ELEIÇÕES 2008
Historicamente o PMDB, já foi muito mais influente e poderoso que hoje. Em seus quadros, teve durante varias décadas, desde o antigo MDB, oposição consentida da ditadura, o caudilho populista Jurandir Paixão de Campos Freire. Durante muito tempo o Partido polarizou, com a Maçonaria e seus braços políticos. Mas as diferenças ideológicas não eram tantas, as vezes se confundia com a chamada direita da cidade. Os Peemedebistas sempre se intitularam de centro, mas sua pratica, era de um populismo típico de Juan Perón. A marca registrada sempre foi a truculência política. Paixão e seus asseclas, tudo faziam para tirar do caminho os adversários. Episódios de perseguição, espionagem, difamação moral, eram cotidianos deste grupo. Na cidade que não se lembra, do dia em que o então Prefeito Jurandir, adentrou o Plenário da câmara, carregando um chicote e dizendo que daria uma surra em Vereadores da Oposição.
Discurso desenvolvimentista, mas atuação duvidosa com o erário publico, o PMDB de Paixão e Elza Tank, sofre um abalo, quando o primeiro, sofre desgastes políticos, vindo em sua ultima eleição, em 1998, a obter para a cadeira de Deputado Estadual, os irrisórios 3mil votos. Vexame e sinal, de que o Partido de Paixão, entrava em decadência. Com isto o Partido em Limeira, perdia seu cacique maior e no estado sua maior referencia Orestes Quércia, estava em declínio político há muito tempo.
Amarga portanto quase dez anos de resultados pífios e de ausência no poder. Em 2003, o então Vereador e ex Presidente da Câmara Municipal, José Henrique Pilon, dono de um estilo próximo ao de Paixão e oriundo de sua escola na política, resolve com vários nomes do “histórico”, PMDB, reorganizar o Partido. Apesar de não ter naquele momento nenhum destaque no poder, (o PMDB era oposição em 2003), a reestruturação ganha força, pois traz para linha de frente Partidária, nomes com o peso de Walter Piccinin, Frederico Ivens e talvez a maior estrela pós Pilon, o empresário de Comunicações Orlando José Zovico. Assim capitaneados por este time, o Partido inicia uma serie de conversas com Partidos de Oposição aos Tucanos, até então no Poder. Até o PT foi procurado. Mas os interesses e objetivos, eram de acender ao Poder e ocupar cargos. O grupo sabia que não teria forças para uma candidatura própria. Emplacou Zovico, como vice de Silvio e ganhou varias secretarias, com a vitória da chapa em 2004.
Ao longo destes três anos e meio de mandato do Prefeito Silvio, o PMDB apesar da titularidade em secretarias, como Segurança Publica, Planejamento e a do Vice Desenvolvimento Social, enquanto Partido, não teve nenhuma influencia sobre o governo. Pelo contrario a derrota de Pilon a câmara, estabeleceu um atrito, entre o ex Vereador e o Prefeito, que fez de tudo para não te-lo na Prefeitura. Mas recentemente como em um passe de mágica, Pilon ele controla os destinos do PMDB e negociou a Secretaria da Habitação para seu grupo. Pilon teve um comportamento de tecer criticas ao Prefeito e nos bastidores jurar que era Oposição. Porem hoje, parece mais uma vez coisa de mágico, Pilon é só elogios a Silvio Félix, mesmo afirmando que o Partido não aceita ser vice de ninguém. Na chapa de Silvio o PMDB só tem espaço para ser vice. Jogo de cena ou não, o quadro hoje aponta que o PMDB, estará com Silvio. Mas Pilon é destes políticos imprevisíveis, cujo o pragmatismo é muito maior que qualquer concepção ideológica.
O Partido da Republica, ex Liberal, pode ser considerado um filho rejeitado ou pródigo. Uma de suas principais figuras, o engenheiro Paulo Brasil Batistella, foi vice no primeiro mandato de Pedro Kulh e Presidente da EMDEL. Na metade da gestão, Paulo Brasil, rompe com Pedrinho e é demitido da empresa mista.
Nas eleições de 2000, lança-se candidato em uma aliança com o PSB, que tinha como principal figura o então vereador e ex Petista Luis Carlos Pierre. Era tido como forte candidato a sucessão de Pedro. Traído por seu vice, que quinze dias antes anunciou publicamente seu apoio ao candidato tucano, Paulo Brasil derrapou nas urnas e o então PL, sai chamuscado e destruído daquele processo. Porem durante o mandato tucano, a postura de seu único Vereador Miguel Lombardi foi o de apoiar o governo. Nas eleições de 2004, o PL surpreende mais uma vez. Abandona o barco Tucano e fecha apoio a candidatura Silvio. No pacote parece que estavam a manutenção da EMDEL, a secretaria de obras. Durante o processo de transição, um fato mudaria a decisão do PL em apoio a Silvio. O então Prefeito eleito Silvio Felix, toma duas atitudes.
A primeira convida para seu Secretario de Obras o engenheiro René Soares, filiado ao PL, mas sem discutir com o Partido e sem o consentimento Partidário. A segunda decisão, foi a de indicar o nome do Vereador Miguel como seu candidato a Presidência da Câmara. Condições de subordinação ao chamado grupo de ferro do governo Elza Tank, Pilon e Vereador César Cortez, fez com que Miguel Lombardi, desistisse da empreitada. Tal fato norteou quase todo o mandato. O tratamento dado ao PL, por Silvio, foi de praticamente ignorar a sigla. Com uma tática quase subterrânea o Vereador Miguel Lombardi foi um dos responsáveis pela Vitória de Eliseu Daniel a Presidência da casa de Leis em 2006.
O hoje PR, tenta se afastar de Silvio. Não se coloca na Oposição de forma aberta, mas procura não submeter-se as vontades do Prefeito. O Partido tendo como principal figura neste momento o Vereador Lombardi, esta com uma tática de independência. Procura valorizar seu passe. Tem um perspectiva de ter uns 06% de votos para chapa de proporcionais, um bom tempo de TV. As pretensões, são de eleger no mínimo 02 Parlamentares e apoiar o candidato Tucano. Mas o pragmatismo sempre vem em primeiro lugar neste Partido, onde seu Vereador tem uma aproximidade com os Vereadores do PT. O PR é sinônimo de surpresas. Vejamos o que poderá vir por aí.