UM POEMA INÉDITO
O poema abaixo foi elaborado em formato Hai Kai, originário do Japão, consta em seus primeiros escritos de 17 silabas em três versos. O Primeiro a introduzir o Hai Kai no Brasil foi Guilherme de Almeida, que utilizava rimas no final dos versos. O Curitibano Paulo Leminski nas décadas de 70 e 80, traz de volta a forma original sem as rimas. O meu Hai Kai, foi feito por pedido de minha Amiga Thalita, que queria um texto para seus cartões de natal. Há muito tempo pretendia fazer e acabei fazendo 13 estrofes, que podem ser utilizadas, separadamente.
HAI KAI ANUAL
JANJÃO/06
I
Poxa, ufa, o tempo passou
A primavera despertou
e o cansaço solapou
II
Tempo que quase naufraga
Tempos tão modernos
Que machuca e educa
III
Folias, diversão e prazer
Combustível de batalhas
Remédio pro xô deprê
IV
Coloridos dão destaque
E sobrepõe as trevas
Promove o diferente, o diverso
V
Como um Almodóvar
O brega vira chique
A tragédia vira festa
VI
Deuses se apresentam
Cada qual com soluções
E a geléia mística forma-se
VII
Tabus quebram ou não
Medos se vão ou não
Certezas versus incertezas
VIII
Amores a cada segundo
De todas as formas, jeitos
Elixir de vida e esperança
IX
Morte sempre mistério
Como Noel, o do trenó
Saber?, basta acreditar
X
Dia ótimo ou ruim
Rotina amarra
Dinâmica liberta
XI
Oh sonhar, doçura, delicia
A dois, a três, a mil
É mais gostoso
XII
Em três centenas e seis dezenas e cinco unidades
A aventura elabora a História
XIII
Com pecados, virtudes
Solicitudes e saúde
A humanidade caminha
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