segunda-feira, março 26, 2007

ALGUMAS REFLEXÕES DEIXADAS PELA GREVE DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Postei no inicio do ano um texto sobre quem viria para o PT. Uma suposição, baseada em alguns fatos observados por mim. No conteúdo trabalho varias hipóteses, que vão do dentista Lélis Del Fabro, passando pelos Vereadores Tarcilio Bosco, Fausto de Paula e Carlinhos Silva, aportando no Prefeito Silvio Félix. Alguns blogs e e-mails que recebi, comentaram que apontei com maior força, a vinda do Chefe do Executivo, em função da aproximação do grupo do Prefeito de Campinas Helio dos Santos com o governo Lula e a necessidade de Silvio em ter dinheiro e apoio para suas promessas de campanha tornarem-se realidade.

Pois é, concordo com os comentários e mantenho minha posição, de uma não digo vinda de Félix, mas de tentativa de aproximar setores do Partido dos Trabalhadores de Limeira de seu governo. No final do ano, o Prefeito sem motivo aparente, conversou por três vezes com o Presidente do PT, Wilson Cerqueira, que ficou surpreso com os convites e ao mesmo tempo frustrado com as intenções, pois o chefe do executivo continuou demonstrando todo o seu despreparo com um ambiente democrático.

No episódio da greve dos motoristas e cobradores de ônibus, Silvio no primeiro momento se fez de morto, depois ao perceber que seria fritado politicamente, pediu ajuda ao que ele chama de setor radical do PT, para buscar soluções para o movimento, que tinha deixado o sistema de transportes um caos.

Agora na greve dos Servidores, faz coro com o empresariado da cidade, que ataca o Sindicato dos Metalúrgicos de ser responsável pela saída e não vinda de empresas para o município. Costumo dizer que, quem é incompetente e arrogante, costuma jogar a culpa nos outros. Mas o caso das empresas X Sindicalismo combativo, a abordagem é política, de olho nas urnas em 2008. Voltarei em outro texto sobre este assunto.

O ataque do Prefeito ao que ele chama de ala radical, não é a toa. Ontem em encontro municipal extraordinário, o PT de Campinas aprovou com os votos da Tendência Majoritária Articulação Unidade na Luta, o apoio incondicional ao Governo do PDT, daquela cidade, isolando a esquerda Petista contraria á adesão. Tudo indica que o acordo foi costurado por Brasília, levando em conta a discussão da formação da coalizão de governo, do qual o PDT faz parte. Acredito que em troca, a administração Helio dos Santos, estará repleta de Petistas, ocupando cargos.

Este fato é significativo no que pode acontecer em Limeira. Embora a Articulação não seja maioria na cidade, costuma agir em contatos por cima e com uma postura pragmática e burocrata. Hoje a unidade na luta, representa pouco menos de 25%, do diretório municipal, não tem nenhum Vereador e dirige de importância apenas a Sub-Sede da APEOESP. Portanto quem dirige e tem responsabilidade pelo Partido é a esquerda representada pelo Fórum Socialista.

O fim da greve dos Servidores Públicos decidida no ultimo sábado, teve o dedo de uma articulação que tenta isolar a estratégia da esquerda em acumular através da Oposição ao Governo autoritário de Silvio Félix, referencias visando as eleições de 2008. Portanto vislumbro, luta interna no PT, onde os interesses estarão centrados entre uma frente de esquerda contra o PDT ou uma adesão ao governo Silvio.

Digo isto porque tenho achado estranho o comportamento de algumas lideranças da Articulação na greve e no movimento do serviço público municipal. Tenho dúvidas, as quais encerro este texto:

1- Porque o Sindicato dos Professores não esteve e não convocou a categoria para a Assembléia que definiu a greve da semana passada?

2- Porque no mesmo dia da Assembléia a APEOESP, divulgou, que a greve dos Professores seria a partir do dia 07 de março?

3- Porque na Pauta de reivindicações dos Professores não esta o reajuste de 24%, pedido por todo o funcionalismo?

4- Porque a APEOESP não unificou a luta com o restante do Funcionalismo?

5- Longe de pensar isto. Mas é só corporativismo, ou houve aposta na desmobilização da greve, com intuitos de corporação ou o efeito Campinas esta sendo adotado, aqui? Pois quem dirigiu o movimento desde o primeiro momento foi a esquerda Petista, anti Silvio?.

quinta-feira, março 22, 2007

UM POEMA DO POETA MAIOR


A BUNDA QUE ENGRAÇADA

Carlos Drummond de Andrade

A bunda, que engraçada.

Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Não lhe importa o que vai

pela frente do corpo. A bunda basta-se.

Existe algo mais? Talvez os seios.

Ora – murmura a bunda – esses garotos

ainda lhes falta muito que estudar.


A bunda são duas luas gêmeas

em rotundo meneio. Anda por si

na cadência mimosa, no milagre

de ser duas em uma, plenamente.


A bunda se diverte

por conta própria. E ama.

Na cama agita-se. Montanhas

avolumam-se, descem. Ondas batendo

numa praia infinita.


Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz

na carícia de ser e balançar.

Esferas harmoniosas sobre o caos.

A bunda é a bunda,

rebunda.

quarta-feira, março 21, 2007

EU MINHA HISTÓRIA ELEITORAL-XXXI

Após minha saída da Assessoria Política do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas, passei alguns dias refletindo aquilo tudo. Neste meio tempo, surgiu uma proposta de trabalho. O Sindicato dos Sapateiros de São Paulo, um dos mais antigos do País, fez um convite para que prestasse assessoria em suas bases no Interior do Estado. Alias fiquei imensamente feliz com a proposta, pois sempre tive curiosidade em conhecer uma entidade, fundada pelos Anarco-Sindicalista, no inicio do século passado. Os Sapateiros da Capital, são responsáveis pela primeira greve de trabalhadores urbanos, por volta de 1910. Esta foi para a época, o que os Metalúrgicos foram no final dos anos 70. Considerado vanguarda e de ponta na economia, os Sapateiros, deixaram enormes contribuições para a Classe Trabalhadora.

Naquele ano de 1993, aconteceriam as eleições para a renovação da diretoria da entidade. Na categoria encontravam-se diversos grupos e tendências políticas, inclusive resquícios do velho PCB. Fui contratado exatamente para organizar a chapa do então Cut pela Base, segunda maior corrente, dentro da Central Única e que naquele período, concentrava a esquerda sindical. Na cidade de São Paulo, concentravam-se uns 10mil operários, majoritariamente formada por mulheres, em mais de 500 fábricas. A categoria era basicamente de empresas de fundo de quintal, com trabalho precarizado e mal remunerado. Os casos de assédio sexual e moral, eram comum á época, embora o movimento sindical, em seu conjunto, ainda engatinhava, na questão de Gênero. E mais as fabricas alem de pequenas, eram espalhadas por aquela imensa metrópole. No interior a situação era outra. Fabricas com contingente humano, acima de 1000 trabalhadores, o caso da Alpargatas em Mogi Mirim, a LE Cheval na pequena cidade de Piracaia, na região de Atibaia. Carteira assinada, salários acima da média do restante da categoria, maquinas automatizadas e os trabalhadores em sua maioria, tinham em média 25 anos. É claro que mesmo no interior as menores fabricas, a situação era semelhante a da Capital.

Pois bem, fomos para o desafio de assessorar uma diretoria de um setor da economia, totalmente diferente, do que já tinha militado e trabalhado. Minha saga de continuar viajando, ainda continuava, e iria por vários anos.

Emocionalmente e ideologicamente, estava muito ligado a Limeira. Primeiro porque minha relação com a Nadir estava cada vez mais forte. Segundo que minha referencia política continuava sendo os companheiros do então Fórum do Interior. Meus finais de semana, livres, eram divididos com minha companheira e com a militância no PT e nos movimentos populares. Vivia um momento de transição. As experiências na Construção Civil e agora com os Sapateiros, faziam com que refleti-se muito quanto aquele aprendizado.

De quebra, como já citei, tomei contato com militantes do Partidão e cheguei a conhecer um Sapateiro de mais de 80 anos que militou no primeiro Partido trotskista do Brasil, na década de 40. Alias uma das chapas correntes era partidária do velho chefe do exercito vermelho.

O processo eleitoral em si, apesar das disputas um pouco duras, foi tranqüilo e a chapa que apoiei, venceu com mais de 60% dos votos.
Paralelo a este processo, o Brasil vivia seu primeiro Plebiscito após o regime militar. Tratava-se da consulta popular, sobre o regime a ser adotado- República ou Monarquia- ou sistema- Presidencial ou Parlamentar-. A medida foi garantida na Constituição de 1988.

Mas esta conversa fica para o próximo Capitulo.

terça-feira, março 20, 2007

EU MINHA HISTÓRIA ELEITORAL-XXX

Nunca me importei em ter destaque no que faço, seja no campo pessoal, seja no profissional. Embora tenha uma personalidade forte e de sempre tomar as iniciativas, procurei e procuro, acumular com o coletivo. Descobri recentemente que este jeito de ser principalmente na política desperta ciúmes, as vezes perigosos, daqueles que destroem vidas. Na assessoria política do segundo maior Sindicato de Trabalhadores da Construção Civil do Estado, procurei acertar mais do que errar. Tinha consciência de que era minha primeira experiência em uma função que devido as circunstancias, ia alem do convencional, que é o aconselhamento, a consulta e a pesquisa, como instrumentos para que a direção sindical pude-se cumprir seu papel de dirigente das lutas dos Trabalhadores. Alem do mais, meu gênio explosivo, ocasionou descontentamentos e até a ira de alguns. Agora não imaginava, que outros pudessem aproveitar destas fraquezas e ausência de craquejo político, e desferirem golpes e traições para atingir objetivos.

Estávamos no ano de 1993, com uma diretoria recém eleita e com uma crise ideológica das esquerdas já tomando conta da militância. Mudanças em relação ao mandato anterior, faziam-se necessárias. Apesar de uma vitória espetacular, mais de 80% dos votos validos, nas eleições sindicais de 1992, era preciso avançar, tanto nas questões imediatas, como na consciência política e revolucionária da categoria. Sabia que tínhamos enormes desafios a serem enfrentados, entre eles os limites de compreensão Histórica e presente do conjunto dos Sindicalistas. Não bastava mais, limitar a atuação sindical, em lutas por aumento de salário e cumprimento de convenções coletivas e legislação. Era preciso dar saltos de qualidade, como formar dirigentes em uma perspectiva de atuação na sociedade, para que os mesmos reproduzissem as informações em seus campos de atuação. Um Sindicato daquela importância não podia a limitar-se ao imediato ou na linguagem sindical, a dores de barriga de peão. Tinha que ir além. Incidir com políticas concretas na CUT, no Partido e nas organizações populares. Campinas é uma cidade que exige uma esquerda comprometida com valores classistas e éticos. As lideranças devem se superar, sair da rotina, do sindicato para quinze minutos na porta de uma fabrica ou canteiro de obra. Era assim que pensava e é assim que continuo a pensar. Alem do mais, um preconceito pairava sobre o Sindicato da Construção Civil. Velado, mas ele existia, por parte de alguns dirigentes de categorias “qualificadas” e “instruídas”. Tínhamos no conjunto da diretoria, mais da metade semi -alfabetizados, com capacidade de assinar apenas o nome. Este preconceito nojento, criava uma distancia enorme, com o mundo que passava, alem dos muros da Barão de Jaguará.

Tinha estas preocupações, e o dever, até porque era pago para isto, de elaborar um planejamento tático e estratégico, que pudesse colocar por terra, estas questões. Não consegui perceber, que um movimento, gerenciado e liderado, por alguns assessores e dirigentes, estava formando-se, arquitetando minha saída. Confesso, embora não possa provar, que vinha notando algo estranho acontecendo nas finanças do Sindicato. Nunca interferi neste departamento, pois sempre achei não ser minha praia e também porque sempre confiei nas pessoas que lá trabalhavam. Até porque o coordenador financeiro tinha sido minha indicação, tornei amigo pessoal dele, e dividi moradia por mais de hum ano. Tornou-se um confidente, amigão mesmo. Estas minhas duvidas quanto a finanças do Sindicato, comentei com algumas pessoas e pedi para o coordenador que me mostra-se documentos. Pedido nunca atendido, sempre protelado. Não consegui perceber um movimento, que faria mudanças, mas não as que tínhamos planejado.

O Seminário anual de avaliação do mandato e de planejamento, realizou-se no mês de Maio. Fui eu quem organizou, o roteiro e a metodologia da atividade. Fui vitima dela. Com argumentos de que ganhava muito, fui sumariamente demitido e aqueles em quem confiava, nada fizeram para evitar aquele desastre. Saí baleado, mas continuei a vida.

Soube hum ano depois, que um rombo nas finanças tinha sido descoberto. Os responsáveis, não se encontrou até hoje.

segunda-feira, março 19, 2007

UM LIVRO


UMA ODE Á VELHICE

As vezes me pego em pensamentos e recordo ou reparo, nas atitudes e comportamentos, dos velhos, os que entram na maior e melhor das idades. Me sinto ridículo, ao constar de que não sou nada, perante a sabedoria e a coragem dos mais velhos. Nas sociedades antigas, tradicionais e tribais, os anciães, eram venerados e respeitados, justamente, por sua capacidade de entender todas as gerações da natureza. Passou por elas, errou e acertou, aprendeu muito mais do que deixou de aprender. Nestes grupos sociais, os mais velhos ocupam papel de destaque e poder. São os que aconselham e decidem. Exalam alegria de viver e espalham compromisso com a vida.

Conheci e conheço, seres humanos que passaram dos 60 de nascimento, que podem perfeitamente assumir o posto de anciães, lideres de sociedades, por demonstrarem nesta fase da existência sua paixão pelo outro e por viver. Minha mãe foi um destes exemplos. Para ela nada era impossível, tudo era tempo para se conquistar e fazer. Era desprendida de qualquer tipo de preconceito. Meu Pai mostrou para os filhos, que nunca é tarde para recomeçar e ser feliz. Minha sogra, após o falecimento de seu marido, enfrentou a vida, criando 09 filhos, todos ainda pequenos. Posso citar inúmeros outros exemplos, inclusive fora do âmbito familiar. Vou ficar em três: Dona Francisca, do bairro Dom Oscar Romero. Nordestina, negra e sem casa. Lutou por moradia, contra a fome e contra o preconceito. Formou com isto uma comunidade solidária e lutadora por seus direitos. Dr Tinoco e Scapi, para mim duas entidades da Revolução Socialista e da Ética Revolucionária. Nenhum dos dois se vendeu a lógica do mercado e da burocracia de esquerda. Tenho saudades de ambos, saudades da sabedoria terna e fraterna.

Lembrei destes Homens e Mulheres, esplendidos, ao ler a obra de um outro ancião sensacional. Gabriel Garcia Márquez. Li em uma noite seu romance, após dez anos sem escrever ficção: “Memórias de Minhas Putas Tristes”. Um livrinho de 37 páginas. Magia pura, uma ficção, que mais parecia uma conto de fadas. Um conto de fadas, que não perdeu-se só em fantasias, mas que ingeriu a realidade no fantástico. Ao propor o tema da velhice, Garcia Márquez, aprofunda o quanto se tortura e maltrata os velhos. Aponta o esquecimento como uma arma, para matar as pessoas que passam da “idade”, ideal da sociedade de consumo e baseada na competição.

Memórias é também, uma declaração de amor. Primeiro á vida, ao viver. Em um relato, de toda sua trajetória humana, um Jornalista no dia em que faz noventa anos, penitencia-se pelas mulheres que magoou, que abandonou. Regozija-se pelos bons momentos que viveu, pelos textos que escreveu e lamenta-se por aqueles que não escreveu. Abomina os amigos que não foram tão amigos assim, e pede perdão por não ter sido amigo de quem devia ser.

Em um lance de achar que a vida esta por um fio, decide realizar um desejo, antigo, que nunca realizou. Tentou com sua fiel empregada, mas o mal jeito e a selvageria sexual, não permitiu que chegasse a concretizar este sonho. Liga para sua antiga cafetina, e exige transar com uma virgem. Como um ultimo desejo, antes de ir para um outro plano, o velho ancião, descobre o paraíso da vida e as vantagens do Amor.

Memórias de minhas Putas Tristes, foi lançada em 2004, com tradução no Brasil de Eric Nepomuceno. Vendeu até hoje mais de 1milhão de exemplares.

Uma Ode poética e apaixonante pela vida e pelo Amor. E mais uma lição que os anciãos deixam para a humanidade.

quarta-feira, março 14, 2007

FÉRIAS DO BLOG E CULTURA




Cansaço me fez buscar um pouco de tranqüilidade, para continuar escrevendo. Muita coisa aconteceu neste período, de pernas pro ar. Vou começar, descrevendo um pouco o que foi o Projeto Folia Cultural, concebido por dois grupos musicais e porque não cênicos de nossa cidade. O TOC Percussivo e os CIRANDEIROS, alem de uma maioria de jovens, amantes da dança e do canto.

LIA DE ITAMÁRACA E OS SONS DOS BRASIS

E viva os tambores e os Xequeres. Viva as saias rodadas e a energia de quem dança. Viva o imaginário popular, descrito nas cirandas e nos cacurias. Viva a origem de ritmos e brincadeiras do índio, do negro e do cafuzo. Viva o resgate da riqueza de Histórias de vida, que são transformadas em cultura popular, que distraia, encanta e ensina preservar valores.

Participei de quase todas as apresentações do Projeto Folia Cultural, elaborado pelos grupos acima descritos. Foram quase um mês, viajando por praças e ruas de nosso município, ao som do Maracatu, que as vezes soa muito mais forte e vibrante que o próprio Rock In Rool.

As pessoas que não conheciam os ritmos e danças, apresentada pelos garotos e garotas, vibravam ao ouvir o som e as coreografias, de uma parte do Brasil, castigada pela ferocidade exploratória das elites Brasileiras ao longo destes 507, anos de País. A sonoridade Nordestina, fez muita gente, dar voltas no tempo e lembrar das brincadeiras de infância, em sua cidade natal. Meu amigo Sebastião Ouricuri- Não é sobrenome, e sim apelido, pois nasceu na cidade Pernambucana- assistiu ao espetáculo da Folia, na Praça do Museu. Se deliciou com tudo que viu e ouviu. Eram seus tempos de criança, passando como um filme por seus olhos.

Foram mais de dez apresentações, de uma duração de um pouco mais de hora e meia.

Vi varias famílias dos integrantes ou não, acompanharem os Shows. Um em particular, não lembro o nome, dançavam maracatu, ciranda, mesmo com dificuldades físicas, para isto, debaixo de uma temperatura, acima de 30 graus.

Resgatar a cultura popular Brasileira é preservar valores de nosso povo. Com estes valores, adicionados a virtudes inerentes do Brasileiro, é possível não só promover a cidadania, como transformar a sociedade. Não sei se o Projeto irá continuar, tendo desdobramentos, em oficinas de aprendizado, seja de um instrumento, dos ritmos e sua História, seja do canto. Mas seria extremamente benéfico para a população, se a mesma pudesse ter acesso a esta maravilha.

E digo mais, deixo uma sugestão, de que aja uma ampliação nos ritmos e movimentos culturais. Porque não no mês de Junho, um projeto regado a Baião e suas extensões e ramificações, como o forro, o xote, o xaxado e outros?.

Quem quiser saber mais, do Projeto Folia, pode acessar o site: http://www.foliacultural.art.br/ .

Para terminar este post, transcrevo abaixo letra de uma Ciranda, cantada pelo grupo Pernambucano Cordel do Fogo Encantado:

Os Oim do Meu Amor
(Interpretação de imagens vindas, na música dos emboladores da Pracinha do Diário - Adaptação: Lirinha)
Ê nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
Nunca mais eu vi
Os oím dela brilhar
Nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
São dois jarrinho de flor E todo mundo quer cheirar

terça-feira, março 13, 2007

MANIFESTO

DEVOLVO O BODE FEDIDO, A QUEM DE DIREITO

Não costumo me pronunciar sobre acusações infundadas e mentirosas. Principalmente quando os interesses de tais atitudes não consideram o debate de idéias e concepções e sim de baixaria pura e fritura (como disse um Jornalista) de pessoas e seus familiares. Nos últimos dias eu e minha esposa estamos sendo alvo de comentários jocosos e caluniosos, de parte da mídia (diga-se de passagem da rede de computadores) e de alguns políticos, entre eles o Prefeito Silvio Félix. É preciso esclarecer algumas questões:

1- Não sou agente político e assim não estou cometendo o crime anti ético do Nepotismo;
Entende-se por agentes políticos detentores de cargos eletivos ou de funções executivas. Neste contingente, entram Prefeito, Vice, Vereadores e Secretários Municipais, nos dois poderes, Executivo e Legislativo. Este que escreve este post tem função de assessoramento e não de execução, decisão ou de legislar.

2- O PT nada tem haver com a nomeação de minha esposa. Assumo toda a responsabilidade;
Não fiz nenhum acordo e não estou preso a nenhuma condição, muito menos minha companheira. Houve um convite, fruto de preocupações em ter na casa pessoas com capacidade técnica para desenvolver as tarefas e funções no Legislativo. Antes de aceitar o cargo, fomos até a direção do PT, informar á decisão. Mais que isto afirmamos assumir toda e qualquer responsabilidade sobre a decisão. Como ponto de partida desta postura, Nadir solicitou afastamento do Partido dos Trabalhadores, enquanto estiver assumindo o cargo de assessora de Cerimonial. O cargo não é político, é técnico como já informei;

3- Continuo na Luta contra o Nepotismo;
Sou terminantemente contra a contratação de parentes na administração pública em cargos comissionados e um dos que mais lutam para que o sistema de empregabilidade seja justo e que todos tenham condições iguais para a disputa de cargos. A melhor maneira é o concurso público, embora admito que algumas funções de cunho político e ideológico devam ser ocupados por comissionados. Porém com critérios que venham ser além do político partidário, que considerem competência profissional.

4- Não há contradição;
Exatamente porque não sou agente político. Agora o Prefeito Municipal, sim cometeu e comete contradições uma atrás da outra. Primeiro permitindo a pratica do Nepotismo, durante os dois anos e meio de seu mandato. Foi ações judiciais, contra ele e secretários municipais, que vem pondo fim ao Nepotismo na Prefeitura, repetindo lá, o que ocorreu na Câmara Municipal. Segundo, que cheirando ao oportunismo, apresentou Projeto na casa de Leis, contra a contratação de parentes, quando era sabido por todos, que o PT e outros Vereadores, apresentaram a tempos matéria com o mesmo teor. E por ultimo, nosso mandatário máximo, parece que aposta no atraso cultural de nosso povo. Criar uma Presidência de honra no Centro de Promoção Social é descaradamente, debochar da inteligência das pessoas. Favorecimento puro a sua Mulher e por conseqüência, parentes de Prefeitos futuros, naquela autarquia.

5- Quem imagina conspiração Partidária usa de má fé ou pirou na maionese;
Saí do PT, após refletir durante mais de cinco anos, a História passada e recente do Partido. Não foi nenhuma jogada de propaganda ou parte de uma estratégia de grupo, para servir de saco de pancadas, protegendo as lideranças. Saí porque não acredito que o PT, seja hoje ou tenha espaço para a construção de uma sociedade sem explorados e exploradores. Quando saí, pedi minha exoneração do cargo que ocupo na câmara. No entanto o generoso e companheiro de todas as horas José Carlos Pinto não aceitou minha demissão, acreditando, que não traí os ideais e os princípios, apenas um ciclo terminou. Mas a luta por dias melhores, ainda faço e continuarei a fazer. Não há trama ou esquemas, como adoram repetir os partidários de direita e inclusive os de direita da esquerda.

6- Não há capitulação, nem motivação a gozar das benesses do Poder;
Trabalhei na construção da eleição de Eliseu Daniel para a Presidência da mesa do Legislativo. Mas com toda a autorização e conhecimento do Vereador ao qual trabalho. Desde o principio defendi e continuo nesta toada, que os objetivos da esquerda na câmara, é o de ver um programa de mudanças serem executados na casa de leis. Fui o elaborador do Programa entregue ao então candidato Eliseu, onde em nenhum momento reivindicamos, cargos ou benesses desta natureza. É comum em coligações políticas, acordos para ocupação de cargos. O PT não o fez e muito menos este que escreve este texto.

7- A miopia leva a cometer bobagens;
O quadro pendurado na sede do PT, não é de Josef Stalin, ditador da União Soviética e sim de Vladimir Ilianov Lênin, Líder da Revolução Russa de 1917.

Para mim o assunto esta encerrado.