quinta-feira, julho 30, 2009

CONVOCAÇÃO DO GRITO DOS EXCLUÍDOS/2009

A crise mundial é uma realidade dura para a classe trabalhadora. Esta crise econômica, ecológica, política, social e humana implica emdesemprego, achatamento dos salários, redução de direitos trabalhistase degradação do meio ambiente. Longe de ser apenas mais uma crisepassageira, esta revela o esgotamento do modelo capitalista queprivilegia a busca desenfreada do lu cro à custa da miséria da maioriada população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1bilhão de pessoas passam fome no mundo.
Não dá mais para reduzir as pessoas, de sujeitos de sua própriahistória, a meras marionetes conduzidas pelos interesses do Capital.Não dá mais para transformar direito social em mercadoria,privatizando a saúde, a educação, a habitação e o transporte. Nãopodemos aceitar que somente aqueles que têm dinheiro possam vergarantidas as mínimas condições para se viver com dignidade. A vida do ser humano e do planeta é colocada em último lugar, comorevelam as graves conseqüências ambientais, como a devastação, oaquecimento global e as catástrofes ambientais, que colocam em risco acontinuidade da vida no planeta.
Quais seriam, então, as possíveis soluções para a crise mundial?
Os Estados, comprometidos com os interesses dos ricos, preocupam-seapenas em socorrer as grandes empresas e os banqueiros das falências.O Governo Federal chega até a emprestar ao FMI verbas que deveriam ser aplicadas nas políticas públicas. Ao invés de garantir os direitossociais ao trabalho, moradia, saúde, educação e transporte, o GovernoFederal repassa apenas algumas migalhas para o povo, a partir deprogramas sociais populistas de transferência de renda. Além disso,entrega de bandeja a Amazônia, legitimando a grilagem ilegal, e colocao Exército para garantir as obras de transposição do Rio São Francisco, que prejudicará o meio ambiente e as comunidades ribeirinhas,quilombolas e indígenas.
Com sua política pública a golpe de cassetetes, o Governo Estadual agede maneira violenta contra os movimentos grevistas, tal como no INSS,à exemplo da violência da PM na ocupação da USP de junho deste ano. Damesma forma, a Prefeitura Municipal expulsa pessoas em situação de ruado centro da cidade e agride trabalhadores ambulantes e catadores demateriais recicláveis. Não aceitamos tratar como criminosos aqueles que lu tam a favor dosinteresses da classe trabalhadora!
Qual a situação dos instrumentos de luta da classe trabalhadora?
Enquanto alguns movimentos sociais seguem combativos, fiéis a seupapel histórico na construção de uma nova sociedade, vários outrosforam cooptados para atender aos interesses dos governos eempresários. Ao lado do movimento sindical comprometido com a classe trabalhadora,diversas outras Centrais Sindicais negociam direitos historicamenteconquistados, engrossando o coro de ajuda aos empresários e pendurandona conta dos trabalhadores os efeitos da crise econômica.
Poucos partidos políticos continuam aliados à classe trabalhadora, aopasso que muitos outros que se diziam a favor dos trabalhadores estãovendidos a um sistema político corrupto, além de serem financiadospelo Grande Capital para defender seus interesses.
Qual seria, portanto, a alternativa popular à crise mundial?
A força da transformação está na organização popular! Está na ordem do dia a reorganização das forças de esquerda para ofortalecimento de um projeto popular brasileiro. Neste processo histórico de reorganização é fundamental a participação de movimentossociais ,estudantis, sindicatos, pastorais sociais e partidospolíticos rumo à transformação das estruturas políticas, econômicas esociais.
A transformação está na força de organização da classe trabalhadora emtorno de um sindicalismo independente, combativo e classista; na lutapela estabilidade no emprego e pela redução da jornada de trabalho semredução de salário, na luta pela reestatização da Vale e da Embraer.Homens e mulheres organizados em movimentos sociais que lutem pelaReforma Urbana e Agrária.
Em suma, protagonismo popular na construção de um novo modelo,ecossustentável, com respeito à diversidade cultural, étnica e degênero.. Uma sociedade solidária, democrática e plu ral. Enfim, aúnica forma de organização social justa e igualitária: a sociedadesocial ista.
Vamos todas e todos dar um grande grito contra a exclusão social!
Grito dos Excluídos, participe!!!
7 de Setembro de 2009
8h Missa na Catedral da Sé
9h Concentração na Praça da Sé
10h Saída da Caminhada até o Ipiranga
12h Ato público no Monumento da Independência no Ipiranga
Vida em primeiro lugar, A força da transformação está na organização popular !
José Lucas dos Santos – Secretario. Pastoral Operária Metropolitana de SãoPaulo
Telefone da Sede: 11 3106 5531 11 3106 5531 Telefones: 8790 6149 ou 7392 8164 E-mail: jlucasjr59@yahoo.com.br
COORDENAÇÃO DO GRITO DOS EXCLUÌDOS