
Vimos um povo, que quer terra para nela plantar, colher e dar sustento as suas famílias. Vimos um povo que quer contribuir com a sociedade, através de seu trabalho. Hoje os assentamentos do MST, é responsável por produzir o que 8% da população do estado, consome com o Leite longa vida, sendo que 6% compram feijão dos assentamentos. Estes são pequeninos dados, de que a Reforma Agrária é viável e pode contribuir para a geração de emprego e renda.
Nossa cidade, não perdera nada com o assentamento dos trabalhadores. Vivera uma experiência, que lhe trará, desenvolvimento. Não o desenvolvimento factoide prometido pelo Prefeito. Mas um desenvolvimento, com justiça social.
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