POEMA INÉDITO
EU NÃO TENHO MEDO
Eu não tenho medo
Do amor ou da dor
As duas a gente sente
E enfrenta, uma tem cura
A outra é eterna enquanto
Durar ou a morte chegar
Eu não tenho medo
De gostar e muito
Do negro, do amarelo,
Do branco, do vermelho,
Gosto do trem das cores
E de seus cheiros e aromas
Eu não tenho medo
Em dizer ao Judeu
Estenda a mão ao Mulçumano
Como o Candomblé não
É coisa do Demo, e ser
Católico não é ser onipotente
Eu não tenho medo
de beijar Homens, em saudação
ou na boca por amor
Ou tesão, ou não
Mas nunca concordarei
Com o extermínio do diferente
Eu não tenho medo
De pesadelos, eles tem
Que ficar em sonhos
Mas pesadelos reais
Não se permitem existir
Eles destroem vidas
Eu não tenho medo
de dizer que gosto de
soltar pipas, não só
porque é divertido
o vôo delas nos faz
bater asas e viajar em segundos
Eu não tenho medo
de ter medo, de temer
o pior, o caos, a barbárie,
de ver muros da indiferença
rajadas de estupidez
escarrada de ignorância
Eu não tenho medo
Do futuro, ele pode
Ser um pássaro de boa
Paz, de santidade
ou uma cobra
De um veneno fatal
Eu não tenho medo
Digo e repito
Eu não tenho medo
De dar boas vindas
Ao belo, ao feio
Ao contraditório, á vida.
Em Tempo: Poema fortemente influenciado pela crônica “Tenho medo dessa gente”, da Jornalista Sandra Alves, publicado no Blog: http://www.jornalistas.blog.br/ .
Eu não tenho medo
Do amor ou da dor
As duas a gente sente
E enfrenta, uma tem cura
A outra é eterna enquanto
Durar ou a morte chegar
Eu não tenho medo
De gostar e muito
Do negro, do amarelo,
Do branco, do vermelho,
Gosto do trem das cores
E de seus cheiros e aromas
Eu não tenho medo
Em dizer ao Judeu
Estenda a mão ao Mulçumano
Como o Candomblé não
É coisa do Demo, e ser
Católico não é ser onipotente
Eu não tenho medo
de beijar Homens, em saudação
ou na boca por amor
Ou tesão, ou não
Mas nunca concordarei
Com o extermínio do diferente
Eu não tenho medo
De pesadelos, eles tem
Que ficar em sonhos
Mas pesadelos reais
Não se permitem existir
Eles destroem vidas
Eu não tenho medo
de dizer que gosto de
soltar pipas, não só
porque é divertido
o vôo delas nos faz
bater asas e viajar em segundos
Eu não tenho medo
de ter medo, de temer
o pior, o caos, a barbárie,
de ver muros da indiferença
rajadas de estupidez
escarrada de ignorância
Eu não tenho medo
Do futuro, ele pode
Ser um pássaro de boa
Paz, de santidade
ou uma cobra
De um veneno fatal
Eu não tenho medo
Digo e repito
Eu não tenho medo
De dar boas vindas
Ao belo, ao feio
Ao contraditório, á vida.
Em Tempo: Poema fortemente influenciado pela crônica “Tenho medo dessa gente”, da Jornalista Sandra Alves, publicado no Blog: http://www.jornalistas.blog.br/ .
3 Comments:
Janjão que interessante é a vida!
Nunca tinha acessado seu Blog e hj, inesperadamente, acesso e vejo o belo poema que vc escreveu inspirado em minha crônica.
Por isso é que sempre acredito na frase de Shakespeare "há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia".
Adorei!
Abraço
O Poema vai ser publicado lá no Jornalistas. Além disto estou inscrevendo o texto em vários concursos. Desde que vc escreve no Blog, tenho acompanhado seus textos e percebido que além de escrever muito bem, vc é despreendida de qualquer preconceito. Tem uma aura muito libertadora, gosto dos seus escritos, diferem da maioria ali. Muito obrigado por ter gostado do poema. Qualquer dia destes temos que nos conhecer pessoalmente. Abraços. Janjão
Um texto que me pegou assim desprevinida e me emocionou,muito belo ! Parabéns !!!
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