FOLIA DE REIS: RESGATE DA TRADIÇÃO POPULAR
Eram por volta de quinze pessoas, entre homens e mulheres. A reunião etária, era das mais diversas, jovens e adultos, alguns idosos. A vestimenta: calças pretas, camisas social brancas e um lenço envolta do pescoço, até próximo da barriga. As mulheres igualmente vestidas, algumas diferindo nas saias pretas ou coloridas. A base instrumental, era a viola de 12 cordas, mas um violão, um pandeiro e uma timba, faziam parte da cozinha musical. Uma das inovações, foi um cavaquinho tocado por um garoto, de no máximo 25 anos.
Chegaram com atraso em minha casa, naquele 29 de dezembro de 2006. O combinado era por volta de 21:30, apareceram quase meia noite. A comitiva, tinha percorrido, três outras residências, e em todas elas, após o ritual, rolou muita comilança para os foliões e amigos, vizinhos e parentes.
Foi a Folia de Reis, um festejo, de origem Portuguesa, trazida pelos colonizadores ao Brasil e que ganhou força no século XIX. A bandeira símbolo da folia vem a frente, do grupo, que o primeiro passo, é o cântico de chegada. O porta bandeira, entrega a mesma ao dono da casa, que recepciona os foliões. Em minha casa foi no portão, quando me dei conta, de que estava descalço, com uma camiseta do Bayer de Munique e um velho calção. Após a musica da chegança, o grupo adentra a casa, cantando e dirigindo-se até o local onde esta o presépio natalino e a arvore. Neste momento canta-se a canção de saudação aos donos da casa e mais uma vez, os anfitriões, seguram a bandeira.
A Folia de Reis, é comemorada, geralmente do dia 25 de Dezembro, nascimento de Jesus Cristo, até o dia de Santos Reis, 06 de Janeiro, data prevista da chegada dos monarcas a Belém e a gruta do Salvador. A História, recheada de lendas e tradições, procura contar, a viagem de três Reis, que a mando de Herodes o imperador da Palestina, tinham a missão de descobrir o paradeiro da criança anunciada como o Messias, para posteriormente mata-lo. Ocorre que o povo, ao saber das intenções do Rei Herodes, tudo fez para desencaminhar, os Reis de sua tarefa. Na folia de Reis, há a figura do Palhaço, que faz o papel de confundir e atrapalhar os propósitos monarcas. Em minha casa o personagem não esteve, pois estava viajando. Na tradição católica, os três Reis eram magos e foi a eles anunciado o nascimento de Cristo e o Palhaço representava a figura do mal. Os estilos musicais, variam de região para região, bem como o instrumental. O apresentado lá em casa, era o da música caipira, destacando assim a viola. Em troca da visitação, o dono da casa presenteia o grupo, com donativos em dinheiro e comida. Nós passamos o chapéu, entre os presentes, por volta de 60 pessoas.
Em Limeira, existem dois grupos que procuram resgatar esta tradição mais que religiosa, folclórica e cultural. A Folia organizada pelo meu amigo Wilson Cerqueira e uma no Bélinha Ometto. Em média os foliões visitam 4 ou cinco residências. O encerramento é no dia 06, com uma grande festa patrocinada pelos donativos, arrecadados durante a visitação. Além do pessoal da Comunidade São Lucas, do Grupo Som da Terra, a Folia lidera pelo Cerqueira, tem a participação este ano, do Grupo Cirandeiros.
Sou nascido em Limeira, e na zona Urbana. Foi a primeira vez que tomei contato com esta tradição, me emocionei, com todos que em minha casa, estavam. Entendo que o resgate das tradições populares e da cultura do povo, são de suma importância. Um povo sem cultura, não tem identidade Histórica. Sinto que o poder publico, deveria voltar os olhos, para as mais variadas manifestações vindas da população. Salvo engano, não vejo nenhum incentivo ou participação da Prefeitura nestas atividades. Vi que muitos jovens que em minha residência estavam, não conheciam a bela História da Folia e sua importância para o crescimento cidadão de nosso povo. Não se trata de religião ou de um entretenimento e sim de uma manifestação de sentimentos populares, no caso para evitar-se o assassinato de Jesus Cristo ou na tradição da Igreja Católica, ressaltar as virtudes, como a Humildade e a Solidariedade.
Amanhã vou postar as fotos da Folia em minha casa.
EM TEMPO: O encerramento da Folia de Reis, será no dia 06 de Janeiro, ás 19hs, na Rua Conte Busch, próximo a rotatória do JD. Anaveck.
Chegaram com atraso em minha casa, naquele 29 de dezembro de 2006. O combinado era por volta de 21:30, apareceram quase meia noite. A comitiva, tinha percorrido, três outras residências, e em todas elas, após o ritual, rolou muita comilança para os foliões e amigos, vizinhos e parentes.
Foi a Folia de Reis, um festejo, de origem Portuguesa, trazida pelos colonizadores ao Brasil e que ganhou força no século XIX. A bandeira símbolo da folia vem a frente, do grupo, que o primeiro passo, é o cântico de chegada. O porta bandeira, entrega a mesma ao dono da casa, que recepciona os foliões. Em minha casa foi no portão, quando me dei conta, de que estava descalço, com uma camiseta do Bayer de Munique e um velho calção. Após a musica da chegança, o grupo adentra a casa, cantando e dirigindo-se até o local onde esta o presépio natalino e a arvore. Neste momento canta-se a canção de saudação aos donos da casa e mais uma vez, os anfitriões, seguram a bandeira.
A Folia de Reis, é comemorada, geralmente do dia 25 de Dezembro, nascimento de Jesus Cristo, até o dia de Santos Reis, 06 de Janeiro, data prevista da chegada dos monarcas a Belém e a gruta do Salvador. A História, recheada de lendas e tradições, procura contar, a viagem de três Reis, que a mando de Herodes o imperador da Palestina, tinham a missão de descobrir o paradeiro da criança anunciada como o Messias, para posteriormente mata-lo. Ocorre que o povo, ao saber das intenções do Rei Herodes, tudo fez para desencaminhar, os Reis de sua tarefa. Na folia de Reis, há a figura do Palhaço, que faz o papel de confundir e atrapalhar os propósitos monarcas. Em minha casa o personagem não esteve, pois estava viajando. Na tradição católica, os três Reis eram magos e foi a eles anunciado o nascimento de Cristo e o Palhaço representava a figura do mal. Os estilos musicais, variam de região para região, bem como o instrumental. O apresentado lá em casa, era o da música caipira, destacando assim a viola. Em troca da visitação, o dono da casa presenteia o grupo, com donativos em dinheiro e comida. Nós passamos o chapéu, entre os presentes, por volta de 60 pessoas.
Em Limeira, existem dois grupos que procuram resgatar esta tradição mais que religiosa, folclórica e cultural. A Folia organizada pelo meu amigo Wilson Cerqueira e uma no Bélinha Ometto. Em média os foliões visitam 4 ou cinco residências. O encerramento é no dia 06, com uma grande festa patrocinada pelos donativos, arrecadados durante a visitação. Além do pessoal da Comunidade São Lucas, do Grupo Som da Terra, a Folia lidera pelo Cerqueira, tem a participação este ano, do Grupo Cirandeiros.
Sou nascido em Limeira, e na zona Urbana. Foi a primeira vez que tomei contato com esta tradição, me emocionei, com todos que em minha casa, estavam. Entendo que o resgate das tradições populares e da cultura do povo, são de suma importância. Um povo sem cultura, não tem identidade Histórica. Sinto que o poder publico, deveria voltar os olhos, para as mais variadas manifestações vindas da população. Salvo engano, não vejo nenhum incentivo ou participação da Prefeitura nestas atividades. Vi que muitos jovens que em minha residência estavam, não conheciam a bela História da Folia e sua importância para o crescimento cidadão de nosso povo. Não se trata de religião ou de um entretenimento e sim de uma manifestação de sentimentos populares, no caso para evitar-se o assassinato de Jesus Cristo ou na tradição da Igreja Católica, ressaltar as virtudes, como a Humildade e a Solidariedade.
Amanhã vou postar as fotos da Folia em minha casa.
EM TEMPO: O encerramento da Folia de Reis, será no dia 06 de Janeiro, ás 19hs, na Rua Conte Busch, próximo a rotatória do JD. Anaveck.
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