EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XXVII
Fui assessorar o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas, no final de 1989, após coordenar as eleições sindicais, naquele ano, que fez com que a Chapa identificada com a CUT PELA BASE, derrota-se o grupo da Articulação Sindical, por míseros três votos. Esta ínfima, diferença motivou a chapa perdedora, a tentar barrar judicialmente a posse dos vencedores, alegando que o quorum para a realização do pleito, não tinha sido atingido. Na verdade não o tinha mesmo, mas um acordo das chapas e um documento assinado pelos respectivos candidatos á Presidente, rezava que ninguém buscaria a justiça. A Articulação não respeitou esta premissa e tentou uma liminar judicial. Não conseguiram tal intento, foi a eles negado o pedido, em virtude do documento assinado. A posse da nova direção foi marcada.
Porem ao chegar, no Sindicato, sito a Rua Barão de Jaguará, no centro de Campinas, o grupo encontrou, fechaduras das portas trocadas, os carros da entidade não se encontravam no estacionamento e ao conseguir entrar no prédio, talões de cheque e outros documentos financeiros tinham sido levados pelo anterior Presidente, derrotado nas urnas. Toca em véspera de ano novo, buscarmos a justiça, para apreender os bens furtados, por militantes que se diziam companheiros. Era 30 de Dezembro de 1989, e as nove da noite, o material e os carros roubados foram devolvidos.
Pois bem naquele novembro de 1992, este mesmo grupo tenta ter de volta o segundo maior Sindicato de Trabalhadores de Campinas e do Estado no ramo da Construção Civil. Em três anos e meio que lá fiquei, pude ter conhecimento de um universo até então distante de minha realidade. A maioria dos Trabalhadores deste segmento, era semi analfabeto, somente assinava ou rubricava o nome. A migração era hegemônica, sendo que com a temporalidade das construções, a mão de obra, vinha em sua maioria de Estados como Minas, Bahia, Pernambuco e outros do Norte e Nordeste. A sindicalização era muito baixa, em função desta realidade. Os anos 90, em seu inicio foram generosos para a industria da Construção Civil. Principalmente pelo fato, dos sucessivos governos, investirem em obras de infra estrutura e faraônicas, em especial os de São Paulo, o Governo Sarney e Collor. Em Campinas o setor chegava naqueles anos, a quase 60mil trabalhadores.
Eram estes os desafios que tinha pela frente. Era minha primeira real experiência em assessoria sindical, com um grupo de limitações políticas e pessoais das mais diversas. Foi um mandato tumultuado e polêmico. Porem conseguimos, mesmo sem estar totalmente maduro, contribuir para bases sólidas, de concepção de Democracia, Ética e Solidariedade. Eu ainda tinha vícios inerentes a um período de formação ideológica, que me levava ao Sectarismo e ao basismo desenfreado. Aliado a esses sintomas, minha personalidade explosiva e franca, criava problemas junto a uma direção, que tinha dificuldades de compreensão de um projeto de transformação da sociedade, cujo papel de fomentador da luta de classes, o sindicalismo tinha que cumprir.
De 1990, até meados de 1992, assessorei o antigo Departamento Estadual dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de São Paulo, donde surgiu a Confederação Nacional da CUT. Este e a primeira escola de alfabetização de adultos da Categoria, foi idealizada por nós, em conjunto com a diretoria do Sindicato. Não vou fazer nenhuma lista de serviços prestados, mas a concepção de que Sindicato não deve resumir suas ações a luta por salário, iniciamos naquele rico momento, que culminou com a vitória da Chapa de esquerda no Pleito de Novembro, com 80% dos votos válidos.
E com este relato, o ano de 1992, termina e aponta que 1993, seria o prenuncio de dias dificieis para o povo Brasileiro.
Pois bem naquele novembro de 1992, este mesmo grupo tenta ter de volta o segundo maior Sindicato de Trabalhadores de Campinas e do Estado no ramo da Construção Civil. Em três anos e meio que lá fiquei, pude ter conhecimento de um universo até então distante de minha realidade. A maioria dos Trabalhadores deste segmento, era semi analfabeto, somente assinava ou rubricava o nome. A migração era hegemônica, sendo que com a temporalidade das construções, a mão de obra, vinha em sua maioria de Estados como Minas, Bahia, Pernambuco e outros do Norte e Nordeste. A sindicalização era muito baixa, em função desta realidade. Os anos 90, em seu inicio foram generosos para a industria da Construção Civil. Principalmente pelo fato, dos sucessivos governos, investirem em obras de infra estrutura e faraônicas, em especial os de São Paulo, o Governo Sarney e Collor. Em Campinas o setor chegava naqueles anos, a quase 60mil trabalhadores.
Eram estes os desafios que tinha pela frente. Era minha primeira real experiência em assessoria sindical, com um grupo de limitações políticas e pessoais das mais diversas. Foi um mandato tumultuado e polêmico. Porem conseguimos, mesmo sem estar totalmente maduro, contribuir para bases sólidas, de concepção de Democracia, Ética e Solidariedade. Eu ainda tinha vícios inerentes a um período de formação ideológica, que me levava ao Sectarismo e ao basismo desenfreado. Aliado a esses sintomas, minha personalidade explosiva e franca, criava problemas junto a uma direção, que tinha dificuldades de compreensão de um projeto de transformação da sociedade, cujo papel de fomentador da luta de classes, o sindicalismo tinha que cumprir.
De 1990, até meados de 1992, assessorei o antigo Departamento Estadual dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de São Paulo, donde surgiu a Confederação Nacional da CUT. Este e a primeira escola de alfabetização de adultos da Categoria, foi idealizada por nós, em conjunto com a diretoria do Sindicato. Não vou fazer nenhuma lista de serviços prestados, mas a concepção de que Sindicato não deve resumir suas ações a luta por salário, iniciamos naquele rico momento, que culminou com a vitória da Chapa de esquerda no Pleito de Novembro, com 80% dos votos válidos.
E com este relato, o ano de 1992, termina e aponta que 1993, seria o prenuncio de dias dificieis para o povo Brasileiro.
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