quinta-feira, agosto 21, 2008

DICAS ELEITORAIS

A partir de hoje, vou indicar para o povo de minha lista, vários candidatos á Vereador e pouquíssimos á prefeito de algumas cidades do Estado. São companheiros e companheiras de luta de muitos anos, que por conta de sua Ética e decência na vida pública e pessoal, ganham o meu respeito e admiração.

São lideranças, de vários segmentos e de vários Partidos Políticos, em sua maioria de esquerda. Um outro e importante critério para esta lista, é o compromisso destes meus amigos, com os interesses dos pobres e excluídos, desta terra. Nenhum destes, titubearam ou vacilam, quando o momento é a defesa dos direitos humanos, do direito a vida e a justiça. Cada um ao seu modo, acredita na transformação da Sociedade, onde não haverá divisão de classes, onde aqueles que efetivamente, contribuem para as riquezas deste mundo, delas possa ter acesso.

Hoje inicio com três destes meus amigos. Limeira será a ultima que divulgarei. Penso que a política ta recheada, de predadores, de homens preocupados com interesses seus e de grupo.

Os cargos tanto no Executivo, como no Legislativo, deveriam ser um instrumento, para solucionar os graves problemas sociais, para propiciar uma vida saudável e de acessibilidade a todos e a todas.

Penso que os Partidos são importantes. Mas mais do isto, a visão ideológica de mundo, se apresenta como de maior necessidade ao militante político. Nem sempre, embora seja importante, a agremiação política é que define se o candidato é confiável ou não. Em tempos de crise na esquerda, o momento é de balanço e reconstrução. Aí juntar os cacos e os Homens e Mulheres de bem é o primeiro passo. A partir daí, quem sabe mudar a História, com uma nova História.

Por isto quero dar minha contribuição nestas eleições com estas indicações:

Rodrigo José Paixão- Candidato á Prefeito em Vinhedo, pelo PSOL, numero 50.

O rapaz de 29 anos, é mineiro e escolheu Vinhedo, como sua morada, há mais de dez anos. Militante Sindical, fundador de um Fórum de organização da Juventude de sua cidade, teve comigo uma História de aproximação curiosa. Trabalhava na assessoria da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Químicos e Abrasivos. Um dia este então garoto, me procurou, dizendo quem era, sua origem, o que fazia e o que pretendia na política. Sempre gostei de relações transparentes, principalmente na vida militante. Gostei do cara. Nos tornamos amigos de luta e na vida. Gostaria de vê-lo como candidato á Vereador, por achar que teria chance de eleição. Rodrigo e a esquerda Vinhedense precisam de um mandato popular. Saiba mais deste lutador em sua página: www.rodrigopaixao50.com.br .

Paulo Roberto Búfalo- Candidato á Prefeito em Campinas, pelo PSOL, numero 50.

Conheci o Paulinho, ainda no inicio dos anos 90, quando ele militava nos movimentos de moradia e populares de Campinas. Fui reencontra-lo, em Vinhedo, quando já na condição de Vereador, pude constatar sua lealdade e compromisso com a luta dos trabalhadores. Em Campinas teve coragem de romper com o PT, quando este inicia com o Governo Lula um processo de abandono dos princípios e concepção que lhe deram origem.

Carlos Signorelli- Candidato á Vereador em Campinas, pelo PT, numero 13.688

Disputa pela quinta vez o Parlamento Campineiro, onde foi seu Presidente na gestão, de 2003/2004, durante o governo Petista na cidade. Professor, Cristão de primeira hora, tem dedicado sua vida, as Pastorais da Igreja Católica, a questão dos Direitos Humanos e da Ética na Política.

Elisabeth da Silva- a Beth de Pedreira candidata a Vereadora, pelo PT, numero 13.313

Beth, saudades desta negra linda, corajosa e extremamente sensível. O tempo que vivi em Pedreira, na qualidade de Presidente do PT e assessor do Sindicato dos Ceramistas, pude conviver com esta figura humana, que nunca deixou de acreditar no possível, na mudança. Foi sindicalista, portadora de uma doença típica da cerâmica, a Silicose, deu volta por cima, voltou a estudar, formou-se em serviço social. Tenho belas lembranças, das conversas que tínhamos em minha casa, sobre a vida.

Edna Rodrigues- Candidata a Vereadora em Sumaré, pelo PT, numero 13.201.

Foi coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Sumaré. Trabalhou esta questão de gênero, com enormes dificuldades e adversidades, inclusive sem muito apoio e entusiasmo da administração municipal. No entanto, conseguiu através de seu compromisso com os movimentos sociais, alçar na opinião pública este debate. Fortemente ligada as Pastorais Católicas.

sexta-feira, agosto 01, 2008

POEMA INÉDITO

SINA
JANJÃO/2008


beaba
insino
zémario
a luizinho
oxente,
minino
bom
das
cachola

tudo
isplicado
girimumzinho
caiu
no
estradão
e na
mata
fechada.

num
tinha
medo
dinada
nem do
onça
nem
de
cascaver.

sabia
se
defender
dos
bichos
ficava
vexado
era com
gente.

passou
pelos
caminho
muita
seca
e pessoar
morto
e cum
fome.

viu
um
padre
e um
santo
o primeiro
falou
que tudo
é pecado.

falar
mar
de patrão
e coroné
vai direitinho
pros
infernos.
nois tem
si conformar.

o segundo
disse
terra
para
quem
tem
fome
e sede
de justiça.

o padre
mandou
dá o
dizimo
de tudo
que
ganho
quase num
sobra nadinha.

o santo
pediu
divide
o pouco
que tem
com seus
irmãozinhos,
o que sobra
divide mais.

o padre
veve na casa
dos enricaços
in até
come
farinha
e rapadura
inté não
caber no barrigão.

o santinho,
este anda
cum as putas
cum us mindingos
cu lavrado
quas muié
pobre,
come,o que
tem.

o padreco
manda reza
e aí
vem chuva
pras plantação
e coroné
não
expursa
di terra.

o santo
conversa
cum povo
sobre direito
de ter
um pedaço
di chão
e luta
pur ele.

us coroné
usa jagunço
que atira
e mata
trabaiador
que abusa
das muié
e das
criança.

tuda
gente
sem terra
sem lar
e cum
estomago
vazio,
as troxa
no lombo.

o destino
sun paulo
mundão
grande
e cheio
di sirviço
da pra
morar
e dispos vortar.

mas
tudo
parece
poeira.
trabaio feito
burro
di carga,e
nun ganho nada.

favela
gente
do norte
vai morá
longe di
tudo
e cum
medo de
assarto.

famia
ficou
na pobreza
mais
aqui
também
ta dificil
traze
flor e mininada.

passa
us dia
noite
num
drumo
penso
já faz
anos
e num
miora.

pinga
boa
no cumeço
só pra
distraí
dispos
num veve
sem e
tudo cai.

num
trabaia
mais
su bebe
nem
come
ta magrin
inchado
a cara.

num
escreve
mais
prus
seus
nem
responde
as currespundencia
di mulher
i dus amigo.

perde
imprego
é dispejado
du mocó
vai
di baxo
da ponte
só cum
panus du corpo.

aprende
a pidir
muedinha
pão
pratu
di cumida
e as
veis num
tem nada.

e aí
vai
nu
lixo
junto
dos
bichos
encher
os bucho.

panha
di
puliça
e filhinho
di papai
viu
cumpanheiro
ser
queimadu.

vai
difinhando
das ideia
e das
perna
fica
tempu
deitado
na maquisi.

num
é lembradu

nu sertão
muié
acha
qui tem
otra
e fios.

um
dia
foi
dessa
pra
sei

onde
Deus quisé.

uma
istória
que
muito
num
credita
acha
qui
é invenção.

outro
mai
douto
fala
qui
é lenda
di
sertanejo
dispeitado.

uma
cosa
tem
qui
ser
dita
arguema di
bota fé
na minha gente.

WORKSHOP

“A MPB NOS TEMPOS DA DITADURA MILITAR”

Proponente:
João Geraldo Lopes Gonçalves (Janjão)

INTRODUÇÃO

A Ditadura militar instalada no Brasil com o golpe de 1964 inaugura no País, um regime de exceção, que vai retirar dos cidadãos os direitos básicos da convivência e sobrevivência humana. A Democracia é trocada pelo autoritarismo dos generais de plantão, onde até o direito ao Hábeas Corpus, foi privado as pessoas acusadas e detidas pelo regime. O direito a organização em coletivos, para reivindicar condições melhores de vida, trabalho, salário e direitos civis, foi reprimido ao longo de duas décadas de ditadura. A total ausência de liberdades, seja de imprensa, de organização, e até de ir e vir, provocou em um primeiro momento pânico e uma sensação de impotência frente aos métodos da ditadura, que não se furtaram em torturar, prender, censurar, expulsar e humilhar.

As artes não ficaram imunes às botas pesadas das forças armadas. A truculência e até a ignorância de censores e de agentes do regime, perseguiram com prisões arbitrárias, torturas físicas e psicológicas, não se furtaram de privar o publico de ter acesso a obras brilhantes e magníficas. O plano era manipular os Brasileiros e impedir que a cultura fosse fonte, e, forma de despertar consciências do que realmente se passava no País. Pois, historicamente este deve ser o papel da Cultura, espalhar não só entretenimento, mas contribuir para o avanço da cidadania. E isto, a Ditadura Militar tentou destruir.

A música brasileira, sempre foi rica em seu conteúdo, de contar através dos ritmos e letras, a História de nosso povo. A liberdade sempre foi o objetivo central de nossos artistas. E mesmo debaixo de repressão violenta, estes objetivos nunca foram esquecidos. A importância da MPB, nos 21 anos de ditadura, pode ser entendida, como uma trincheira de resistência ao terror e a busca da Liberdade.

Este projeto pretende, em 05 encontros, analisar através dos vários contextos Históricos, a trajetória de nossa musica. As tendências musicais, surgidas ao longo daqueles anos, seus objetivos. As táticas implantadas pelos artistas para driblar a censura e poder passar mensagens de liberdade e denunciar o terror, bem como os movimentos musicais de resistência.

Ter conhecimento desta parte importante da existência deste País, tendo acesso ao que se produziu de Musica Popular Brasileira, é ao mesmo tempo fazer um resgate daquele período, bem como informar as novas gerações de músicos e agentes culturais, para que possam desenvolver em seus trabalhos, a liberdade cantada e decantada por aquela geração de Mulheres e Homens, que com Arte e Graça enfrentaram e derrotaram uma ditadura.

OBJETIVO

Capacitar através de informações Históricas, músicos, agentes culturais, lideranças de movimentos sociais e culturais, para que possam efetuar um resgate de nossa arte popular e ter com ela embasamento, para novas produções, e assim disseminar o acesso ao nosso passado recente as atuais e novas gerações.

DESENVOLVIMENTO E CRONOGRAMA

MÒDULO I

DO DESENVOLVIMENTISMO Á BOSSA NOVA

• O Governo de Juscelino Kubischek, sua política de desenvolvimento econômico, simbolizado na Construção de Brasília, e o surgimento do Movimento da Bossa Nova, tendo como referencia a musica e disco Chega de Saudades, na interpretação de João Gilberto.

MODULO II

DO BANQUINHO E O VIOLÃO PARA O GOLPE MILITAR

• A renuncia de Jânio quadros, o Governo de João Goulart, o clima de Golpe Militar, contrasta-se com o sucesso Internacional da Bossa Nova, em paralelo com os movimentos de cultura do CPC da UNE e a musica de Protesto.

MODULO III

A ERA DOS FESTIVAIS PARA A ERA DAS TREVAS

• Primeiros anos de ditadura, ainda respira-se democracia limitada, mesmo assim com algumas cassações e prisões. Neste período, os Festivais de Musica e o surgimento do Tropicalismo, serão a base de resistência cultural ao regime, até a promulgação do Ato Institucional numero cinco.

MODULO IV

APESAR DE VOCÊ ATÉ A ABERTURA POLÌTICA

• A repressão política e física. O milagre econômico. O exílio de artistas da MPB, a censura musical, o ufanismo, a linguagem cifrada e metafórica. A MPB a serviço da liberdade.

MODULO V

PRO DIA NASCER FELIZ Á DEMOCRATIZAÇÃO

• A Anistia, o Bipartidarismo, o ressurgimento das lutas populares. A MPB toca no radio, o ressurgimento do Rock Nacional, as produções independentes, e as mudanças na industria fonográfica.


INICIO DA ATIVIDADE

As aulas terão inicio no dia 06 de Setembro, em Piracicaba, das 14h ás 18h. Serão cinco sábados. A atividade é uma realização da Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, da Oficina Cultural Regional Carlos Gomes, da Secretaria de Estado da Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura de Piracicaba.

INSCRIÇÕES

Vagas limitadas. O endereço é: Centro Cultural Pacheco Ferraz, Rua Paulo de Moraes, 1580- Paulista- Piracicaba. TEL: (19)3402-7373. Informações também com o autor pelo e-mail: revupoeta@yahoo.com.br ou telefone- (19)3033-1384.