sexta-feira, dezembro 22, 2006

FELIZ 2007- COM MUITA POESIA E LUTA



O TEMPO DE FAZER È AGORA
JANJÃO/2006


O tempo é o senhor da razão,
Mas não fique esperando que o tempo defina o que fazer.
Procure não confundir-se com o poste, ele não fala,
Não grita e não sente nenhuma dor. Sentimentos, iguais a de um cubo de gelo
No inverno ou uma churrasqueira acesa nas festas de família.
Faça de seu final de semana ou seus dias de folga, movimentos que te deixaram,
Extasiado e cansado, porem feliz e realizado.
Ao abrir a porta de casa, esqueça a cama e a vontade de dormir. Arraste seu amor para o sofá, beija-a (o), diga te amo, te adoro: vamos transar?.
Faça de teu lar, um jardim do édem. Afinal o exemplo tem que vir de casa. Pergunte aos teu filhos, sobre o dia, não os amole com conselhos moralistas e improdutivos. Fale da vida, não como fato consumado e sentencioso, mas como referencia para formação de cidadão.

Alias, filhos, são um tesouro que deve ser preservado, cultuado. Não pense para seu filho, uma vida de marajá ou não queira para ele sonhos seus não realizados. Escute-o, acompanhe seus gostos musicais, literários. Não queira regular ou censurar suas amizades. Aceite o brinco, o pircing. Saiba que a liberdade é amiga intima da Paz. Claro, você vai dizer, mas com limites. Não queira impor o que você acredita ser o mais correto. Construa com ele, estes limites. Incentive-o á superar limites. Um deles é do conhecimento. Apóie quando ele quiser conhecer, os efeitos dos alucinógenos. Conhecer não é experimentar e sim, sacar a droga que é, para o ser humano. Sugira que seu filho ou filha, leia Drumonnd e Neruda, passeia pelos poemas de Vinicius e ouça Chico, Gal, Betlhes. Recomende o ultimo Almodóvar.
Se ele se interessar fale de futebol, mas insista que a política é fundamental,
Só através dela que a sociedade se transforma.

Respeite sua companheira ou companheiro. Divida as tarefas do lar, não só a cama. Lavar louça pode ser uma terapia, faz esquecer o chato do chefe. Leve-a em um restaurante, mesmo que seja uma vez por mês. Ninguém vai morrer, e você não entrara em concordata, se um dinheirinho for reservado para isto. Nunca pense em levantar um dedo que seja, para ela. O simples apontar, é um ato autoritário e violento. Ao chegar do trabalho, não queira atenção apenas para si. Ela teve um dia cheio, na fabrica ou na loja e ainda tem os deveres de casa. Ela/Ele tem muito pra dizer, desabafar. Preste atenção no corpo dela, não apenas com interesses libidinosos. Repare que o tempo pode manter as curvas que te fascinaram quando a conheceu. Ou este mesmo tempo, pode ter machucado não só o coração, mas a estética.
Não grite nunca. Se desejar, conta até dez ou até mil, se a raiva for muita. No banheiro ou no quintal, nunca com ela ou para ela. Sua morada não é uma senzala e você não é um feitor ou Senhor e muito menos sua companheira ou companheiro é escrava(o).

Digo, que você não pode levar a vida em banho Maria ou em água morna. Não desligue o televisor na hora do horário político, nem diga que o Sindicato só enche o saco. Não saia das rodas de bate papo quando o assunto é miséria, a fome, do povo. Não se faça de bobo, que as guerras nos morros, o desemprego, não é com você. E aí quando lhe acontece algo parecido, aí você se diz injustiçado.
Abandone as frases, não me interessa, não é comigo, azar o dele, quero que exploda. A História é escrita por cada um de nós. Suas conseqüências, é fruto de nossos atos sejam coletivos ou individuais. Ninguém pode comportar-se, como se estivesse em uma ilhota. Até Robison Crusoé necessitou de um Sexta-Feira, para comunicar-se e sobreviver. E mais Crusoé, preocupava-se com o universo do índio Sexta.
Assim, deixe de ser desinteressado, sinta e assuma, que o problema do outro é seu também. Que o aumento da gasolina, do feijão, do arroz, interessa e atinge a todos. Não é só você que ganha pouco, que não consegue pagar as contas. No mínimo 50milhões de pessoas no Brasil e milhões de seres humanos no mundo, não tem sequer um prato de comida por dia.

Faça amigos, mais que isto, tenha camaradas. É bom saber que a amizade, solidifica a vida, remove obstáculos, fortalece ideais. Camaradagem não é só na hora de pagar a cerveja. Estende as mãos ou melhor os braços, quando o camarada assim precisar. Retribuir a amizade é sinônimo de vida longa. Amigos Sinceros é como diz Renato Teixeira: È um santo remédio. Cura males, cicatriza feridas, destroe magoas. A amizade faz Revolução de todos os tipos.

Tenha fé, credo é bom, mas crer em uma entidade divina é fundamental. Fé que o DEUS ou DEUSES, transita na Humanidade, zela por ela e lhe dá o livre arbítrio, para buscar a felicidade. Acreditar em um DEUS vivo, presente na História e na face de cada excluído de direitos, é construir uma sociedade mais fraterna e humana.

Por isto levanta dessa cadeira, não queira fazer um mundo de faz de contas. Tem muita coisa acontecendo. A humanidade espera por você. Faça por ti, fazendo pelo outro e vice e versa. O futuro é aqui e agora, não depende da subida da Bolsa e nem de um milagre. O futuro é a gente quem faz.

Venha construir o futuro, hoje, amanhã e sempre.




quinta-feira, dezembro 21, 2006

TEXTO DE AMIGO


Mesmo com a morte do ditador e carniceiro Augusto Pinochet,a América latina não se livrou do fantasma do autoritarismo,da impunidade, do populismo eda corrupção desenfreada. Na América do Norte há o terrorista George W. Bush,espalhando o medo e a destruição por onde passa; Hugo Chávez,que começou bem o mandato presidencial venezuelano:promovendo reformas,redemocratizando os meios de comunicação lamentavelmente aproxima-se de Lula, por interesses comerciais, cultivando confiança mútua.
O governo Lula sofre agora a "crise dos aeroportos", e quer formar umgoverno de coalizão de direita, depois de aparelhar o Estado, promoveros maiores escândalos de corrupção da história brasileira, reeleger-se com o apoio da oligarquia, perfil autoritário.
Pinochet se manteve com poderes políticos até pouco antes de morrer ,graças á um acordo feito entre a "democracia dos partidos burgueses chilenos", eximindo-se de maiores punições e prisões. Ou seja,nada aconteceu ao assassino e corrupto chileno que foi responsável por uma infinidade de torturas negociatas, e extermínios. Pinochet morreu sem as honras de Estado, mas possuía milhões de dólares em depósitos espalhados pelo mundo afora.Seus filhos e esposa também são responsáveis pelos crimes hediondos que o ditador executou.
A hipocrisia dos políticos "democratas" com ares de lamento, é uma farsa,porque a ditadura chilena não caiu através de um golpe revolucionário dos partidos esquerdistas,mas se deu por via de acordos políticos,no mínimo, questionáveis.Também sabemos que a ditadura Pinochet foi patrocinada pelo governo ianque, o qual também deve ser responsabilizado pelas mortes havidas em quase toda a ditadura reinante na América Latina nas 4 últimas décadas.
Mas agora,o que há é uma ditadura sutil,que se faz por meio de corporativismos financeiros, eleitoreiros, com a anuência de podres poderes e do gigantesco cinismo,e nada acontece, por que? Dizem que não há provas. O que está por trás de tudo isso?
Everi Rudinei Carrara- Escritor

quarta-feira, dezembro 20, 2006

A ELEIÇÃO DA CÂMARA

A vitória do Vereador Eliseu Daniel (PSC), nas eleições para Presidência da mesa diretora da câmara municipal, foi precedida de uma construção programática, que aliou, desde o Partido dos Trabalhadores, ao próprio Eliseu, que sempre se considerou um político de Centro e em muitas ocasiões combateu o PT e as esquerdas com uma certa virulência nas palavras, porem sempre no campo das idéias políticas. Esta trajetória que teve inicio há três meses atrás, foi fruto de reflexões pessoais, de alguns Parlamentares, entre eles o Vereador Miguel Lombardi, que enxergavam no legislativo uma administração que não prezava pela Democracia e Transparência. Discursos estes, que a bancada do PT, carregou quase que sozinha durante o primeiro ano de mandato.

A consciência de que a autonomia frente ao executivo é deveras importante, mesmo quando se é governista, foi brotando em vários Vereadores. Mas do que isto, percebia-se que valores como o do respeito as diversidades de posições, estavam sendo dilapidados pela atual gestão câmararia. Reinvidicava-se condições até de respirar liberdade pelos corredores do Legislativo. A apreensão, tensão e medo, eram constantes e visíveis, no conjunto de funcionários e Vereadores. O jeito de governar com centralização nas decisões, já não se encaixa mais neste século em que a modernidade exige, ética e justiça social. Era preciso radicalizar na democracia.

Assim um grupo de Vereadores, colocaram-se a frente da construção de um nome que pude-se, conduzir se não uma Revolução na forma de direção, ao menos um processo de transição, que restabeleça o mínimo de espírito coletivo, não corporativo, mas de busca incansável, pela convergência. Não por pressões estranhas ao ideário político, mas a partir do debate de concepções e de muito dialogo.

Foi com esta, idéia central, que o nome para a Presidência da Câmara, recaiu sobre o Jovem Eliseu. Temos enormes diferenças ideológicas, com o parlamentar, eu principalmente já me estranhei com ele. Mas nada como o tempo e o dialogo franco e aberto para ir dirimindo as diferenças. Quem venceu as eleições, foi a persistência deste grupo, em enxergar o futuro, rejeitando um presente aplicado no passado recente que não deu certo.

O legislativo, necessita pela sua própria natureza, aproximar-se cada vez mais da população. O espaço físico, os mandatos, devem estar a serviço e abertos a cidade. Até porque, o povo delega através do voto, o Vereador como seu representante, para assim defender as necessidades e suas reivindicações. Neste ultimo período, esta pratica foi cotidiana na câmara municipal.

Penso que Eliseu possa passar para a História, como um Presidente Estadista, incentivador da Pluralidade de idéias e combatente da imoralidade com a coisa pública. Um Presidente que estabeleça a distancia em relação ao executivo, contribuindo para um bem estar do município, sem precisar ser correia de transmissão do Prefeito.

Sei da jovialidade e inteligência do Presidente Eleito. Sei também de sua concepção conservadora, em relação ao que pensa a Esquerda. Mas é com esta somatória de pensamentos que acredito que possa governar. Nós vamos continuar na Oposição, lutando pelas garantias de direitos, Humanos, sociais e econômicos.

Esperamos que com medidas praticas e efetivas, como o fim do Nepotismo, a aprovação de um Código e da Comissão de Ética, de maior participação popular e outras ações, tenhamos certeza de que uma nova câmara municipal possa surgir, enterrando de vez, praticas totalitárias, muito próximas da tirania, implementadas, por décadas no Legislativo, não só em Limeira, como em diversos lugares deste País.

È com este espírito, que apoiamos e poderemos continuar apoiando, não a Pessoa do Presidente, mas sua conduta e a plataforma adotada.

terça-feira, dezembro 19, 2006

TEXTO MEU EM SITE BRASILIENSE


Há uns dois meses atrás através do site www.guiadeconcursos.com.br , descobrí um concurso de Poesia, intitulado "Prêmio Nara Leão", promovido pelo Jornal Telescópio de Taquatinga, Distrito Federal. Enviei para lá, um de meus textos. O email endereçado é de uma camarada o Everi Carrara, que acho ser Jornalista que atua na aréa Cultural. Pude ter contato com o site dele, que basicamente, fala de cinema, música (o cara é apaixinado por Nara e Tom Zé), teatro, poesia e artes em geral.
Enviei para minha caixa de correio eletrônico, link do Blog. Everi navegou e informou, que postaria textos meus em seu espaço cibernético. Esta semana, respondeu que um post, estava na sessão agenda/blog do site: www.telescopio.vze.com . O texto lá postado é o de Minhas Músicas Preferidas- Retalhos de Cetim do Benito de Paula.
Agradeço o Everi Carrara, pela divulgação, e sugiro que o leitor e leitora, façam uma visita na página, é legal pacas.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

JUSTIÇA CEGA?

O Júri Popular absolveu ontem o Policial Militar que executou a sangue frio, um dos assaltantes, envolvidos no assalto da empresa de telefonia Celular Vivo, há 3 anos atrás. Pude conversar com alguns Jornalistas que acompanharam o Julgamento, que foi muito rápido na opinião destes amigos. A indignação da maioria deles foi geral. A inocência decretada por um pouco mais de uma dezena de cidadãos que formavam o egrégio Júri, não só levantou revolta nos que ali assistiram, bem como deve deixar os defensores dos Direitos Humanos, enojados com a decisão. Não acompanhei o caso, mas igualmente, os que presenciaram, também estou indignado. Porem iniciei uma reflexão sobre a eficácia do Júri Popular.

Pais do Direito, os Romanos, com sua concepção de Democracia, mesmo em um Império, criavam mecanismos que pudessem, dar garantias aos cidadãos. A instituição Júri Popular, surge com esta noção. Representantes da população, das mais diversas profissões e classes sociais, teriam a missão de analisar autos de processos judiciais e fazer dele um veredicto. A grosso modo nada mais democrático e justo que isto não poderia ser feito. Realmente remeter a decisão em casos de enormes complicações e complexidades, há um só cabeça, no caso um só magistrado, tem maiores chances de cometimento de erros e de faltar com a verdade.

No entanto alguns aspectos devem ser analisados. A maioria dos componentes de um Júri, não são juristas ou tiveram contato com a legislação judicial. Um cidadão é convocado a participar de um julgamento, as vezes sem saber que caso ou fato, será discutido. O contato com o processo é no decorrer do julgamento, baseado nas argumentações da defesa e da acusação. Imagino que poucos tomam conhecimento por completo do inquérito, desde seu inicio, nos detalhes e nas minúcias. Ter um julgamento, que em sua totalidade é desenvolvido por teses técnicas é quase impossível para um leigo decidir, utilizando um mínimo de razoabilidade. As emoções e a visão de mundo, são majoritariamente predominantes nas consciências das pessoas.

No Brasil a política do denuncismo, aliado ao constante preconceito e violência com os pobres, empurra a maioria das pessoas, a formar opiniões que levam ao desrespeito aos Direitos Humanos. Frases como a repetidas, por Jornalistas, políticos, de que “Bandido Bom é Bandido Morto”, esta incutida nos corações e mentes da população. Em horas como esta, o que vale é o senso comum, o que foi acumulado e massificado, pelas elites que controlam o poder econômico, político e social.

Não tenho duvidas, que o peso da decisão de absolver o PM, da acusação de assassinato, foi o da visão de mundo e não as provas apresentadas pela acusação. Não estava lá, mas pelas informações, a Promotoria provou que foi execução. A tese da defesa de que o ladrão já estava morto, quando o Policial atirou, foi a que prevaleceu no conceito do Júri.

Assim pensei se não esta na hora, de repensar os métodos e formas de condução de um processo judicial.

Primeiro entendo que o código penal, deva ser revisado, alterado, mudado. Segundo que a sociedade civil possa, opinar nas mudanças do sistema de forma efetiva. Terceiro que os Julgamentos, possam ser analisados, por um conjunto de “notáveis”, homens e mulheres do direito, em conjunto com cidadãos representantes da população. Penso que uma somatória da razoabilidade com a emotividade, seja um caminho viável para a busca de Justiça.

Entendo que o conceito de Justiça, é amplo e vasto, não pode limitar-se a legislação. O ser humano, é composto por vários sentimentos e os mesmos devem ser considerados nos julgamentos.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

EMPREENDEDOR OU ADMINISTRADOR PÙBLICO


O Prefeito Silvio Félix, em audiência pública no auditório do ISCA Faculdades no dia de ontem, afirmou que a Prefeitura é uma empresa e como tal deve ser administrada. Fiquei cá com meus botões. A concepção de administração da maquina pública, do dinheiro do contribuinte e do patrimônio, é a do lucro e dos negócios?. A idéia de que a coisa pública seja gerenciada, considerando o bem estar social, invertendo prioridades e valores, não existem na plataforma do chefe do executivo?.

O conceito clássico de empresa significa : associação organizada que, sob a direção e responsabilidade de uma pessoa ou de uma sociedade, explora uma indústria, um ramo de comércio ou outra atividade de interesse econômico. Interesse econômico, este é o X da questão. Não comunga com interesses de bem comum, onde a qualidade de vida é o objetivo central. Confesso que, no cotidiano das repartições publicas, é preciso negociar preços de serviços e materiais, alem de adotar critérios de disciplina para o gerenciamento de servidores públicos. No entanto, a meta não é acumulação de riquezas, nem a relação humana deva ser visando a produção de produtos.

Penso que a administração publica, seja qual esfera for necessita de relações internas e externas, que promovam a solidariedade e a eficiência na condução dos serviços prestados a população. As vezes confunde-se competência, com um ambiente movido a chibata e a administração com métodos advindos da econômia de mercado.

É compreensível que o Prefeito, pense que a Prefeitura é uma empresa. Ele em toda a sua vida, atuou como empresário, nunca teve experiência publica, exceto uma passagem curta no Governo Paulo D’Andréia nos anos 90, mas possivelmente nesta mesma concepção de gerenciar. Outro aspecto a considerar é o fato, de que o Sr. Prefeito, jamais militou junto aos movimentos sociais organizados, faltando a ele compreensão agora de como apresentar ao povo, uma linha de trabalho que aponte para uma cidade melhor e mais humana.

Entendo agora, porque insistiu em nomear sua mulher em cargo comissionado, quando a opinião publica refutava, a contratação de parentes. Entendo também, porque parte considerável dos serviços, estão sendo, entregues a iniciativa privada, ou por concessão ou por sistema de terceirização. Igualmente tenho certeza agora, do porque o Prefeito quer implantar um programa de demissões voluntárias, ou esta com tanta pressa em alterar o zoneamento urbano, quando um plano diretor passa por elaboração exatamente para planejar o município, visando qualidade para os munícipes.

A administração municipal atual, desde o inicio do mandato tem sido alvo de inúmeras denuncias de superfaturamento em compras de materiais, denuncias de licitações irregulares e até taxada por alguns de balcão de negócios.

Uma afirmação como a que foi feita para uma platéia de mais de 300 pessoas, é perigosa e frustrante. Uma empresa é fria, calculista com funcionários e publico. Não pensa duas vezes em demitir, mudar de local, desde que possa continuar somando dividendos. A administração publica, ao contrario, deveria irradiar políticas de resgate da cidadania, promovendo direitos e fazendo com que o povo possa ser feliz com sua cidade e não pense em dela mudar-se ou compara-la com o que existe de pior.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

JUVENTUDE E CULTURA

Meu amigo, companheiro e irmão de Fé no Socialismo, Rodrigo Paixão, me ligou na ultima sexta-feira, informando que a Gessy Lever de Vinhedo, estava em Greve e pediu um favor. No sábado dia 09 de novembro, teria inicio na Casa de Retiros Santa Terezinha, em Limeira, um encontro da Pastoral da Juventude, da região de Sumaré. Ele tinha sido convidado, para ministrar uma palestra. Mas cansado em função do movimento na Gessy, solicitou se eu não pudesse, ir em seu lugar. Por ser meu amigo de longa data, aceitei substituí-lo.

O encontro tinha como tema central, a questão da Cultura e da Juventude. A organização, cabia a “Forania Cristo Rei”, forma organizacional da PJ, que reunia, jovens de Sumaré, Hortolândia e Paulínia. Meu tema, seria o de focalizar a questão cultural ao longo da História e na Conjuntura atual. Confesso que não sabia por onde começar. Passei toda tarde de sexta-feira, buscando uma forma de em quatro horas, tempo disponível para desenvolver o tema. Falar de Cultura, é deveras complexo, pois o assunto aponta para varias direções e suscita diversas interpretações.

Alem do mais, o publico era formado por jovens de diversas idades e experiências de vida. Conheço o universo das Pastorais de Juventude. Em sua maioria, são locais de encontro e passatempo. O aspecto evangelizador e no caso da Forania de formação, não atinge objetivos, já que a rotatividade é enorme. Então a minha responsabilidade, era enorme. Precisava criar uma metodologia que prendesse a atenção da garotada.

O eixo escolhido era o da História dos últimos 70 anos no Brasil e no mundo, focalizando a questão da Cultura. Iniciei com uma pergunta básica: “Gosto se discute?”. Estavam presentes por volta de 130 pessoas, não havia condições de ouvir a todos, mas busquei em todas as dinâmicas escolhidas, interagir o máximo que pude. A enquête foi discutida em grupos de dois ou três pessoas. As respostas escolhi e apurei por amostragem. O resultado era o esperado- Gosto não se discute-. A partir daí tentei a luz da História construir uma tese de que gosto se discute e é fundamental, para formação de consciências e identidades. Parti da formulação do extraordinário sociólogo Sergio Buarque de Holanda, em sua obra prima “Raízes do Brasil”, onde o Brasileiro tem uma definição de sempre ser cordial, nunca discordar ou demonstrar descontentamento.

Intercalei as falas com musica, poesia e até dançamos uma ciranda, ao som de Baiões, forrós e cantos folclóricos.

As conclusões do debate, foram de que é preciso construir uma identidade cultural, que resgate valores solidários, coletivos e fraternos. As expressões e manifestações culturais, são instrumentos, para esta construção, que deve sempre caminhar rumo a transformação social.

Foi muito bom, passar algumas horas naquele ambiente, decorado por bandeiras da PJ, de movimentos sociais, de instrumentos de percussão, livros de cordel. Poder conviver com meninos e meninas que não conhecia e perceber que tem muita gente boa fazendo, militância política, com o intuito de conquistar mudanças.

A coordenação da Forania esta de parabéns, por desenvolver este trabalho que presta um grande serviço a luta dos pobres e excluídos, rumo a um mundo melhor

TEXTO DE AMIGOS


O email abaixo foi enviado por minha amiga Katia Marchioni, falando da Greve de Professores e Estudantes da UNIMEP, após a demissão de mais de 100 docentes e o recesso acadêmico, decretado pela reitoria:

Boa tarde Galera!
Todos devem estar ciente da situação da UNIMEP, neste momento, pois bem, acabamos de conseguir a 1.a. Vitória !!!!!!!!!!!!!
Jornal Regional da EPTV:

Houve agora de manhã uma reunião de negociação entre reitoria e Adunimep no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas onde não se chegou a um acordo formal sobre as demissões, mas o Juiz em caráter de Urgência delegou 2 medidas para serem resolvidas rapidamente a questão dos alunos:
1) que a Reitoria determine o fim do recesso das aulas (q é ilegal diga-se de passagem) e;
2)q os professores suspendam a greve;
Para q uma nova rodada de negociação q está marcada para sexta seja viável. Os professores farão uma assembléia hoje a noite, é importante todos nós participarmos e verficarmos se o Reitor revoga o recesso por que se não, além de ele desobedecer o juiz estará afrontando professores e alunos.
Convoque todos os estudantes, seus amigos, contatos, ... etc... é muito importante a presença de todos, hoje 19:30 hs na Unimep Campus Taquaral estaremos reunidos tb para o 1º passo da solução contra a DITADURA do FEITOR "Davi Ferreira Barros"!!!

FORA DAVI!!!! FORA DAVI!!!

CHEGA DE PILANTROPIA!!!

EI, REITOR, CADÊ MEU PROFESSOR???.....

terça-feira, dezembro 12, 2006

O DYLAN BRASILEIRO


Zé Geraldo é um dos Icones de minha Geração. Sua canção "O Cidadão", foi a primeira a despertar em mim, o seu compromisso com a luta do povo por transformações sociais. Tinha em vinil, boa parte de seu acervo. Pude constatar que Zé não tem nenhuma pretensão e amarras com o mercado fonográfico.
Sua trajetória, de dedicar sua carreira, á serviço das lutas operárias e camponesas, acompanhei estes anos todos. Ví seus Shwos, em comicios do PT, manifestações de trabalhadores Sem Terra, 1º de Maio e varias outras atividades das esquerdas e dos movimentos populares.
Em Limeira, Zé Geraldo, esteve em 1981, em um espetaculo promovido pela Pastoral da Juventude e o Projeto de Periferia. Ele chegou algumas horas antes do Show. Almoçou e descansou na casa paroquial da Igreja de Nossa Senhora Aparecida na Vl Queiróz. Comenta-se, eu não estava lá, que o cara bebeu todas e que quis experimentar, a pinga da terra, a hoje falecida Limeirinha. Sua apresentação foi no Vô Lucatto e lotou o ginásio de esportes.
Zé Geraldo, pode ser considerado, nos dias atuais, como um artista Cult, que não toca nas radios com frequencia, nem se apresenta no Faustão e no Gugu.
Considerado o Bob Dylan Brasileiro, Zé é mineiro, e tem um estilo musical, que mistura Rock In Rool, com batidas regionais.
Quem for a Campinas, vai sem dúvida alguma presenciar, uma noite de músicas engajadas em um mundo melhor e mais humano.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XXVII

Fui assessorar o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campinas, no final de 1989, após coordenar as eleições sindicais, naquele ano, que fez com que a Chapa identificada com a CUT PELA BASE, derrota-se o grupo da Articulação Sindical, por míseros três votos. Esta ínfima, diferença motivou a chapa perdedora, a tentar barrar judicialmente a posse dos vencedores, alegando que o quorum para a realização do pleito, não tinha sido atingido. Na verdade não o tinha mesmo, mas um acordo das chapas e um documento assinado pelos respectivos candidatos á Presidente, rezava que ninguém buscaria a justiça. A Articulação não respeitou esta premissa e tentou uma liminar judicial. Não conseguiram tal intento, foi a eles negado o pedido, em virtude do documento assinado. A posse da nova direção foi marcada.
Porem ao chegar, no Sindicato, sito a Rua Barão de Jaguará, no centro de Campinas, o grupo encontrou, fechaduras das portas trocadas, os carros da entidade não se encontravam no estacionamento e ao conseguir entrar no prédio, talões de cheque e outros documentos financeiros tinham sido levados pelo anterior Presidente, derrotado nas urnas. Toca em véspera de ano novo, buscarmos a justiça, para apreender os bens furtados, por militantes que se diziam companheiros. Era 30 de Dezembro de 1989, e as nove da noite, o material e os carros roubados foram devolvidos.

Pois bem naquele novembro de 1992, este mesmo grupo tenta ter de volta o segundo maior Sindicato de Trabalhadores de Campinas e do Estado no ramo da Construção Civil. Em três anos e meio que lá fiquei, pude ter conhecimento de um universo até então distante de minha realidade. A maioria dos Trabalhadores deste segmento, era semi analfabeto, somente assinava ou rubricava o nome. A migração era hegemônica, sendo que com a temporalidade das construções, a mão de obra, vinha em sua maioria de Estados como Minas, Bahia, Pernambuco e outros do Norte e Nordeste. A sindicalização era muito baixa, em função desta realidade. Os anos 90, em seu inicio foram generosos para a industria da Construção Civil. Principalmente pelo fato, dos sucessivos governos, investirem em obras de infra estrutura e faraônicas, em especial os de São Paulo, o Governo Sarney e Collor. Em Campinas o setor chegava naqueles anos, a quase 60mil trabalhadores.

Eram estes os desafios que tinha pela frente. Era minha primeira real experiência em assessoria sindical, com um grupo de limitações políticas e pessoais das mais diversas. Foi um mandato tumultuado e polêmico. Porem conseguimos, mesmo sem estar totalmente maduro, contribuir para bases sólidas, de concepção de Democracia, Ética e Solidariedade. Eu ainda tinha vícios inerentes a um período de formação ideológica, que me levava ao Sectarismo e ao basismo desenfreado. Aliado a esses sintomas, minha personalidade explosiva e franca, criava problemas junto a uma direção, que tinha dificuldades de compreensão de um projeto de transformação da sociedade, cujo papel de fomentador da luta de classes, o sindicalismo tinha que cumprir.

De 1990, até meados de 1992, assessorei o antigo Departamento Estadual dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado de São Paulo, donde surgiu a Confederação Nacional da CUT. Este e a primeira escola de alfabetização de adultos da Categoria, foi idealizada por nós, em conjunto com a diretoria do Sindicato. Não vou fazer nenhuma lista de serviços prestados, mas a concepção de que Sindicato não deve resumir suas ações a luta por salário, iniciamos naquele rico momento, que culminou com a vitória da Chapa de esquerda no Pleito de Novembro, com 80% dos votos válidos.

E com este relato, o ano de 1992, termina e aponta que 1993, seria o prenuncio de dias dificieis para o povo Brasileiro.

terça-feira, dezembro 05, 2006

UM POEMA INÉDITO


O poema abaixo foi elaborado em formato Hai Kai, originário do Japão, consta em seus primeiros escritos de 17 silabas em três versos. O Primeiro a introduzir o Hai Kai no Brasil foi Guilherme de Almeida, que utilizava rimas no final dos versos. O Curitibano Paulo Leminski nas décadas de 70 e 80, traz de volta a forma original sem as rimas. O meu Hai Kai, foi feito por pedido de minha Amiga Thalita, que queria um texto para seus cartões de natal. Há muito tempo pretendia fazer e acabei fazendo 13 estrofes, que podem ser utilizadas, separadamente.

HAI KAI ANUAL

JANJÃO/06

I
Poxa, ufa, o tempo passou
A primavera despertou
e o cansaço solapou

II
Tempo que quase naufraga
Tempos tão modernos
Que machuca e educa

III
Folias, diversão e prazer
Combustível de batalhas
Remédio pro xô deprê

IV
Coloridos dão destaque
E sobrepõe as trevas
Promove o diferente, o diverso

V
Como um Almodóvar
O brega vira chique
A tragédia vira festa

VI
Deuses se apresentam
Cada qual com soluções
E a geléia mística forma-se

VII
Tabus quebram ou não
Medos se vão ou não
Certezas versus incertezas

VIII
Amores a cada segundo
De todas as formas, jeitos
Elixir de vida e esperança


IX
Morte sempre mistério
Como Noel, o do trenó
Saber?, basta acreditar

X
Dia ótimo ou ruim
Rotina amarra
Dinâmica liberta

XI
Oh sonhar, doçura, delicia
A dois, a três, a mil
É mais gostoso

XII
Em três centenas e seis dezenas e cinco unidades
A aventura elabora a História

XIII
Com pecados, virtudes
Solicitudes e saúde
A humanidade caminha





segunda-feira, dezembro 04, 2006

EU E A HISTÓRIA ELEITORAL XXVI


A campanha Eleitoral de 1992, teve para a tendência Fórum do Interior sua prova de fogo. O grupo que tinha suas origens nas pastorais populares da Igreja Católica, que optou por um Sindicalismo combativo e de luta, mas com fortes sintomas do anarco sindical, vinha para o interior Partidário, com uma proposta, de construção de uma referencia de luta pelo Socialismo. Embora esta concepção fosse assimilada por parte das lideranças, enquanto a base do FI, praticava ações mais por conta do voluntarismo e dos ensinamentos da Teologia de Libertação, em alta nos anos 80. A vitória com quase 80% dos votos no inicio do ano no diretório, desbancando uma década de hegemonia da Articulação no comando do PT, dava inicio a uma nova era no Partido.

Porem o processo eleitoral, em termos quantitativos, não obteve o resultado esperado. O Sindicalista Wilson Cerqueira, não emplacou do vista numérico e isto influenciou na eleição dos proporcionais. Por outro lado a candidatura de Cerqueira, foi outra demonstração de que a esquerda Petista, buscava intervir com maior vigor nos destinos da cidade. Alem disto, a população pode tomar conhecimento de novos nomes na política Limeirense.

No computo geral, os 20 anos de revezamento de poder dos dois grupos políticos, não se encerrou neste processo eleitoral. Pelo contrario, Jurandir Paixão, voltava ao poder e com ele toda uma gama de políticos e assessores, que percorreram toda a década anterior, implementando um populismo autoritário e caudilhesco. Paulo Palmiro Veronesi D’Andréa, fragorosamente derrotado, termina seu ultimo mandato, com seu nome e governo aliado a Collor de Melo. Em 2001, o então Prefeito D’Andréa, mudou do escabroso PDS para a legenda de Fernando, o PRN, na esperança de obter recursos. O máximo que conseguiu foi a construção de um modelo porcamente copiado de Leonel Brizola, o CIEPs- Centro Integrado de Educação-, que na era Collorida, foi intitulado como CAIC. Em Limeira foi implantado no PQ. Nossa Senhora das Dores. Medida populista e eleitoreira, não emplacou e hoje funciona como Unidade Básica de Saúde e Escola de Ensino Fundamental.

Eu por outro lado, saí desta eleição e fui organizar o processo de eleições do Sindicato dos trabalhadores da Construção Civil de Campinas, onde exercia a função de Assessor de Diretoria. Duas chapas em disputa, marcavam o que representava a luta interna do Interior da Central Única dos Trabalhadores. Nossa Chapa, formada por companheiros ligados a corrente sindical CUT PELA BASE, que com exceção do PSTU, Causa Operaria e o Trabalho, abrigava todas as correntes de esquerda da Central. A CPB, no ano anterior no 4º Congresso da Central, foi violentadamente fraudada na principal votação, o que instituía a proporcionalidade direta e qualificada para todos os cargos da CUT. Foram realizadas três recontagens de voto, para que a Articulação anuncia-se que a proposta não foi aprovada. A outra chapa era formada por ex diretores do Sindicato que em 1989, foram derrotados pela CPB. Tinha alem do apoio da Articulação, a direita da Federação Estadual do Setor, que investiu muito na chapa de nº.2

Sabíamos que vencíamos o pleito. Mas também tínhamos clareza de que o nível seria muito baixo.

CONTINUA.......................................

sexta-feira, dezembro 01, 2006

TEXTO DE AMIGOS


Preconceito
Policiamento 2
Talvez seja este o texto que tenha irritado o Hess. A seguir:
"Cleide estava no telefone público. Quase nem acreditou quando os rapazes contaram a história. Ao abrir o portão, viu o saco plástico com um cacho de banana e dois bilhetes. Em um deles, uma mensagem: "Macaca, gorda, desgraçada. Você vai morrer, vagabunda, ou vai ter que mudar daqui". Ela ficou estarrecida. Ligou para a polícia imediatamente.
Quando o policial chegou ao local, Cleide percebeu uma certa resistência. "É complicado, tem que ter provas para isso", falou o policial. "Moço, eu tenho várias testemunhas que viram que foi ela. Foi ela que jogou essas coisas no meu quintal", retrucou Cleide. "É, mas ela disse que esse pessoal que viu não é confiável", falou o policial. "Mas quem tem que decidir sobre as testemunhas é o juiz, não o senhor", rebateu a mulher.
É por isso que Cleide sustenta uma tese de que não existe democracia racial. "Na realidade, estamos tão atrasados nessa questão que até mesmo o ato de fazer uma denúncia de racismo gera incômodo. As entidades se retraem", critica. Ela ataca as entidades do movimento negro na cidade. Cleide diz ter feito denúncias no Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro (Comicin) e até na Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Não houve providência.
SONHO
O episódio narrado ocorreu em outubro. Desde então, ela teve que agregar à rotina nove remédios e participar de terapia de grupo. Entre os remédios para o coração, ansiedade e anti-depressivo, ela faz tratamento para Síndrome do Pânico. E tem dificuldades para dormir. Freqüentemente, acorda sobressaltada. A agressão dilacerou até os sonhos. "O último sonho que tive foi que era apedrejada na rua onde moro", conta, aturdida.
A mulher - que prefere não se identificar completamente para evitar retaliações - encontrou respaldo da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal.
Cleide conta também que o filho já foi alvo de preconceito. "Ele estava em um bar próximo ao Velório Municipal quando chegou um cara, bateu no peito dele e disse: ++Ei, aqui não é lugar para preto não++", diz a mãe.
APARTHEID
O filho da arrecadadora de pedágio Marcélia das Dores Silva sentiu na pele também o poder da indiferença. Segundo Marcélia, ele perdeu uma oportunidade do estágio na administração municipal em virtude da cor da pele. "É de uma forma velada, você nem percebe", observa.
No caso da paulistana Cleide, o ato provocou cicatrizes. Quando saiu de São Paulo, depois de perder o emprego na Secretaria de Transporte Metropolitano na Capital, nunca mais teve um emprego fixo.
"Foi uma escolha infeliz", desabafa. Ela mudou-se para Limeira porque a mãe nasceu na cidade. Hoje, a situação dela não é boa. Para sobreviver, Cleide lixa jóias. Ela está magoada com a vida, mas não desanima. Esboça uma tímida alegria ao dizer que vai concluir o ensino médio este ano. Está em seus planos um curso superior na área de Direito ou Sociologia. "A gente vive em apartheid social", diz.
Para Cleide, o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, foi banalizado. "Vejo como uma campanha de divulgação em massa. É lembrado hoje, porém é esquecido nos 364 dias do ano", reflete. Na visão de Cleide, a data exige profundidade na discussão."

PAULO CORRÊA- Extraído do Blog do Jornalista http://www.pautalivri.blogger.com.br/