REFLEXÕES DE UM VELHO MILITANTE III
AINDA A QUESTÃO DA DEMOCRACIA
Minha geração nasceu e cresceu na política rejeitando modelos de organização Partidária e de Movimentos Sociais, que burlavam a democracia plena. Fomos forjados a acreditar que a participação popular não deve ser mera retórica. Ela deve ser exercida através de mecanismos que privilegiam, a inclusão e o debate até a exaustão. Aprendemos que a Democracia é a expressão da vontade do povo, mas também um espaço de participação da minoria.
Assim iniciamos nossa História nas esquerdas, condenando as ditaduras, sejam elas de esquerda ou de direita. As Américas viviam ainda o terror dos regimes militares, que a força e a censura, eram instrumentos fundamentais para cercear liberdades democráticas. O direito á reunião, era proibido, bem como o direito de expressão individual. Um regime baseado no medo. Mesmo assim os militares discursavam de que se tratava de uma democracia, desde que ninguém ousa-se discordar dos homens de farda.
Condenamos também as ditaduras do Proletariado, do antigo regime do Socialismo Real. Um sistema que promove um discurso de unanimidade, com Partido Único e imprensa oficial, não pode e não é democrático. Há de reconhecer, que a questão sócio econômica por muito tempo garantiu estabilidade ao sistema, evitando revoltas e contra revoluções, embora Tchecoslováquia em 1968, é exemplo que já havia descontentamento com o sistema, que foi dolorosamente e violentamente reprimido pelas forças soviéticas. Este modelo influenciou por mais de 50 anos os partidos comunistas e de esquerda no mundo todo.
Os dois regimes são idênticos em tudo até na política do extermínio dos que pensam diferente. O Stalinismo matou tanto que o Nazismo e as Ditaduras Militares. Os métodos, igualmente, foram á da tortura, das perseguições, da arapongagem, da exclusão e dos assassinatos. Não era permitido organizar-se de forma independente e autônoma dos governos. A propaganda ilusória e ufanista também unia tanto as ditaduras de esquerda como as de direita.
Pois bem, fomos críticos severos aos regimes anti democráticos e o somos até os dias de hoje. A queda do muro de Berlim e a derrocada da maioria dos regimes de direita das Américas mostrou que estávamos certos em nossa batalha. No entanto os regimes de exceção deixaram heranças principalmente nas esquerdas. Heranças que são enormemente prejudiciais á democracia. No Brasil nossa experiência com a ditadura, fez marcas que ainda se fazem presente na militância. O autoritarismo típico e até violento dos militares ainda contagia lideranças. Do Stalinismo herdou-se o centralismo e o sectarismo. Falsa-se de Democracia, mas na pratica ela é de fachada. O povo passa a ser um levantador de crachás e legitimador de posições de uma minoria que detem poder nas instituições, e usa deste poder para o domínio de suas bases. O cancro sectário, é uma erva daninha a serviço de conveniências políticas e ao mesmo tempo de manutenção do poder. Não se admite o diferente. O “igual” é que é o bom. Isto vai criando guetos e dirigentes velhos na forma de pensar.
As características acima embora se encontrem na direita, ela não ocasiona fracionamentos e isolamentos, em virtude de que a mesma utiliza do poder econômico para sua sobrevivência.
A ausência de um ambiente democrático causa burocracia e corrupção. Quando não se há participação nas decisões, não há transparência, muito menos controle sobre as ações.
È preciso repensar, “a Democracia”. Pensa-la com participação real do povo e não como peças de homologação da vontade de uma minoria.
Minha geração nasceu e cresceu na política rejeitando modelos de organização Partidária e de Movimentos Sociais, que burlavam a democracia plena. Fomos forjados a acreditar que a participação popular não deve ser mera retórica. Ela deve ser exercida através de mecanismos que privilegiam, a inclusão e o debate até a exaustão. Aprendemos que a Democracia é a expressão da vontade do povo, mas também um espaço de participação da minoria.
Assim iniciamos nossa História nas esquerdas, condenando as ditaduras, sejam elas de esquerda ou de direita. As Américas viviam ainda o terror dos regimes militares, que a força e a censura, eram instrumentos fundamentais para cercear liberdades democráticas. O direito á reunião, era proibido, bem como o direito de expressão individual. Um regime baseado no medo. Mesmo assim os militares discursavam de que se tratava de uma democracia, desde que ninguém ousa-se discordar dos homens de farda.
Condenamos também as ditaduras do Proletariado, do antigo regime do Socialismo Real. Um sistema que promove um discurso de unanimidade, com Partido Único e imprensa oficial, não pode e não é democrático. Há de reconhecer, que a questão sócio econômica por muito tempo garantiu estabilidade ao sistema, evitando revoltas e contra revoluções, embora Tchecoslováquia em 1968, é exemplo que já havia descontentamento com o sistema, que foi dolorosamente e violentamente reprimido pelas forças soviéticas. Este modelo influenciou por mais de 50 anos os partidos comunistas e de esquerda no mundo todo.
Os dois regimes são idênticos em tudo até na política do extermínio dos que pensam diferente. O Stalinismo matou tanto que o Nazismo e as Ditaduras Militares. Os métodos, igualmente, foram á da tortura, das perseguições, da arapongagem, da exclusão e dos assassinatos. Não era permitido organizar-se de forma independente e autônoma dos governos. A propaganda ilusória e ufanista também unia tanto as ditaduras de esquerda como as de direita.
Pois bem, fomos críticos severos aos regimes anti democráticos e o somos até os dias de hoje. A queda do muro de Berlim e a derrocada da maioria dos regimes de direita das Américas mostrou que estávamos certos em nossa batalha. No entanto os regimes de exceção deixaram heranças principalmente nas esquerdas. Heranças que são enormemente prejudiciais á democracia. No Brasil nossa experiência com a ditadura, fez marcas que ainda se fazem presente na militância. O autoritarismo típico e até violento dos militares ainda contagia lideranças. Do Stalinismo herdou-se o centralismo e o sectarismo. Falsa-se de Democracia, mas na pratica ela é de fachada. O povo passa a ser um levantador de crachás e legitimador de posições de uma minoria que detem poder nas instituições, e usa deste poder para o domínio de suas bases. O cancro sectário, é uma erva daninha a serviço de conveniências políticas e ao mesmo tempo de manutenção do poder. Não se admite o diferente. O “igual” é que é o bom. Isto vai criando guetos e dirigentes velhos na forma de pensar.
As características acima embora se encontrem na direita, ela não ocasiona fracionamentos e isolamentos, em virtude de que a mesma utiliza do poder econômico para sua sobrevivência.
A ausência de um ambiente democrático causa burocracia e corrupção. Quando não se há participação nas decisões, não há transparência, muito menos controle sobre as ações.
È preciso repensar, “a Democracia”. Pensa-la com participação real do povo e não como peças de homologação da vontade de uma minoria.
1 Comments:
Olá Janjão!
Estou com blog novo! Fui despejado do antigo! Rs....
www.obodesalvavidas.blogspot.com
Abraço
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