EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XVI
Todo o ano de 1991, parecia que prometia uma unanimidade em torno da República de Alagoas como convencionou-se chamar o grupo de Collor de Mello, no poder. No plano econômico, apesar da chiadeira da Classe média, de alguns economistas e da Esquerda, o plano de estabilização, capitaneado pela Ministra da Economia Zélia Cardoso de Mello, a Zélia namorada do Ministro da Justiça Bernardo Cabral, cumpria a risca as determinações do Fundo Monetário e do Banco Mundial. Fernando Collor desfilava, imponente com muita perfeição a política Neo Liberal, não assumida por Sarney. O Arrocho, a recessão e a entrega do patrimônio público a iniciativa privada, consistia no ideário da corte collorida.
Na política, Collor detinha maioria para aprovar o que quisesse, embora fisiológica e entreguista. O discurso do chefe da Republica, continuava populista, e quase sempre agressivo, aliado com uma pratica de um playboy, que andava de Jet Ski e Harley Davisson, mas fazia jantares e almoços com duplas de musicas sertanejas, artistas globais e modelos, á procura do estrelato. Collor arrasou com o cinema nacional, fechando a Embrafilmes, bem como deu fim a lei de incentivos a produtos culturais. Foi o período de maior fracasso em termos de produção cultural, por pura ausência de apoio.
Alguns políticos já neste ínterim assumem de vez, o governo Collor. Antonio Carlos Magalhães e seu Pefele, Maluf, parte do PMDB e outros. Até Leonel Brizola, então Governador do Rio de Janeiro, vai fazer coro com o governo. Brizola faria um acordo com Collor, de o mesmo assumir os CIESP, os centros de educação, cultura e lazer, para crianças e jovens. Em Limeira, o Prefeito de então Paulo D’Andréia e o Deputado Federal Dr. Heitor Franco, que ingressaram no pequeno e obscuro Partido do Presidente, o PRN- Partido da Renovação Nacional- com objetivos claros de obter ajuda e benesses do Planalto Central. Para nossa cidade, rendeu a construção do CAIC, a versão Collorida dos CIESP Brizolistas. Versão no discurso e não na pratica, haja visto, que o CAIC, serve para posto de saúde e centro comunitário, e não um projeto educacional de período integral. Como D’Andréia, centenas de outros políticos no País aderiram a onda Collorida.
No PT, o ano prometia, pois a direção tinha marcado a realização do I Congresso do Partido, para este ano. Crescia a esperança interna de um balanço profundo e firme das eleições de 89, suas conseqüências para o Partido. As esquerdas Partidárias, prometiam mexer nas feridas, para cicatrização, exceto a Causa Operária e a Convergência Socialista. Partidos da IV Internacional Comunista, de cunho Trotskistas, estes dois grupos vinham anunciando sua saída do PT, há anos ou melhor trabalhavam para sua expulsão. Ambos tinham claro que o ciclo de crescimento de suas legendas no Partido dos Trabalhadores, tinha terminado. Porem taticamente era necessário sair como mocinhos e não vilões. O esquema Stalinista, já se fazia notar no interior Partidário e em especial na corrente majoritária. O interesse em limpar a Causa e a CS, eram enormes, no seio da Articulação. Manobras regimentais, estatutárias e resolutivas, fizeram do 1º Congresso o ultimo destas correntes Trotskistas. Outras tiveram que se reciclar, como o caso do Trabalho e da Democracia Socialista, buscando configurar-se como uma tendência do PT e não no PT.
Além destas expulsões denunciadas com arbitrarias pelas esquerdas do Partido, o Congresso, pouco avançou em relação a um balanço critico da atuação Partidária. No campo da formulação sobre o Socialismo Petista, ratificou-se a formulação do 7º Encontro Nacional, com uma ou outra variante. Em relação a Collor, os Congressistas decidem ser um governo Neo Liberal e com fortes traços de Corrupção. È aprovado um plano de lutas que vai demonstrar ineficaz, meses depois, pois já se notava a burocratização e institucionalização do PT. No campo da Construção Partidária, nota-se alguns avanços, entre eles a proporcionalidade qualificada para Executiva, 30% de cotas no mínimo de participação das mulheres na instancias de Direção. Congresso no frigir dos ovos, não avançou em um projeto Classista e Socialista para o Brasil, mas apontou os problemas que fariam agravar a crise interna.
No meu caso, morando em Campinas priorizava a vida Sindical, me dividindo, entre as assessorias ao Sindicato da Construção Civil e ao então Departamento Nacional do setor. Mas minha alma, meu coração, ainda pulsava por Limeira. Preparava então minha volta, pelo menos para coordenar uma Eleição.
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Na política, Collor detinha maioria para aprovar o que quisesse, embora fisiológica e entreguista. O discurso do chefe da Republica, continuava populista, e quase sempre agressivo, aliado com uma pratica de um playboy, que andava de Jet Ski e Harley Davisson, mas fazia jantares e almoços com duplas de musicas sertanejas, artistas globais e modelos, á procura do estrelato. Collor arrasou com o cinema nacional, fechando a Embrafilmes, bem como deu fim a lei de incentivos a produtos culturais. Foi o período de maior fracasso em termos de produção cultural, por pura ausência de apoio.
Alguns políticos já neste ínterim assumem de vez, o governo Collor. Antonio Carlos Magalhães e seu Pefele, Maluf, parte do PMDB e outros. Até Leonel Brizola, então Governador do Rio de Janeiro, vai fazer coro com o governo. Brizola faria um acordo com Collor, de o mesmo assumir os CIESP, os centros de educação, cultura e lazer, para crianças e jovens. Em Limeira, o Prefeito de então Paulo D’Andréia e o Deputado Federal Dr. Heitor Franco, que ingressaram no pequeno e obscuro Partido do Presidente, o PRN- Partido da Renovação Nacional- com objetivos claros de obter ajuda e benesses do Planalto Central. Para nossa cidade, rendeu a construção do CAIC, a versão Collorida dos CIESP Brizolistas. Versão no discurso e não na pratica, haja visto, que o CAIC, serve para posto de saúde e centro comunitário, e não um projeto educacional de período integral. Como D’Andréia, centenas de outros políticos no País aderiram a onda Collorida.
No PT, o ano prometia, pois a direção tinha marcado a realização do I Congresso do Partido, para este ano. Crescia a esperança interna de um balanço profundo e firme das eleições de 89, suas conseqüências para o Partido. As esquerdas Partidárias, prometiam mexer nas feridas, para cicatrização, exceto a Causa Operária e a Convergência Socialista. Partidos da IV Internacional Comunista, de cunho Trotskistas, estes dois grupos vinham anunciando sua saída do PT, há anos ou melhor trabalhavam para sua expulsão. Ambos tinham claro que o ciclo de crescimento de suas legendas no Partido dos Trabalhadores, tinha terminado. Porem taticamente era necessário sair como mocinhos e não vilões. O esquema Stalinista, já se fazia notar no interior Partidário e em especial na corrente majoritária. O interesse em limpar a Causa e a CS, eram enormes, no seio da Articulação. Manobras regimentais, estatutárias e resolutivas, fizeram do 1º Congresso o ultimo destas correntes Trotskistas. Outras tiveram que se reciclar, como o caso do Trabalho e da Democracia Socialista, buscando configurar-se como uma tendência do PT e não no PT.
Além destas expulsões denunciadas com arbitrarias pelas esquerdas do Partido, o Congresso, pouco avançou em relação a um balanço critico da atuação Partidária. No campo da formulação sobre o Socialismo Petista, ratificou-se a formulação do 7º Encontro Nacional, com uma ou outra variante. Em relação a Collor, os Congressistas decidem ser um governo Neo Liberal e com fortes traços de Corrupção. È aprovado um plano de lutas que vai demonstrar ineficaz, meses depois, pois já se notava a burocratização e institucionalização do PT. No campo da Construção Partidária, nota-se alguns avanços, entre eles a proporcionalidade qualificada para Executiva, 30% de cotas no mínimo de participação das mulheres na instancias de Direção. Congresso no frigir dos ovos, não avançou em um projeto Classista e Socialista para o Brasil, mas apontou os problemas que fariam agravar a crise interna.
No meu caso, morando em Campinas priorizava a vida Sindical, me dividindo, entre as assessorias ao Sindicato da Construção Civil e ao então Departamento Nacional do setor. Mas minha alma, meu coração, ainda pulsava por Limeira. Preparava então minha volta, pelo menos para coordenar uma Eleição.
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