quinta-feira, maio 31, 2007

ORAS BOLAS. MÊ DE PACIÊNCIA

RACIOCINANDO

A Venezuela como o Brasil, é um País, com um regime jurídico, baseado no Estado de Direito, cujo seu sistema de relação na sociedade, é a Democracia. Nos tempos modernos, o principal instrumento de exercício democrático, é o sufrágio universal. O voto é utilizado, em eleições legislativas, executivas, sindicais, nas associações e ONGS. È utilizado também, em sessões camararias, para aprovação de proposituras, em assembléias de categorias de classe, clubes de futebol e outros. Uma vez eleito, o cidadão ou um conjunto deles, só pode ser retirado de seu mandato, em outro processo eletivo, ou caso não cumpra suas obrigações estatutárias, regimentais ou constitucionais, através do processo de impechement.

Golpes e outras formas que não combinam com a democracia, que eu saiba, não estão consagradas em nenhuma Constituição ou norma do Estado de Direito. Embora na América Latina, o processo democrático, ainda engatinha, a tomada do poder pela força e por manipulações autoritárias, não é aceita pelo povo.

Repito: embora seja no continente, recente a redemocratização, pois com exceção de um ou dois Países, a AL, teve durante mais de 450 anos, regimes Colônias, ditatoriais e totalitários, parte das elites dominantes, ainda concentram em suas mentes, intenções golpistas e anti constitucionais. Discursam que são os guardiões da Lei, mas se precisar, a desrespeitam a qualquer hora.

A atitude do Presidente Venezuelano, Hugo Chaves, em não renovar a concessão da RCTV, a globo deles, pode ser encarada de varias formas: como um atentado a liberdade de expressão, ou uma atitude de defensor do Estado de Direito.

Não morro de amores a Chavez. Acho que é um caudilho e se precisar, não abre mão de um bom golpe, como já o fez no passado.

Porem a RCTV, foi das emissoras de TV, a mais entusiasta do movimento golpista de Abril de 2005, que tirou a força o Presidente Chavez, eleito legitimamente pelos Venezuelanos.

O Golpe é um atentado ao Estado Democrático e de Direito. Chavez tem a prerrogativa, como Chefe maior da nação, em renovar ou não uma concessão para exploração pública. O fez dentro do permitido pela Constituição. Não considero um atentado a Liberdade de Expressão.

Entendo que cabe as autoridades legalmente constituídas, a defesa de seu Estado e sua Constituição.

As elites Venezuelanas, defenderam que o golpe era esta defesa. Ora como eles são engraçados.

terça-feira, maio 29, 2007

MINHA MÚSICA FAVORITA


O HOMEM DE NAZARÉ

Mais uma canção de um artista, talentoso, que injustamente foi rotulado e discriminado como cantor brega, popularesco e sem carisma. Nada disto. Antonio Marcos, foi mais um dos cantores compositores que curti muito em minha pré adolescência. Conhecia quase tudo, deste artista, que participou de vários programas de calouros em radio e em televisão, antes de atingir o estrelato. Sua caída pela dramaturgia, lhe rendeu vários convites, para atuar em cinema (destaque para: Salve quem puder-1973-), no teatro (destaque para: Arena Conta Zumbi- 1969- e Hair- 1970-), bem como em telenovelas, destacando-se Cara a Cara de 1979.

Antes de sua carreira solo, participou do grupo de ie,ie Os Iguais, tendo se apresentado e tomando parte do Movimento da Jovem Guarda.

Adorava e adoro, as canções de Antonio Marcos, desde as mais “Bregas”, as mais elaboradas, como “Noites, galos e quintais” de Belchior. Como vai você, composição sua, fez enorme sucesso na voz de Roberto Carlos.

Integrante do movimento católico Carismático, fez Shows, palestras, em programas como de Neimar de Barros, bem como adotou nas canções e no estilo de vida, uma espécie de HIpiee Cristão.

O Homem de Nazaré, um de seus maiores sucessos, é do LP Antonio Marcos de 1973 e representa bem o estado de espírito do cantor na época.

Antonio Marcos, foi casado com a cantora Vanusa e com a atriz Débora Duarte, com quem teve uma filha, a atriz Paloma Duarte. Faleceu em 1992.

segunda-feira, maio 28, 2007

MINHA MÚSICA FAVORITA


PARE DE TOMAR A PILULA

Como curti este clássico do chamado brega romântico. Canção que inundava o dial das rádios AM, naquele inicio dos anos 70, Pare de Tomar a Pílula, foi para mim um dos marcos, da rebeldia e ousadia na musica Brasileira. Minha mãe detestava, minhas tias odiavam, as beatas da igreja, acendiam fogueiras para queimar discos e fotos de Odair José. Eu ainda um pré adolescente, achava graça daquilo tudo, não entendia bem, o porque da rejeição de muitos aquele música. Nem sabia pra que servia a tal pílula, tão endemoniada, por Católicos ou não, como dizia Caetano Veloso.

Sabia a letra de cor. Não perdia um programa de televisão que anunciava a ida do autor da pílula. Anos mais tarde pude descobrir, o quanto foi corajoso, o goiano Odair José, que com dezoito anos veio para o Rio de Janeiro, para tentar viver de música. Aqui comeu o pão que diabos e deuses amassavam. Algo curioso que descobri recentemente, é que o futuro terror das empregadas domésticas, titulo que obteve, por ter neste público uma grande aceitação, é que no inicio de carreira, Odair José, quase foi militante de esquerda.

O cantor e compositor de Cadê Você, freqüentava o restaurante calabouço, local de reuniões e manifestações estudantis na década de sessenta. Junto com estudantes e lideranças de esquerda, participou de inúmeras mobilizações contra a ditadura militar.

Ditadura esta que Odair José foi vitima, varias vezes, inclusive tendo Pare de Tomar, censurada alguns meses pelo regime militar.

Falar de anticoncepcionais, naqueles anos, era comprar briga com a igreja católica, defensora do método da tabelinha, como convenciona-se chamar até hoje. Pare de tomar, significou a ruptura com tabus, e uma moral cristã burguesa.

Odair foi na época um estouro de vendagens e um símbolo de um estilo musical, que em suas letras, falava de um universo, descriminado até então. Eram Prostitutas, como no primeiro sucesso Vou tirar você deste lugar, as já citadas domésticas, beberrões, mães solteiras e por aí vai.

quarta-feira, maio 23, 2007

CRÔNICAS DA CIDADE

LIMEIRA CINCO

As elites são iguais em todas as partes do planeta. Os objetivos são comuns, principalmente a acumulação de riquezas. Destaco um em particular ou dois: o abuso de poder seja econômico, político, social e cultural, bem como o costume de ostentar suas posses e possibilidades de te-las. Historicamente podemos constatar, estas duas pragas.

No Egito antigo, os faraós construíam os templos, mais conhecidos por nós de pirâmides, para seu lar após a morte terrena, acreditando que eram deuses e mereciam palácios rodeados de ouros e peças valiosas, para ali governarem em um outro mundo ou ao voltar (afinal acreditavam ser Deuses), seu reinado e opulência, estariam garantidos. A custa desta barbaridade, escravos, morriam, eram sacrificados na construção desta vontade imperial. Alem disto, a maioria do povo livre ou não morria de fome, pois os recursos do Estado eram todos aplicados nos interesses do Faraó.

Os imperadores Romanos e os senhores feudais, não ficavam atrás, idealizando e construindo monumentos em sua honra, ou tomando atitudes ridículas, com o dinheiro do povo. Conta a História que Calígula, faliu Roma, em suas excentricidades, crueldades, nas orgias sexuais.

No primeiro Império no Brasil, Dom João VI, sua mulher Carlota Joaquim e sua corte com mais de dez mil pessoas, fugidas de Portugal, aportando aqui, abusaram e desabusaram de nossa terra e gente. A rainha Carlota, com suas extravagâncias, fazia verdadeiros rombos no tesouro Brasileiro, alem de destilar crueldades pela então Capital federal, o Rio de Janeiro. Dom João VI, de quebra fez duas atrocidades: a primeira, invadiu casas e casarões dos Brasileiros para abrigar sua corte de súditos. A segunda, criou o Banco do Brasil, para lá guardar os resultados dos roubos que fez na coroa e na colônia.

Poderia ficar o texto todo, desfilando inúmeros exemplos do Brasil e do mundo. Mas prefiro ficar nestes que considero amenos.

Agora para não ser processado, por não ter provas, não direi quem é e de que político, a pessoa a qual relatarei um episodio recente é conjugue.

Em minha cidade as elites adoram ser autoritárias e truculentas. Ostentam pacas. Os Homens usam suas mulheres e as mesmas acabam conscientizando disto, para transformar ruas, avenidas, festas e solenidades, em vitrines para o abuso não só de autoridade, como de suas posses, que de partida, a origem é suspeita, na maioria dos casos.

A esposa de renomado político, em atividade e ocupando alto cargo publico, costuma freqüentar uma vez por semana um estúdio de cabeleireiros, para tratar da aparência do couro cabeludo. Ocorre que no dia reservado, em sua agenda concorridíssima, acontece há 300 anos, uma das feiras livres de maior popularidade na cidade, a qual esta localizada na rua do salão de cabelos. A madama muito preocupado com a vida e futuro do povo, que financia suas idas a salões de beleza, tem protagonizado uma das coisas mais engraçadas que vi ou ouvi em meus quase 45 anos de vida. A mesma esta organizando um abaixo assinado, entre suas pares da difícil arte de tratar cabelos, pés e unhas, para que a Feira Livre sustento de centenas de pessoas, seja transferida, para outro local, pois á ficar assim, seu automóvel, fica muito distante do estúdio e sujeito a roubos, vandalismos e outros babados.

O referido Abaixo será enviado ao Prefeito e caso seja aceito, providencias sejam tomadas.

CAZUZA, sempre certo: A BURGUESIA FEDE.

segunda-feira, maio 21, 2007

CRÔNICAS DA CIDADE


LIMEIRA QUATRO

Outro dia ouvi na rádio Mix AM, a entrevista do economista e consultor empresarial Celso Leite. Não gostei de quase nada que ele falou. Achei que avançava em muito nos porquês do desenvolvimento sócio econômico de nossa cidade, ser travado e considerado por organismos de pesquisa e consultoria técnica, como de pífio desempenho.

O economista e colunista do Jornal de Limeira, aponta como motivos para o não desenvolvimento, que para ele consiste em investimentos que venham de fora do município, a classe política e os sindicatos de trabalhadores, isentando de culpabilidade a classe empresarial, afirmando que eles sim são desenvolvimentistas. Ora faz me rir, conclusões deste tipo. Penso que são ou corporativista, até porque Celso trabalha para estes empresários, os quais tenta isolar da autoria do atraso, ou faz parte de uma estratégia, de tirar literalmente da reta, a responsabilidade por nossa sã e real miserabilidade. Se não tenho competência, coloco a culpa nos outros. Este tem sido o lema das elites deste País, bem como de minha cidade.

Primeiro, não dá para limitar uma política de atração de investimentos, com a cabeça em projetos como canteiros de terra, para construção de Distritos Industriais e campanhas de Marketing que servem apenas para angariar votos e nada mais. Nisto os sucessivos governos erram e muito. Concordo neste ponto com o economista. Por outro lado é preciso reconhecer que as elites empresarias da cidade, estão longe de querer desenvolvimento. Durante décadas, elas investiam mal e porcamente em sua própria economia. A planta metalúrgica, por exemplo, enquanto tinha lucro, nunca preocupou-se em investir em sua mão de obra e em novas tecnologias. Com exceção de três ou quatro empresas, quase todas de capital estrangeiro, nosso parque industrial metalúrgico, esta sucateado, precarizado as relações de trabalho e nossos trabalhadores tenha péssimos salários e horríveis condições de trabalho.

Outro exemplo de que não chegamos nem na primeira Revolução Industrial, é o setor de folheados. Talvez o maior segmento fabril do município, vive na clandestinidade jurídica e trabalhista. A exploração do trabalho infantil é um verdadeiro escândalo e mais escandaloso ainda é as declarações de uma de suas lideranças na imprensa local, de que o setor não emprega crianças e adolescentes. Novamente faz me rir. Alem disto o setor, é de acordo com órgãos governamentais o que mais polui nossos rios e mananciais, sem falar que emprega sem carteira assinada e trabalha com produtos que provocam doenças crônicas, como o amianto, comprovadamente pode gerar câncer.

É certo que a classe política de nossa cidade, também não se interessa pelo desenvolvimento de nosso povo. Porem os políticos, com raras exceções, não representam eles mesmos. Vários deles tiveram apoio e ainda o tem das elites empresarias do município para eleger-se, é só reparar quando o interesse de um empresário necessita da intervenção política, a quem eles procuram e como são defendidos seus interesses.

O movimento sindical Limeirense, não é tão combativo, como Celso Leite faz crer em sua entrevista á radio AM. Desde a década de 80, o Sindicato dos Metalúrgicos representa esta combatividade, clara e objetiva. Não há concessões para este grupo. A política é classista e bem definido de que lado estão. Outros segmentos como Bancários e Professores, em menor grau e com enormes confusões ideológicas, também transmitem um pouco deste combate. Os demais representam o antigo e getulista, jeito pelego de fazer sindicalismo, atrelado aos patrões e distantes da base. Não se pode acusar o Sindicalismo de defesa dos direitos dos trabalhadores, como aliado do atraso e inimigo do desenvolvimento. È vero que locais onde sindicatos de luta atuam, a qualidade de vida e bem melhor. Cidades vizinhas, como Piracicaba, Americana e Rio Claro, tem este estilo Sindical e aparecem com IDHS, superiores aos nossos. O que ocorre é que a presença mássica de sindicatos atrelados, em categorias chaves e de ponta, contribuí com a estagnação.

Minha cidade não se desenvolve, porque nossas elites não querem. Param de lucrar e disseminar uma política cultural, bem típica da Casa Grande&Senzala.

quinta-feira, maio 17, 2007

CRÔNICA DA CIDADE


LIMEIRA TRÊS

Minha cidade tem seres humanos de todas as raças, cores e vindas de todos os lugares do Planeta. No século XIX, aqui fundaram e fincaram nestas terras, índios, negros, Italianos e Alemães. Já no limiar do século passado, a imigração, pendeu no pós guerra para Japoneses e mais tarde, já nos anos 60 e 70 outros orientais aportaram por estas bandas e ficaram.

A migração interna, motivada pela industrialização, êxodo rural, em função da ausência de investimentos, bem como grilagens de terras, teve seu começo nos anos 60 do século XX. Mineiros foram os primeiros. Depois já na era setentista, Paranaenses ocuparam nossas periferias, juntando-se aos de Minas e de outros Estados da Federação. Aliás o Parque Hipólito é a região de maior contingente de nascidos no Paraná e o JD Nova Suíça e adjacências, são amantes do queijo e do Leite, os Bairros mais Mineiros de Limeira.

Nosso parque industrial, teve como sua primeira mão de obra, estes migrantes, boa parte sem um oficio e sem qualificação educacional. As fabricas foram ocupadas durante três décadas, por diversas experiências culturais e de vida. Militei durante vários anos com um Pernambucano no Movimento Sindical: Tião Ouricurí. Pude conhecer muita coisa do nordeste Brasileiro na convivência com o Ouricurí, que tinha este apelido, em função de sua cidade natal.

Mas as Elites, são brancas e insistem em segregar e destruir a riqueza cultural de nosso povo. Há estudos publicados em livros, mídia eletrônica, sobre personagens que fizeram História em Limeira. Do que tenho conhecimento, não há um Paranaense, Mineiro, pobre e negro.

Aqui a segregação só para nas eleições.


quarta-feira, maio 16, 2007

CRÔNICA DA CIDADE


LIMEIRA DOIS

Desde criança ouvia dos adultos a frase: “Se pudesse iria embora desta cidade”. As falas carregavam uma angustia e uma magoa enorme. Cresci, adquiri consciência do mundo e continuei ouvindo, esta frase e similares, como aqui não dá para viver, nada dá certo em Limeira. Fui registrando ao longo dos anos estas manifestações de baixo astral. Mas um dia resolvi não só ouvir e sim tentar entender aquelas pessoas com sua tristeza nas palavras. Fui para os questionamentos. Mas porque deixar esta terra. Porque não acreditar que aqui é possível ser feliz?.

As respostas não me surpreenderam. Aqui diziam : “ Os políticos estão interessados apenas em seu bem estar”, “Empresas de grande porte, não se interessam em aqui se instalar”, “Universidades passam longe daqui”, “Tudo é precário, desde o transporte coletivo, ao sistema de saúde”, “ A violência urbana toma conta de nossos bairros”.

Fiquei anos matutando e comparando minha cidade, com outras que trabalhei e visitei. Já encontrei climas de pessimismo em muitos lugares, mas Limeira parece que é insuperável, bate todos os recordes de negatividade e desânimos.

Concluí que as Elites decadentes desta cidade, não entendem nada de proporcionar qualidade de vida para a população pobre e maioria em todos os cantos do município.

Concluí que o baixo astral, é produção do detentores de poder, sanguessugas da positividade e da felicidade.

Interessa as elites, que as pessoas pensem em ir embora ou caiam em depressão. Os três anos que vivi em Pedreira, fiquei espantado, com a quantidade de mulheres e homens pobres, que recorriam a psiquiatras para sessões de analise. Em uma cidade sem emprego e sem perspectivas de futuro leva a problemas próximos a loucura e a anulação do ser humano. Em minha cidade não sei qual a estimativa de pessoas que procuram ajuda profissional, para conter depressões e tristezas.

Só sei que aqui, o monstro do poço fundo é maior que o anjo da luz do fundo do túnel.

segunda-feira, maio 14, 2007

CRÔNICAS DA CIDADE


LIMEIRA UM

Minha cidade tem uma elite que ainda não percebeu que o Feudalismo é coisa do Século XVI e que a Renascença fez florescer sentimentos de liberdade. As elites sequer entendem que a Revolução Francesa, abriu as portas para o Capitalismo, que o escravagismo foi abolido legalmente no Brasil. Uma elite que gosta de concentrar renda e que polui as mentes e corações dos pobres com sua concepção autoritária, corrupta e violenta.

É esta elite que as gargalhadas, concorda com parte da mídia, que define nossa cidade, como uma grande fazenda iluminada, com direito a senhores e escravos.

Esta mesma elite, gosta de bater no peito, que é da terra, Limeirense da gema. Morei em Pedreira, a cidade da louça de porcelana, por três anos. Nos primeiros meses, o que mais ouvia dos “Pedreirenses”, era: Você não é filho da terra?”. Em minha cidade, isto não é diferente. Se acontece um crime, o comentário das elites e de seus seguidores é sempre “Também é de fora!”. Uma manifestação de sem teto, sem terra, a pergunta freqüente dos nativos, “São de Limeira?”. Na ultima greve dos Motoristas e Cobradores de ônibus, estas mesmas elites, trataram logo de separar “o Joio do Trigo”. As afirmações eram de que o movimento chegou ao impasse com quinze dias de paralisação por conta da turma da CUT, do PT, em sua maioria forasteiros.

A Xenofobia por aqui, é ora escancarada, ora camuflada. Depende dos interesses em jogo.

Alem de tudo o que já disse, acrescento: As elites de minha cidade são Xenófobas.

quinta-feira, maio 03, 2007

7º CANTA LIMEIRA

O BLUES ENCANTOU MAS NÃO LEVOU- MAS VALEU PARCEIROS

A apresentação da Contrabanda Blues no 7º Canta Limeira, foi além do esperado. Confesso que não achava que o desempenho de Èrica (Voz), Max (Baixo) Danilinho (Guitarra Solo e autor da música), Danilão (Guitarra Base) e Digão (Bateria), pudessem dar vida a minha letra. Foi uma exibição de gala, que fez o Teatro Vitória, vibrar com um Blues, com toada Rock. Èrica Caetano a menina que cantava New Metal, que cantou um baião, encarnou Jani Joplin com Nina Simone, com competência e alegria. Seu despojamento ao dançar com Max o trecho “a moça sonha”, levou a platéia ao delírio. A paradinha no final “Um dia a casa cai”, verso que procurou dar esperança de que um dia teríamos uma mídia em especial eletrônica, a serviço do povo, foi fantástica.

Os garotos, sim garotos, a mais velha é a Èrica, com 22 anos, surpreenderam a todos. A harmonia dos instrumentos, estava perfeita, ao contrario dos ensaios. O solo do Danilinho, foi muito bom e o bateria deu ritmo necessário. O grande músico Max Vieira, fez seu baixo contorcer-se, dando o toque bluseiro para a música. Não enxerguei erros na apresentação e não consigo ver incompreensão na letra. Assim, embora aceite a não ida para a final, não vejo o porque da desclassificação. Acho que merecíamos uma melhor sorte.

O 7º Canta Limeira, teve um nível alto de composições e interpretações. Porem da mesma forma que Lula Barbosa não venceu o Festival da Globo em 1985, porque apareceu um Escrito nas estrelas, em nosso caminho tivemos um Povo Brasileiro, justo ele.

Mas estou feliz, por mais uma vez divertir com a arte. Quero agradecer em especial a banda, que teve paciência e disciplina, para ensaiar um Blues, ritmo não difundido no Brasil em uma letra, cheia de mensagens cifradas e simbólicas. Foi legal juntar 05 pessoas que não se conheciam e que ao longo de três meses tornaram-se amigos. A minha mulher, incansável, vivendo cada minuto da preparação do Festival. Ruani minha filha, que indicou a Èrica e me apresentou meu parceiro no Blues Global o Danilinho. A Kátia, que alem de torcer, segurou o botão do pedal, improvisado da guitarra. Ao Mauro José que sugeriu o nome da Banda e deu palpites na letra. Ao Luccas do Toc Percussivo, que propôs que a Èrica canta-se alguns versos com um tom agudo, estilo Elza Soares no Samba e Jani no Blues. A Marcelinha, que com seus e-mails divulgou o Blues. Aos meus vizinhos que não chamaram a policia, nos dias e noites de bluseira na minha casa. Ao Jornalista e companheiro João Paulo, por me transportar a serviço da banda e também por seu enorme entusiasmo com o Blues. Por ultimo as irmãs Viviane e Raquel Cerqueira, pelas dicas vocais e a religiosa Leninha, que mesmo sem ter visto a apresentação, chorou ao saber da desclassificação.

Porem coisa boa como esse Blues, não pode ficar só na lembrança. Vamos apresenta-lo em outros Festivais e eventos. Se Deus do BLUES quiser.

Abaixo, transcrevo algumas mensagens que recebi antes do Festival:

Oi Janja! Gostaria de parabenizá-lo pela classificação de sua musica. E lembrar-te que QUERO CONVITEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! Rsrsrsrsrsrs. Parabéns, Boa sorte, Nádia!

Jan...
Brigadao pela musica...
agora vc poder curtir ela sempre!!!
Boa sorte pra vc's no canta Limeira... vou estar torcendo mto!!!
Bjs Talita

PARABÉNS DON JANJAO- MUITO BOM MESMO- AS SUAS HABILIDADES EM PROL DAS ARTES SAO ELOQÜENTES
FELICIDADES
J.MARCO A PAREJA C.

gostei do nome da banda... mas, e a música, nós não vamos conhecer antes?????
Téo

Parabeniso a Contrabanda Blues, pela classificação da Blues Global no 7º Canta Limeira.
Gostaria que você me enviasse a letra da música, pois infelizmente não poderei comparecer no evento.
Boa sorte.
abraços.
Marcus.

Janjão, quer dizer que o amigo também é compositor?

Pimenta

Parabéns Janjão pela classificação.

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PS: Manda um beijão pra Kelly, Feliz aniversário pra ela!!!



Parabens Jan....
vou estar torcendo por vc e pela banda CONTRABANDA... hehehhe

bjos

Thalita

Olá Janjão como anda a vida td em ordem ??
gostei mto do seu projeto, parabéns pela letra e perseverança em levar este projeto a frente, qdo tiver a apresentação vou assistir com certeza.
abraços
Tupa
Grande Janjão!
Depois deste festival, vc ficará conhecido como "Big John, the bluesman"!
Gostei do nome da banda, muito bom.
Estaremos por lá, na torcida.
abraço,
Alex.

Olá querido! Fico feliz por vc!!! Eita q coisa legal!É uma pena q não poderia ir ao festival este ano tenho um casamento em Minas neste final de semana. Pena mesmo! Ia torcer por vcs!Mesmo assim fica aí um forte abraço e um boa sorte com louvor!Bju,INgrid.

Boa Sorte Janjão.
Vou lá.--Carlos A. Fiore
Oi Janjão!!!que legal..quero ver sim...a érica ta cantando nessa tb ?...o max tb é meu colega, mora no mesmo bairro que eu...mas essa banda vai ser só pro festival ou não?
Tudo de bom..e se vc tiver mais alguma musica de vcs aí me manda por e-mail, tá?
bjussss
Talita Pasani
Legal! Zé Benedito
Torço por vc Janjão, sucesso! Mesmo sabendo que vc é puxa saco da Nani Camargo. Ah!, fala pra Kelly que ontem na correria esqueci do brinde que ela me pediu, mas está garantido, agora só preciso combinar com ela uma forma de entregar.Andréia Crott
ESPERO SUCESSO !Sonia