INTOLERÂNCIA, A SÉRIE. ESCRACHE NO SETE DE SETEMBRO
A cena foi mais ou menos assim: Jovens com as bocas amordaçadas, com inscrições na camisa, Vereadores, e atrás um jovem que segurava uma corda, esta amarrada no pelotão de frente. O rapaz carregava a inscrição Prefeito. Este Happening (do Inglês acontecimento) digno da geração dos anos 60 e 70 do século passado, que é uma forma de expressão teatral, foi apresentado pela Juventude da Igreja Católica, no último sete de Setembro. Como integrantes do Grito dos Excluídos, os moços e moças, demonstraram através desta performance, uma relação comum, porem anti ética na política Brasileira: A subserviência de um poder ao outro. Nem sempre esta “cultura”, limita-se a poderes públicos. Instituições da Sociedade Civil, reproduzem este comportamento, ou como controladores ou controlados.
A ala que fez alem desta encenação, ainda mostrou seu descontentamento com o tratamento oferecido a criança e ao adolescente em nossa cidade. Este ato, como não poderia deixar de ser, chocou autoridades e lideranças, que embora não se manifestaram publicamente, tiveram porta vozes nos meios de comunicação que expressaram este incomodo.
Em meados dos anos 70, com a reorganização dos movimentos populares, sindicais e sociais, as artes foram fundamentais, para expressar sentimentos de revolta a ditadura militar. Com a repressão era dura, e a censura implacável, as formas adotadas, eram em forma de metáforas e simbologias, que faziam as pessoas refletirem sobre sua realidade e a necessidade de reação a um regime totalitário, opressor e assassino. O caso de Zuzu Angel, é ilustrativo, deste período. Estilista famosa internacionalmente, Zuzu, teve seu filho morto pelos órgãos de repressão da Ditadura. Impossibilitada de denunciar internamente as atrocidades dos militares, Zuzu o fez no exterior. Porem um dos atos institucionais do Regime, proibiam que se fala-se mal do País em terras estrangeiras, correndo-se o risco de deportação e prisão. Assim a estilista com muita criatividade, expressava sua indignação, em sua obra, como por exemplo, vestindo suas modelos de preto e envoltas em correntes, que as prendiam ao longo de toda a passarela.
O manifesto dos jovens Católicos, pode ser encarado como ESCRACHE. Muito utilizado na Argentina e em outras partes da América Latina, o escrache é uma forma de expressão política que consiste em uma desmoralização pública, dos que violam e desrespeitam os Direitos Humanos. Ele pode funcionar como um Boicote: não compre produtos da empresa X, ela emprega mão de obra infantil e escrava ou como forma de denuncia mesmo. O escrache pode ser difundido através de cartas, telefonemas, cartazes, mensagens, bem como manifestações de rua. Seus objetivos é o de uma forma bem humorada e ousada, de resgatar valores éticos de humanismo, solidariedade, de defesa de direitos e da Cidadania. Um exemplo de escrache, é o de crianças pobres faveladas e população de rua, em visita á um Shopping Center de Luxo, ou uma passeata de moradores de rua por bairros de classe média da Capital.
Criar situações que possam chocar a opinião publica, para realidades geradas por um sistema que promove a fome e a miséria, não tem nada de agressivo e sim educativo e eleva a consciência de classe e cidadã das pessoas. Enquanto as classes dominantes agridem com guerras, com planos econômicos de arrocho e recessão, com posturas autoritárias, os povos pobres e excluídos passam seu recado, com instrumentos que possam promover a paz e a defesa dos Direitos Humanos. Ao contrario do que disse um certo radialista, esta semana, o Grito dos Excluídos levou para a avenida, a situação de miserabilidade em que vive nosso povo e o comprometimento de parte da classe política com um projeto de exclusão social.
A ala que fez alem desta encenação, ainda mostrou seu descontentamento com o tratamento oferecido a criança e ao adolescente em nossa cidade. Este ato, como não poderia deixar de ser, chocou autoridades e lideranças, que embora não se manifestaram publicamente, tiveram porta vozes nos meios de comunicação que expressaram este incomodo.
Em meados dos anos 70, com a reorganização dos movimentos populares, sindicais e sociais, as artes foram fundamentais, para expressar sentimentos de revolta a ditadura militar. Com a repressão era dura, e a censura implacável, as formas adotadas, eram em forma de metáforas e simbologias, que faziam as pessoas refletirem sobre sua realidade e a necessidade de reação a um regime totalitário, opressor e assassino. O caso de Zuzu Angel, é ilustrativo, deste período. Estilista famosa internacionalmente, Zuzu, teve seu filho morto pelos órgãos de repressão da Ditadura. Impossibilitada de denunciar internamente as atrocidades dos militares, Zuzu o fez no exterior. Porem um dos atos institucionais do Regime, proibiam que se fala-se mal do País em terras estrangeiras, correndo-se o risco de deportação e prisão. Assim a estilista com muita criatividade, expressava sua indignação, em sua obra, como por exemplo, vestindo suas modelos de preto e envoltas em correntes, que as prendiam ao longo de toda a passarela.
O manifesto dos jovens Católicos, pode ser encarado como ESCRACHE. Muito utilizado na Argentina e em outras partes da América Latina, o escrache é uma forma de expressão política que consiste em uma desmoralização pública, dos que violam e desrespeitam os Direitos Humanos. Ele pode funcionar como um Boicote: não compre produtos da empresa X, ela emprega mão de obra infantil e escrava ou como forma de denuncia mesmo. O escrache pode ser difundido através de cartas, telefonemas, cartazes, mensagens, bem como manifestações de rua. Seus objetivos é o de uma forma bem humorada e ousada, de resgatar valores éticos de humanismo, solidariedade, de defesa de direitos e da Cidadania. Um exemplo de escrache, é o de crianças pobres faveladas e população de rua, em visita á um Shopping Center de Luxo, ou uma passeata de moradores de rua por bairros de classe média da Capital.
Criar situações que possam chocar a opinião publica, para realidades geradas por um sistema que promove a fome e a miséria, não tem nada de agressivo e sim educativo e eleva a consciência de classe e cidadã das pessoas. Enquanto as classes dominantes agridem com guerras, com planos econômicos de arrocho e recessão, com posturas autoritárias, os povos pobres e excluídos passam seu recado, com instrumentos que possam promover a paz e a defesa dos Direitos Humanos. Ao contrario do que disse um certo radialista, esta semana, o Grito dos Excluídos levou para a avenida, a situação de miserabilidade em que vive nosso povo e o comprometimento de parte da classe política com um projeto de exclusão social.
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