REFLEXÕES DE UM VELHO MILITANTE VIII
AO CONHECIMENTO DA CIDADE
No dia 1º de Maio de 2006, um deficiente auditivo Alexander Felisberto, foi violentamente agredido e humilhado pelo apresentador Geraldo Luís, que na oportunidade era ancora do programa “A Hora da Verdade”, da TV Jornal de Limeira, emissora cuja concessão é de caráter educativa. Neste dia Alexander, que tinha sido preso por ter cometido infrações, foi indagado, com palavrões do tipo “mudinho sem vergonha”, “um ser daqueles” e outros impropérios. Mostrando desconhecer a língua Brasileira de Sinais- LIBRAS- o referido apresentador gesticulava utilizando as mãos, proferindo gestos obscenos. Como o jovem não era alfabetizado, e estava sendo xingado, o mesmo produzia um som que mais se parecia com gritos, que na verdade, vinha a ser o desespero de tentar ser entendido pelo agressor.
Este fato lamentável, de profundo desrespeito á um ser humano deficiente, levou o então Vereador e na época Presidente da Comissão de defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal, José Carlos Pinto de Oliveira, oferecer denuncia ao Promotor de Justiça Dr. Cleber Masson. O promotor entendendo que a matéria não era de sua competência, por se tratar de assunto federal (concessão de veiculo de comunicação), encaminhou a representação, a vara da Justiça Federal de Piracicaba.
A Justiça Federal, no primeiro momento utilizou do expediente usado também pelo Vereador de solicitar cópia do programa em discussão. Como é de praxe da emissora do Vice Prefeito, a mesma foi negada, dizendo que cumpria o disposto na lei de imprensa, de disponibilizar, o material durante 60 dias, e que não contava mais com seu conteúdo. O gozado, é que o gabinete do Presidente da comissão de Direitos Humanos, pediu cópia em DVD do programa quinze dias após o ocorrido e não obteve resposta. Alias obteve sim através de insultos no ar do então apresentador, que dizia que não concederia nada a comissão e que os Direitos Humanos só defendiam bandidos e barbaridades deste tipo.
Mas apesar disto, o Ministério Público Federal, ajuizou ação contra a emissora, pedindo a cassação de sua concessão, caso ela não se adequasse a lei Federal que rege sobre concessão pública de veículos de comunicação. Na ação o Procurador da República Fabio Kozo Kozaka, pede o fim imediato do Programa “ A Hora da Verdade”, pelo simples fato de não preencher requisito básico de uma emissora educativa. Alem disto outros pedidos foram feitos: a) readequação de toda a grade ao formato educativo; b) não veicular imagens de apelo sexual (exemplo concurso das poposudas), imagens de presos e em especial de crianças e adolescentes; c) fim da exibição da publicidade com fins lucrativos; d) informar que promoveu as mudanças por determinação judicial; .A ação do MPF foi em maio de 2008. Mas é importante frisar que desde 2007, o mesmo procurador, fez recomendações a emissora local, para que ela corrigi-se estes erros. Nada foi feito.
Este relato tem dois objetivos. O primeiro é divulgar os fatos, já que com exceção dos Blogs dos Jornalistas Paulo Corrêa e Rafael Sereno e o Jornal de Piracicaba, noticiaram o fato na época, alem da Ilustrada da Folha de São Paulo e o Globo On Line, as emissoras e os jornais impressos locais n deram uma linha sequer sobre o assunto. Corporativismo? Cumplicidade?. Não sei dizer o porque deste silêncio.
Mas apesar de tudo, mesmo sem apoio midiatico, fundamental para buscar moralizar os meios de comunicação, traze-lo para uma de suas funções de maior importância, que é informar com isenção, com o intuito de educar a população e ao mesmo tempo propiciar uma programação que não agrida direitos sagrados dos seres humanos, a ação começou a surtir efeito.
Este é o segundo motivo deste texto, pois ao visitar o canal da TV Jornal, no dial pude constatar varias das medidas sendo cumpridas pela emissora. O A Hora da Verdade ainda esta lá, porem mais brando, menos violento, mesmo assim esta longe de ser o ideal. A publicidade ainda é maciça. Para uma TV Educativa, comercial que incentive o consumo em um País de pobres e miseráveis não contribui em nada com a construção da cidadania, mas pelo menos esta lá a tarja de apoio cultural. A cada anuncio de uma atração há um comunicado de que as mudanças são em função de ordem judicial. È pouco, ainda é, mas pode no futuro significar muito para termos uma TV Aberta, com compromissos mais com as pessoas do que com os lucros.
No dia 1º de Maio de 2006, um deficiente auditivo Alexander Felisberto, foi violentamente agredido e humilhado pelo apresentador Geraldo Luís, que na oportunidade era ancora do programa “A Hora da Verdade”, da TV Jornal de Limeira, emissora cuja concessão é de caráter educativa. Neste dia Alexander, que tinha sido preso por ter cometido infrações, foi indagado, com palavrões do tipo “mudinho sem vergonha”, “um ser daqueles” e outros impropérios. Mostrando desconhecer a língua Brasileira de Sinais- LIBRAS- o referido apresentador gesticulava utilizando as mãos, proferindo gestos obscenos. Como o jovem não era alfabetizado, e estava sendo xingado, o mesmo produzia um som que mais se parecia com gritos, que na verdade, vinha a ser o desespero de tentar ser entendido pelo agressor.
Este fato lamentável, de profundo desrespeito á um ser humano deficiente, levou o então Vereador e na época Presidente da Comissão de defesa dos Direitos Humanos da Câmara Municipal, José Carlos Pinto de Oliveira, oferecer denuncia ao Promotor de Justiça Dr. Cleber Masson. O promotor entendendo que a matéria não era de sua competência, por se tratar de assunto federal (concessão de veiculo de comunicação), encaminhou a representação, a vara da Justiça Federal de Piracicaba.
A Justiça Federal, no primeiro momento utilizou do expediente usado também pelo Vereador de solicitar cópia do programa em discussão. Como é de praxe da emissora do Vice Prefeito, a mesma foi negada, dizendo que cumpria o disposto na lei de imprensa, de disponibilizar, o material durante 60 dias, e que não contava mais com seu conteúdo. O gozado, é que o gabinete do Presidente da comissão de Direitos Humanos, pediu cópia em DVD do programa quinze dias após o ocorrido e não obteve resposta. Alias obteve sim através de insultos no ar do então apresentador, que dizia que não concederia nada a comissão e que os Direitos Humanos só defendiam bandidos e barbaridades deste tipo.
Mas apesar disto, o Ministério Público Federal, ajuizou ação contra a emissora, pedindo a cassação de sua concessão, caso ela não se adequasse a lei Federal que rege sobre concessão pública de veículos de comunicação. Na ação o Procurador da República Fabio Kozo Kozaka, pede o fim imediato do Programa “ A Hora da Verdade”, pelo simples fato de não preencher requisito básico de uma emissora educativa. Alem disto outros pedidos foram feitos: a) readequação de toda a grade ao formato educativo; b) não veicular imagens de apelo sexual (exemplo concurso das poposudas), imagens de presos e em especial de crianças e adolescentes; c) fim da exibição da publicidade com fins lucrativos; d) informar que promoveu as mudanças por determinação judicial; .A ação do MPF foi em maio de 2008. Mas é importante frisar que desde 2007, o mesmo procurador, fez recomendações a emissora local, para que ela corrigi-se estes erros. Nada foi feito.
Este relato tem dois objetivos. O primeiro é divulgar os fatos, já que com exceção dos Blogs dos Jornalistas Paulo Corrêa e Rafael Sereno e o Jornal de Piracicaba, noticiaram o fato na época, alem da Ilustrada da Folha de São Paulo e o Globo On Line, as emissoras e os jornais impressos locais n deram uma linha sequer sobre o assunto. Corporativismo? Cumplicidade?. Não sei dizer o porque deste silêncio.
Mas apesar de tudo, mesmo sem apoio midiatico, fundamental para buscar moralizar os meios de comunicação, traze-lo para uma de suas funções de maior importância, que é informar com isenção, com o intuito de educar a população e ao mesmo tempo propiciar uma programação que não agrida direitos sagrados dos seres humanos, a ação começou a surtir efeito.
Este é o segundo motivo deste texto, pois ao visitar o canal da TV Jornal, no dial pude constatar varias das medidas sendo cumpridas pela emissora. O A Hora da Verdade ainda esta lá, porem mais brando, menos violento, mesmo assim esta longe de ser o ideal. A publicidade ainda é maciça. Para uma TV Educativa, comercial que incentive o consumo em um País de pobres e miseráveis não contribui em nada com a construção da cidadania, mas pelo menos esta lá a tarja de apoio cultural. A cada anuncio de uma atração há um comunicado de que as mudanças são em função de ordem judicial. È pouco, ainda é, mas pode no futuro significar muito para termos uma TV Aberta, com compromissos mais com as pessoas do que com os lucros.