EU MINHA HISTÓRIA ELEITORAL-XXXIII
Após o plebiscito, do sistema e regime de governo, a agenda política para o ano de 1994, prometia ser cheia e emocionante. Já no primeiro semestre o Presidente da Republica, Itamar Franco, surpreende os analistas de plantão e nomeia para Ministro da Fazenda, o Senador Fernando Henrique Cardoso, do então racha do PMDB, o PSDB. Esperava-se, um especialista na matéria, um economista, uma personalidade com transito no FMI e nas instituições financeiras internacionais. No entanto, o Professor de Sociologia, era o escolhido. O desenho da sucessão Presidencial e o candidato das elites, poderia estar surgindo. Embora publicamente e em confidencias aos amigos, Itamar não confirmaria FHC, como seu escolhido. Porem o governo tampão do ex Vice de Collor de Mello, acolhia alhos e bugalhos. Só o PT não participava de sua gestão. Itamar não tinha controle sobre assuntos de política eleitoral, mas lhe interessava, terminar o governo, deixando algumas marcas positivas.
A escolha de Fernando Henrique para a pasta mais importante da união, não foi um capricho do topetudo de Juiz de Fora, nem tão pouco uma queda de braço dos Partidos da base aliada, onde os Tucanos, sairiam vitoriosos. A Burguesia planeja seus passos imediatos, pensando no futuro. O PSDB, embora saia do PMDB, com um discurso a esquerda do primeiro, até aquele momento não mostrou nenhuma resistência, á não ser em casos isolados, como o de Mario Covas, ao projeto Neo Liberal em curso no Brasil. Se não fosse a resistência de Covas e as trapalhadas de Collor e sua quadrilha, os tucanos teriam participado daquele mandato, como no caso do Fora Collor, demoraram para engrossar as fileiras do movimento. Assim, encastelados na fama de estarem sempre em cima do muro, com esta escolha, o jogo mudaria e a Burguesia poderia ter um candidato, com condições de derrotar Lula.
O candidato do PT, desde a queda de Collor, liderava com folga todas as pesquisas de opinião. Nenhum candidato conseguia, emplacar para ter condições de enfrentar Lula. A Burguesia, entrava em um buraco, muito parecido com 1989, quando decidiu-se por Collor de Mello, apenas no segundo turno da campanha. Era preciso ter um candidato confiável, as suas pretensões, de continuar em curso o processo de diminuição do poder do Estado, privatizando e sucateando o patrimônio publico, ao mesmo tempo, flexibilizando direitos trabalhistas, e por aí afora. Por outro lado, havia necessidade de adotar medidas, do agrado popular. Até então o governo Itamar, não tinha emplacado, nada substancial.
Aquela altura do campeonato, a inflação ainda era problema. Sua instabilidade, era enorme. A cultura inflacionária no Brasil, detonou um sentimento de terror na população. Com a inflação os preços vão pra hora da morte. Os pacotes econômicos anteriores, tinham fracassado em seu intento. Ainda era fresco na memória popular, o roubo nas poupanças, feitos no primeiro dia do governo Collor ou o engodo dos Planos Cruzados I e II. Nenhum conteve a onda inflacionária, nem tão pouco os salários conseguiam recuperar seu poder de compra. Alias a principal bandeira do Sindicalismo Brasileiro, em toda a década de 80 e naquele inicio da de 90, era exatamente a recuperação de perdas salariais, em virtude da inflação. Vários movimentos grevistas, foram deflagrados, em milhares de categorias, tendo como carro chefe, a recuperação.
FHC, era uma incógnita. O que faria como ministro da fazenda?. Seria ele a alternativa, tanto almejada pela Burguesia para derrotar o sapo barbudo e dar seqüência em seu projeto de acumulação de renda?.
Eis que surge o Plano Real. Não seria um pacote econômico qualquer. Nem poderia ter apenas fôlego curto, para cumprir interesses eleitorais. Teria que ser mais que isto. Deveria não só conter a inflação, mas estabiliza-la, por muito tempo. O Plano seria o carro chefe, de um projeto de perpetuação no poder da Burguesia, afastando as esquerdas e um outro oportunista e aventureiro, como foi o ex Presidente Alagoano.
A conjuntura internacional, apontava para desafios enormes para as classes dominantes. O enxugamento da maquina estatal, a desregulamentação do estado e a diminuição de seu poder sobre a economia, eram pontos chaves, para o Capitalismo resolver seu problema de acumulação. Os perfis de mando no mundo, eram de lideranças de direita, conservadores, mas que proliferam um discurso, da pós modernidade. Privatizar e sucatear o estado, era sinônimo de moderno.
A Burguesia não queria correr o risco de novo fracasso no Brasil. FHC e o Plano Real eram a bola da vez.
A escolha de Fernando Henrique para a pasta mais importante da união, não foi um capricho do topetudo de Juiz de Fora, nem tão pouco uma queda de braço dos Partidos da base aliada, onde os Tucanos, sairiam vitoriosos. A Burguesia planeja seus passos imediatos, pensando no futuro. O PSDB, embora saia do PMDB, com um discurso a esquerda do primeiro, até aquele momento não mostrou nenhuma resistência, á não ser em casos isolados, como o de Mario Covas, ao projeto Neo Liberal em curso no Brasil. Se não fosse a resistência de Covas e as trapalhadas de Collor e sua quadrilha, os tucanos teriam participado daquele mandato, como no caso do Fora Collor, demoraram para engrossar as fileiras do movimento. Assim, encastelados na fama de estarem sempre em cima do muro, com esta escolha, o jogo mudaria e a Burguesia poderia ter um candidato, com condições de derrotar Lula.
O candidato do PT, desde a queda de Collor, liderava com folga todas as pesquisas de opinião. Nenhum candidato conseguia, emplacar para ter condições de enfrentar Lula. A Burguesia, entrava em um buraco, muito parecido com 1989, quando decidiu-se por Collor de Mello, apenas no segundo turno da campanha. Era preciso ter um candidato confiável, as suas pretensões, de continuar em curso o processo de diminuição do poder do Estado, privatizando e sucateando o patrimônio publico, ao mesmo tempo, flexibilizando direitos trabalhistas, e por aí afora. Por outro lado, havia necessidade de adotar medidas, do agrado popular. Até então o governo Itamar, não tinha emplacado, nada substancial.
Aquela altura do campeonato, a inflação ainda era problema. Sua instabilidade, era enorme. A cultura inflacionária no Brasil, detonou um sentimento de terror na população. Com a inflação os preços vão pra hora da morte. Os pacotes econômicos anteriores, tinham fracassado em seu intento. Ainda era fresco na memória popular, o roubo nas poupanças, feitos no primeiro dia do governo Collor ou o engodo dos Planos Cruzados I e II. Nenhum conteve a onda inflacionária, nem tão pouco os salários conseguiam recuperar seu poder de compra. Alias a principal bandeira do Sindicalismo Brasileiro, em toda a década de 80 e naquele inicio da de 90, era exatamente a recuperação de perdas salariais, em virtude da inflação. Vários movimentos grevistas, foram deflagrados, em milhares de categorias, tendo como carro chefe, a recuperação.
FHC, era uma incógnita. O que faria como ministro da fazenda?. Seria ele a alternativa, tanto almejada pela Burguesia para derrotar o sapo barbudo e dar seqüência em seu projeto de acumulação de renda?.
Eis que surge o Plano Real. Não seria um pacote econômico qualquer. Nem poderia ter apenas fôlego curto, para cumprir interesses eleitorais. Teria que ser mais que isto. Deveria não só conter a inflação, mas estabiliza-la, por muito tempo. O Plano seria o carro chefe, de um projeto de perpetuação no poder da Burguesia, afastando as esquerdas e um outro oportunista e aventureiro, como foi o ex Presidente Alagoano.
A conjuntura internacional, apontava para desafios enormes para as classes dominantes. O enxugamento da maquina estatal, a desregulamentação do estado e a diminuição de seu poder sobre a economia, eram pontos chaves, para o Capitalismo resolver seu problema de acumulação. Os perfis de mando no mundo, eram de lideranças de direita, conservadores, mas que proliferam um discurso, da pós modernidade. Privatizar e sucatear o estado, era sinônimo de moderno.
A Burguesia não queria correr o risco de novo fracasso no Brasil. FHC e o Plano Real eram a bola da vez.
1 Comments:
Estou no aguardo dos novos capítulos dessa história.
Grande abarço camarada.
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