terça-feira, dezembro 05, 2006

UM POEMA INÉDITO


O poema abaixo foi elaborado em formato Hai Kai, originário do Japão, consta em seus primeiros escritos de 17 silabas em três versos. O Primeiro a introduzir o Hai Kai no Brasil foi Guilherme de Almeida, que utilizava rimas no final dos versos. O Curitibano Paulo Leminski nas décadas de 70 e 80, traz de volta a forma original sem as rimas. O meu Hai Kai, foi feito por pedido de minha Amiga Thalita, que queria um texto para seus cartões de natal. Há muito tempo pretendia fazer e acabei fazendo 13 estrofes, que podem ser utilizadas, separadamente.

HAI KAI ANUAL

JANJÃO/06

I
Poxa, ufa, o tempo passou
A primavera despertou
e o cansaço solapou

II
Tempo que quase naufraga
Tempos tão modernos
Que machuca e educa

III
Folias, diversão e prazer
Combustível de batalhas
Remédio pro xô deprê

IV
Coloridos dão destaque
E sobrepõe as trevas
Promove o diferente, o diverso

V
Como um Almodóvar
O brega vira chique
A tragédia vira festa

VI
Deuses se apresentam
Cada qual com soluções
E a geléia mística forma-se

VII
Tabus quebram ou não
Medos se vão ou não
Certezas versus incertezas

VIII
Amores a cada segundo
De todas as formas, jeitos
Elixir de vida e esperança


IX
Morte sempre mistério
Como Noel, o do trenó
Saber?, basta acreditar

X
Dia ótimo ou ruim
Rotina amarra
Dinâmica liberta

XI
Oh sonhar, doçura, delicia
A dois, a três, a mil
É mais gostoso

XII
Em três centenas e seis dezenas e cinco unidades
A aventura elabora a História

XIII
Com pecados, virtudes
Solicitudes e saúde
A humanidade caminha