EU MINHA HISTÓRIA ELEITORAL-XXXIV
Luis Inácio Lula da Silva, agendou um comício em Limeira, naquele ano de 1994, já como candidato a Presidente da República e ainda como líder absoluto das pesquisas de opinião pública. Era o inicio de agosto e os efeitos do Plano Real ainda não se faziam notar. Porem o PSDB, seu aliado o PFL, propagandeavam, Fernando Henrique Cardoso, como o Pai do Plano Econômico, que prometia acabar com a inflação e estabilizar a economia. A visita de Lula, foi uma surpresa para toda a militância de esquerda da cidade, afinal de contas, a ultima vez tinha sido em 1985, em um comício, intitulado como o dia em que a Praça Toledo de Barros teve um apagão elétrico.
Lembro como se fosse hoje. No governo Municipal, o mesmo Jurandir Paixão, de 94. Aqueles eram tempos duros na cidade, principalmente para os movimentos populares. As perseguições e a repressão do Prefeito Paixão, remontava aos tempos da ditadura, ainda bem frescos, na memória de todos nós. O mesmo coreto da praça, onde receberíamos Lula, naquela metade dos anos 90, foi palco daquele comício, que não tinha interesses eleitorais e sim de desagravo, aos ataques deferidos por Jurandir, seus aliados na imprensa.
Desde que tomou posse em seu segundo mandato, Jurandir Paixão de Campos Freire, adotou uma postura, de populista a autoritário. Sua relação com a oposição era na base do chicote e de praticas, de espionagem, arapongagem e perseguição política e pessoal. Em 1984, durante o primeiro de Maio, Paixão fazia na praça central da cidade, a entrega de troféus ao vencedores do Torneio das Industrias, promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos, até então controlado por uma diretoria de direita. No outro extremo do município, a Igreja Progressista e os movimentos populares, faziam o primeiro de maio reflexivo e de luta, na paróquia de São Cristóvão. No final da celebração eucarística, os trabalhadores, decidiram fazer uma passeata até a Toledo de Barros e lá protestar, contra a ditadura no País e na cidade. De forma histérica e truculenta, o Prefeito Paixão agrediu verbalmente, com insultos, palavras de baixo calão e outros adjetivos imorais. Inicia ali tentativas de denegrir, a imagem de padres, freiras, lideranças sindicais e populares.
Os meios de comunicação, eram ferramentas úteis para os propósitos do Prefeito do Chicote. Dois programas em especial, serviam como diários oficiais de Paixão. O a Hora do Povo, da Radio Educadora, comandado pelo seu proprietário, Vitório Bortolan, varias vezes Vereador no Município. O Programa sensacionalista do então Vereador, na época o mais votado da cidade, Pinheiro Alves, na Radio Jornal do Povo. Foi neste dos programas diários, que o PT, a Igreja, os Movimentos Populares e Lula, sofreram os maiores ataques, preconceito e mentiras, eram prato cheio nestas emissoras. O PT de Limeira, no período presidido pelo ex Vereador Luis Carlos Pierre, solicitou até se cansar, do espaço radiofônico, para responder os ataques, nunca foi atendido. Aí a saída foi trazer, para Limeira, a liderança máxima da Classe Trabalhadora. Lula aceitou e o comício de desagravo foi marcado.
O dia amanheceu chuvoso. O evento estava marcado para ter inicio, as 20h. O palanque seria o coreto da praça. Esperávamos mais de cinco mil pessoas. Toda a vez que Lula vinha para a cidade, tínhamos casa cheia e sem show de artistas. Mas a noite reservava, muitas surpresas. A primeira delas, foi a total ausência de energia na praça. O Prefeito ordenara o corte da energia, somente no horário do comício. Mesmo assim, não impediu que a multidão que tomou a Toledo de Barros, debaixo de uma forte chuva, fosse embora. Pelo contrario, permaneceu, até o final. A segunda surpresa, foi a cara de pau, do radialista Pinheiro Alves e da na época Presidente da Câmara Municipal, Elza Tank, em comparecer no evento e reinvidicar a palavra. A multidão indigna com aquele sinismo, não só proibiu que os dois chegassem ao Palanque, como se não fosse a direção do PT, os dois seriam agredidos. Se isto não bastasse, a praça estava repleta de policiais disfarçados e de assessores do Prefeito.
Relembrava deste episódio, naquele agosto de 1994, enquanto esperava pelo Operário Luis Inácio, que tentava pela segunda vez, tornar-se Presidente do País. Desta vez, Lula vinha em um clima de Paz, mas de muita expectativa, pois acreditávamos que desta vez, chegaríamos lá. Paixão não desligou as luzes, até porque o comício era as duas da tarde, nem tão pouco, enviou arapongas. Os tempos eram outros. Mas a imprensa, ou melhor parte dela, ainda fazia lambança. O neto de Vitório Bortolan, ancorava um programa naquele horário e o mesmo cobria a visita de Lula. Comentários preconceituosos e caluniosos saíram da boca, do então estudante de Jornalismo. Mas esperar o que de representantes tão nobres da Burguesia local.
Mas apesar do entusiasmo e da esperança de que Lula, pudesse naquele ano, tornar-se Presidente da República, não demoraria muito, para o Operário e fundador do PT, perder a liderança nas pesquisas de opinião. Mas isto é História para outro dia.
Lembro como se fosse hoje. No governo Municipal, o mesmo Jurandir Paixão, de 94. Aqueles eram tempos duros na cidade, principalmente para os movimentos populares. As perseguições e a repressão do Prefeito Paixão, remontava aos tempos da ditadura, ainda bem frescos, na memória de todos nós. O mesmo coreto da praça, onde receberíamos Lula, naquela metade dos anos 90, foi palco daquele comício, que não tinha interesses eleitorais e sim de desagravo, aos ataques deferidos por Jurandir, seus aliados na imprensa.
Desde que tomou posse em seu segundo mandato, Jurandir Paixão de Campos Freire, adotou uma postura, de populista a autoritário. Sua relação com a oposição era na base do chicote e de praticas, de espionagem, arapongagem e perseguição política e pessoal. Em 1984, durante o primeiro de Maio, Paixão fazia na praça central da cidade, a entrega de troféus ao vencedores do Torneio das Industrias, promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos, até então controlado por uma diretoria de direita. No outro extremo do município, a Igreja Progressista e os movimentos populares, faziam o primeiro de maio reflexivo e de luta, na paróquia de São Cristóvão. No final da celebração eucarística, os trabalhadores, decidiram fazer uma passeata até a Toledo de Barros e lá protestar, contra a ditadura no País e na cidade. De forma histérica e truculenta, o Prefeito Paixão agrediu verbalmente, com insultos, palavras de baixo calão e outros adjetivos imorais. Inicia ali tentativas de denegrir, a imagem de padres, freiras, lideranças sindicais e populares.
Os meios de comunicação, eram ferramentas úteis para os propósitos do Prefeito do Chicote. Dois programas em especial, serviam como diários oficiais de Paixão. O a Hora do Povo, da Radio Educadora, comandado pelo seu proprietário, Vitório Bortolan, varias vezes Vereador no Município. O Programa sensacionalista do então Vereador, na época o mais votado da cidade, Pinheiro Alves, na Radio Jornal do Povo. Foi neste dos programas diários, que o PT, a Igreja, os Movimentos Populares e Lula, sofreram os maiores ataques, preconceito e mentiras, eram prato cheio nestas emissoras. O PT de Limeira, no período presidido pelo ex Vereador Luis Carlos Pierre, solicitou até se cansar, do espaço radiofônico, para responder os ataques, nunca foi atendido. Aí a saída foi trazer, para Limeira, a liderança máxima da Classe Trabalhadora. Lula aceitou e o comício de desagravo foi marcado.
O dia amanheceu chuvoso. O evento estava marcado para ter inicio, as 20h. O palanque seria o coreto da praça. Esperávamos mais de cinco mil pessoas. Toda a vez que Lula vinha para a cidade, tínhamos casa cheia e sem show de artistas. Mas a noite reservava, muitas surpresas. A primeira delas, foi a total ausência de energia na praça. O Prefeito ordenara o corte da energia, somente no horário do comício. Mesmo assim, não impediu que a multidão que tomou a Toledo de Barros, debaixo de uma forte chuva, fosse embora. Pelo contrario, permaneceu, até o final. A segunda surpresa, foi a cara de pau, do radialista Pinheiro Alves e da na época Presidente da Câmara Municipal, Elza Tank, em comparecer no evento e reinvidicar a palavra. A multidão indigna com aquele sinismo, não só proibiu que os dois chegassem ao Palanque, como se não fosse a direção do PT, os dois seriam agredidos. Se isto não bastasse, a praça estava repleta de policiais disfarçados e de assessores do Prefeito.
Relembrava deste episódio, naquele agosto de 1994, enquanto esperava pelo Operário Luis Inácio, que tentava pela segunda vez, tornar-se Presidente do País. Desta vez, Lula vinha em um clima de Paz, mas de muita expectativa, pois acreditávamos que desta vez, chegaríamos lá. Paixão não desligou as luzes, até porque o comício era as duas da tarde, nem tão pouco, enviou arapongas. Os tempos eram outros. Mas a imprensa, ou melhor parte dela, ainda fazia lambança. O neto de Vitório Bortolan, ancorava um programa naquele horário e o mesmo cobria a visita de Lula. Comentários preconceituosos e caluniosos saíram da boca, do então estudante de Jornalismo. Mas esperar o que de representantes tão nobres da Burguesia local.
Mas apesar do entusiasmo e da esperança de que Lula, pudesse naquele ano, tornar-se Presidente da República, não demoraria muito, para o Operário e fundador do PT, perder a liderança nas pesquisas de opinião. Mas isto é História para outro dia.
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