EU MINHA HISTÓRIA ELEITORAL-XXXII
Os anos de 1993 e 1994, foram ao meu ver, o final de ciclo, para as esquerdas Brasileiras, originárias do final do regime militar. Esgotado esta o período, da ação pragmática ideológica, como gosta de avaliar os anos 80 o educador popular Luis Carlos Scapi. O período de lutas por reivindicações imediatas e propagação de um novo modo de vida partidária, personificado na CUT e no PT, respectivamente. Este modelo mostrava-se naquele momento esgotado. Vários movimentos e articulações vinham sendo feitos desde o final da década anterior. O III CONCUT (1988), de Belo Horizonte e o I Congresso do PT(1991), já indicavam que as correntes majoritárias tanto da central, como do Partido, estavam em franca mudança de rumos em sua política interna. Saí o discurso de enfrentamento de classes e entra o de ampliação de alianças, inclusive com setores médios da sociedade. Nunca se entendeu muito bem, o que vinha a ser estes setores médios. Ações e propostas, como câmaras setoriais, onde na mesma mesa sentariam, patrões, governo e trabalhadores, anunciava, intenções de cortes em direitos e mais concentração de renda. A Central vivia naqueles anos, as seqüelas do IV Congresso de 1991, onde as esquerdas venceram e não levaram. Consistindo em um horroroso roubo na votação da proporcionalidade qualificada para os cargos da direção nacional. Começava ir para o espaço, a democracia interna, a concepção de luta de classes. Em alguns lugares, esta política, já fazia efeito. Nos Metalúrgicos do ABC, choveu acordos de demissão voluntária, flexibilização de direitos trabalhistas, todos frutos dos fóruns com os empresários e o governo. No PT, um ano antes a antiga Convergência Socialista, hoje PSTU e a Causa Operaria, são expulsos do Partido. Inicia a degola dos que pensam diferente. Ia por terra, o Partido da Pluralidade e do respeito a diversidade.
Mas as esquerdas resistiam, em varias partes do País. Mas também demonstravam que não tinham apercebido, que o ciclo tinha terminado. O discurso estava longe da pratica. Mesmo condenando as tentativas de abandono das lutas populares e dos pactos sociais disfarçados de outros nomes, as lideranças não conseguiam convencer as massas de que era preciso combater as mudanças preteridas pelas correntes majoritárias. Na pratica, o eleitorismo também afeta os grupos de esquerda, que consumiam seu tempo, nas disputas por cargos públicos, mesmo com intervenções políticas diferentes da Articulação. No quesito organização de base, as esquerdas continuaram defendendo a nucleação, mas nada fizeram, para evitar que os núcleos de base fossem se acabando gradativamente. O mesmo se diz respeito a organização nos locais de trabalho. As esquerda reagiram naquele instante, de forma perplexa e as vezes emocionada, propondo uma volta ao passado, não conseguindo, entender, que transformações tecnológicas, estavam afetando o chão de fabrica, que o desemprego, tornava-se estrutural.
Na agenda política, um fato comprovaria que o pragmatismo, estava em voga. A constituição de 1988, determinou que naquele ano de 1993, ocorreria o plebiscito, para definir, o sistema de governo e o regime. Em disputa, o Presidencialismo X Parlamentarismo, Republica X Monarquia. Alguns analistas e lideranças do PT, chegaram a ensaiar que isto poderia ser um golpe, nas esquerdas, pois a vitória de Lula nas eleições do ano seguinte, eram favas contadas. E assim a vitória do Parlamentarismo esvaziaria os poderes presidencial. Nunca acreditei nesta tese, sempre achei que a Burguesia tem táticas e planos muito mais eficazes e inteligentes, que este. Até porque, o Brasil só teve dois tipos de cultura, o totalitarismo, através da colônia, depois o império e as ditaduras, e o Presidencialismo. O Parlamentarismo, ainda era algo muito distante, do imaginário popular.
Mas as esquerdas resistiam, em varias partes do País. Mas também demonstravam que não tinham apercebido, que o ciclo tinha terminado. O discurso estava longe da pratica. Mesmo condenando as tentativas de abandono das lutas populares e dos pactos sociais disfarçados de outros nomes, as lideranças não conseguiam convencer as massas de que era preciso combater as mudanças preteridas pelas correntes majoritárias. Na pratica, o eleitorismo também afeta os grupos de esquerda, que consumiam seu tempo, nas disputas por cargos públicos, mesmo com intervenções políticas diferentes da Articulação. No quesito organização de base, as esquerdas continuaram defendendo a nucleação, mas nada fizeram, para evitar que os núcleos de base fossem se acabando gradativamente. O mesmo se diz respeito a organização nos locais de trabalho. As esquerda reagiram naquele instante, de forma perplexa e as vezes emocionada, propondo uma volta ao passado, não conseguindo, entender, que transformações tecnológicas, estavam afetando o chão de fabrica, que o desemprego, tornava-se estrutural.
Na agenda política, um fato comprovaria que o pragmatismo, estava em voga. A constituição de 1988, determinou que naquele ano de 1993, ocorreria o plebiscito, para definir, o sistema de governo e o regime. Em disputa, o Presidencialismo X Parlamentarismo, Republica X Monarquia. Alguns analistas e lideranças do PT, chegaram a ensaiar que isto poderia ser um golpe, nas esquerdas, pois a vitória de Lula nas eleições do ano seguinte, eram favas contadas. E assim a vitória do Parlamentarismo esvaziaria os poderes presidencial. Nunca acreditei nesta tese, sempre achei que a Burguesia tem táticas e planos muito mais eficazes e inteligentes, que este. Até porque, o Brasil só teve dois tipos de cultura, o totalitarismo, através da colônia, depois o império e as ditaduras, e o Presidencialismo. O Parlamentarismo, ainda era algo muito distante, do imaginário popular.
No PT, o pau quebrou. Em varias teses e discursos, varias personalidades, como Zé Dirceu, Genoino, Tarso Genro e outros, foram adeptos do sistema Europeu. Mas o que prevalecia, no interior do Partido, era o Presidencialismo. Não como o ideal, para a sociedade, mas como necessário naquele momento. O Pragmatismo, começa a fazer efeito. Lula dirigiu pessoalmente a campanha. O Partido dividiu-se nesta matéria, sendo necessário uma prévia, interna. Só para efeito de registro, os Parlamentaristas, tinham os melhores quadros. Imagine, lado a lado, Fernando Henrique Cardoso e José Genoino.
Em Limeira, o Presidencialismo, era a preferência. Pouquíssimos se arriscaram, na defesa do Parlamentarismo. Aqui tivemos, até o Prefeito da época Jurandir Paixão na defesa do Presidencialismo. PT e Paixão, juntos, quem diria.
Venceu de lavada o Presidencialismo e a Republica, tanto nas previas petistas, como no Plebiscito oficial.
As esquerdas davam mostra de que o imediato e oportuno, era o melhor negocio.
Em Limeira, o Presidencialismo, era a preferência. Pouquíssimos se arriscaram, na defesa do Parlamentarismo. Aqui tivemos, até o Prefeito da época Jurandir Paixão na defesa do Presidencialismo. PT e Paixão, juntos, quem diria.
Venceu de lavada o Presidencialismo e a Republica, tanto nas previas petistas, como no Plebiscito oficial.
As esquerdas davam mostra de que o imediato e oportuno, era o melhor negocio.
OBS: Retomo esta serie, após um pedido muito especial, do companheiro Flanklin, do PCdoB
1 Comments:
Valeu Janjão.
Vc é a história viva de Limeira!
Obrigado mesmo!!
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