TELÊ
A final do campeonato paulista de 1992. O Palmeiras meu time, estava a 17 anos na fila, não vencia nem torneio de futebol de botão. Porém naquele ano, estreava a parceria com a Parmalat e alguns jogadores de peso tinham sido contratados: César Sampaio, Zinho e Evair, por exemplo, a base que formaria o time vencedor dos dois anos seguintes. Estava esperançoso, afinal há muito tempo não disputávamos nenhuma final.
O calendário do futebol Brasileiro, sempre foi problema, desorganizado e esquisito. Naquele ano o Campeonato Nacional, antes disputado no segundo semestre, desenrolou nos primeiros seis meses do ano, cabendo o restante para os campeonatos regionais. Fizemos um belo campeonato. Mas encaramos o São Paulo pela frente.
O time pó de arroz tinha sido campeão Brasileiro um ano antes, derrotando o bom Bragantino na final. Bragantino que tinha, Carlos Alberto Parreira como técnico e que revelou jogadores, como Mauro Silva, Mazinho e Biro Biro. O time do Morumbi, iniciava o ano de 1992, com uma prioridade, vencer a Libertadores da América e disputar o mundial de Tóquio.
O São Paulo, tinha no comando técnico, o velho Telê Santana. O técnico pé frio e que descuidava da defesa, só pensava em atacar. Esta era a fama, do técnico que não venceu a Itália no Mundial de 1982, com aquele maravilhoso time, porque não quis retrancar a equipe para segurar o empate. Esta era a fama. Mas o tricolor, teve um ano fantástico.
Venceu a Libertadores, derrotando o Newell's Old Boys da Argentina, nos pênaltis e com muito sacrifício. È bom lembrar que o São Paulo, tinha sido rebaixado para a serie B do campeonato Paulista um ano antes. Pois o primeiro semestre, termina e o segundo o São Paulo vencia a serie B que naquele ano o campeão, disputava a serie A, uma segunda fase, coisa de cartola Brasileiro, que entende muito de esquemas e pouco de futebol.
Pois bem o time de Telê que até então tinha poucos títulos no currículo, disputava o Paulista, mas estava de olho no Mundial, no final do ano no Japão. O time campeão brasileiro e das Américas, estava pronto para enfrentar o Barcelona da Espanha, que tinha no ataque Stoichkov e Laudrup, o Búlgaro amigo de Romário e o Dinamarquês respectivamente. Mas o São Paulo de Zetti, Cafu, Raí, Muller e Palhinha, mostrou que era fenomenal e papou aquele mundial.
Pois bem era este time que voltava do oriente que o meu Palmeiras ainda em formação, enfrentaria na final do Paulista. Perdemos é claro. Mas pude ver uma geração de craques encantarem o País.
Telê o pé frio foi o responsável por esta geração de jogadores vencedores. Bem narrar este episódio futebolístico e a forma que encontrei de homenagear, o melhor técnico do Brasil em todos os tempos em minha opinião. Telê Santana.