quarta-feira, novembro 30, 2005

O D AFTER DE JOSÉ DIRCEU

Estávamos na frente da porta de fábrica da São Paulo Alpargatas, antiga Tênis Rainha, unidade de Mogi - Mirim.

Era o ano de 1994, dois dias após o lançamento do Plano Real, pelo então Ministro da Fazenda FHC, no então governo tampão de Itamar Franco, vice do cassado Collor, dois anos antes.

Reunidos ali para uma conversa com o turno da tarde da fábrica, estavam sindicalistas, militantes do PT e assessores da campanha para o governo do Estado. Zé Dirceu, o então deputado federal, ex estadual, na época secretário geral do PT nacional, era o candidato petista para governador, em uma eleição que tinha como adversários o tucano Mario Covas e Paulo Maluf.

Muito simpático, ao contrario do que imaginava, conversei pela primeira vez, com um de meus ídolos, o homem que enfrentou e enganou os militares, vivendo no País com outra identidade por 5, 6 anos. Conversamos por vários minutos, na porta da fabrica. Pude sentir ao ouvir aquele homem, a capacidade de elaboração política e de disciplina partidária.

Zé Dirceu nunca foi amado no interior do PT, sempre teve mais inimigos do que amigos, da esquerda á direita. Mas todos sempre reconheceram sua enorme capacidade em controlar máquinas partidárias, bem como sua profunda e inabalável força na articulação. Há quem diga de sua explosão emocional, a ponto de jogar na parede ou arremessar em companheiros aparelhos celulares e relógios.

Certa vez, lá nos anos 80 um velho militante do Partidão ao qual conheci e que não recordo o nome, dizia que a ALN-Aliança de Libertação Nacional - organização guerrilheira dos anos 60 fundada por Carlos Marighela, estaria mais viva como nunca, sendo capitaneada por Zé Dirceu. ALN foi um racha do PCB, mas suas concepções permaneciam muito próximas do Stalinismo, vertente que acredito o ex ministro chefe da casa civil, tem nas veias e nunca abandonou em minha humilde opinião.

Independente se será cassado ou não, no dia de hoje, tenho que reconhecer a enorme capacidade de resistência de Zé Dirceu. Seu esforço em provar sua inocência, é de um belo exemplo a qualquer militante.

Tenho cá comigo, que o esquema de mensalão existiu embora ninguém prove. Também concordo com quem diz, de que Zé Dirceu foi o chefe deste esquema, embora haja quem diga que não se beneficiou em nada com as possíveis benesses destes processos.

Mas apesar disto tudo, Zé Dirceu é um legitimo Stalinista, onde "Os fins justificam os meios", e se for para o bem de uma concepção a qual defende, é capaz de tudo, para que o mesmo obtenha êxito.

Caso o STF não casse a sessão da câmara de hoje, o ex líder da esquerda no episódio da Rua Maria Antonia em 68, será banido do Parlamento Brasileiro. José Dirceu é um militante político clássico, que a causa esta acima dos interesses pessoais. Fazer sacrifício para garantir que o movimento não perca nada, é comum na vida de seres humanos como o ex Presidente do PT.

No fundo de meu coração torço para que o arrogante que não conheci, o simpático que conversei por alguns minutos seja absolvido, mas a razão e as evidencias pedem para que seja cassado.

Uma pagina da História será escrita hoje e pode constituir-se ou em uma injustiça ou na justiça. A mesma História que nunca erra dirá se o desfecho deste episódio foi justo ou não.

terça-feira, novembro 29, 2005

O PAPA NÃO É POP E È DA OPUS DEI II

Um garoto, de seus 17 anos, segundo grau completo, faz uma entrevista, com o reitor de Seminário Católico, formador de presbíteros para a santa madre:

- Bom dia excelência. Cumprimenta o vigário

- Bom dia. Vejo que tem fala fina e macia.

- O senhor acha?.

- O homem que é homem, tem voz forte e grossa.

- Sou de uma família com muitas mulheres.

- Único Varão?

- Não, tenho mais dois irmãos.

- São afeminados com você?

- Não eu não sou...Interrompido pelo padre

- Não contrarie a posição da igreja, ela é santa e por isto não mente. Você tem trejeitos femininos. Quando criança, brincastes com boneca ou revolver?.

- Se... desculpe excelência, eu sempre gostei de brincar com todo mundo, menina, menino, para mim não importava.

- Já fez sexo?

- Excelência, esta é uma pergunta embaraçosa..

- Responda

- Não

- Nem solitário

- Como?

- Masturbação, sabe que é pecado?

- Algumas vezes...

- Em quem pensastes, enquanto masturbava-se...

- È muito embaraçoso. Em fotos

- De homens ou Mulheres.

- Por favor, eu tenho vergonha...

- Já entendi. Quando ficaste nu perante outros homens, o que sentes?

- Nunca fiquei nu perto de outras pessoas.

- Mas já viu outro homem pelado, em fotos, TV..

- Sim, mas...

- O que sentiu, o que sente...

- Padre eu não sei porque este interrogatório.

- Responda, em nome de Deus.

- Vergonha, acho, arrepio, não sei...

- Não tem certeza ou esta escondendo o que sentes.

- Não sei.

- Você é Gay?

- Não excelência, não...

- Mas homem não masturba, pensando em outro homem, nem vê fotografia ou filme de homens nus...

- Não, não sou.

- Você é, porque brincava de bonecas e com meninas.

- Não eu não sou.

- A igreja não permite bichas. Bichas são espectros do demônio...

- Ex....

- Não você não será aceito. Você tem tendências Homossexuais.

- Senhor eu....

- Passe bem.

O reitor indica a porta da sala, o garoto de cabeça baixa, sai pela porta afora.

E a Inquisição esta de volta.

segunda-feira, novembro 28, 2005

MINHAS PREFERIDAS- IRENE

Irene é uma das irmãs de Caetano Veloso, a caçula. Esta canção foi dedicada a ele e gravada pela primeira vez no LP de Caetano em 1969. Disco feito após Caetano e Gilberto Gil terem saído da prisão e antes de partirem para Londres em um exílio forçado pelo regime militar, que vai durar até 1972.

O disco foi gravado apenas com violões e com a participação de Gil. Feito no confinamento em Salvador, o LP traz um clima de depressão e intimismo, tanto que Irene não tem orquestração, é feito apenas com a voz de Caetano.

A canção soa como uma despedida de Caetano de sua família preconizada na irmã mais nova. O disco traz perolas de nossa música e do repertório de Caetano Veloso, como os Argonautas, inspirada no Lusíadas de Camões, Carolina de Chico Buarque, cantada no lirismo deprê em que encontrava-se nosso compositor Baiano e tem a Histórica Atrás do Trio Elétrico que vai ser o marco do carnaval durante anos.

Gosto da versão do disco de 69, mas morro de rir com a gravação de Tom Zé, que saiu pela primeira vez em uma coleção da editora Abril “História da MPB- Vol. 22/Caetano Veloso” e podendo ser facilmente encontrada na coletânea 20 preferidas de Tom Zé de 1997 da gravadora RGE.

FRASES

MEDO: È preciso sentir, quem diz que não tem, sofre de arrogância.

ARROGÂNCIA: Sinônimo de ignorância.

TRISTEZA: Fome, Miséria, Desolação.

PICARETA: Alguns políticos que conheço, tanto de direita, como de Esquerda.

COERÊNCIA: Acordar de manhã e dizer Eu Te Amo e a noite antes do repouso, Dizer Eu Te Amo.

PROMESSA: Nada haver.

COMPROMISSO: Melhor que promessa.

ANSIEDADE: Me leva a ser grosseiro e ficar obeso.

EQUILÍBRIO: O que é preciso para um Revolucionário.

SACRIFÍCIO: Apenas os que valham a pena.

domingo, novembro 27, 2005

MEUS VINÍS XIII


REALCE

ARTISTA: GILBERTO GIL

ANO: 1979

PRODUÇÃO: MAZOLA

MÚSICOS (DESTAQUES): SERGIO DIAS –Ex Mutantes- (guitarra solo na faixa “Não Chore Mais”), LINCON OLIVETTI (fender Rhodes e piano na faixa “Não Chore Mais”), LIMINHA (Baixo na faixa “Não Chore Mais”), PERINHO SANTANA (Guitarra).

GRAVADORA: WEA

MÚSICAS


LADO 1

REALCE- (Gilberto Gil)

SARARÁ MIOLO- (Gilberto Gil)

SUPERHOMEM, A CANÇÃO- (Gilberto Gil)

TRADIÇÃO- (Gilberto Gil)

LADO 2

MARINA- (Dorival Caymmi)

REBENTO- (Gilberto Gil)

TODA MENINA BAIANA- (Gilberto Gil)

LOGUNEDÉ- (Gilberto Gil)

NÃO CHORE MAIS (No Woman, No Cry)- (B. Vicente Versão: Gilberto Gil)



COMENTÁRIOS

Realce fecha a simbologia do R, iniciada com Refazenda (disco rural), tendo Refavela como segunda obra(raízes negras), passando por Refestança com Rita Lee (elogio a dança e ao Rock in Rool) e terminando com este que faz uma síntese dos anteriores, propondo festa ao invés de terror. O disco lançado em 1979, ainda sobre os auspícios do regime militar, caracterizava a possibilidade de mudanças no País, pois um ano antes se instituiu a anistia aos presos e perseguidos políticos. Realce procura de forma metafórica, traduzir o clima de alegria pela possibilidade de respirar democracia. Das nove faixas da obra, apenas Logunedé não ficou nas paradas de sucesso, o disco foi um dos mais vendidos e tocados na época. Gil sempre foi notabilizado, por vanguardista, por lançar novidades, neste o novo ficou no Regue No Woman No Cry, cantada originalmente por Bob Marley e que com a versão de Gil, o estilo Jamaicano, foi popularizando no Brasil, embora já obtinha vários adeptos. Destaque para a Homossexual Super Homem a Canção, a sempre Marina, em uma roupagem Dance e Toda Menina Baiana. Mas foi com Não Chore Mais que o disco tornou-se clássico para todo o sempre.

sábado, novembro 26, 2005

MEUS VINÍS XII



BICHO DE 7 CABEÇAS

ARTISTA: GERALDO AZEVEDO

ANO: 1979

PRODUÇÃO: CARLOS ALBERTO SION

ARRANJOS: GERALDO AZEVEDO

REGÊNCIA E ORQUESTRAÇÃO: DORI CAYMMI, PAULINHO MACHADO E GERALDO AZEVEDO

MÚSICOS (DESTAQUES) : ZÈ RAMALHO, NOVELLI, DOMINGUINHOS, NIVALDO ORNELAS.

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:
ELBA RAMALHO (na faixa “Bicho de 7 Cabeças II) E DONA NENZINHA DO JATOBÁ

GRAVADORA: CBS, selo EPIC

MÚSICAS

LADO 1

VENEZA AMERICANA- (Geraldo Azevedo Carlos Fernando)

SEMENTE DE ADÃO- (Geraldo Azevedo Carlos Fernando)

O MENINO E OS CARNEIROS- (Geraldo Azevedo Carlos Fernando)

ASAS DE VERÃO- (Geraldo Azevedo Carlos Fernando)

GRANDE MOMENTO- (Geraldo Azevedo Carlos Fernando)

LADO 2


BICHO DE 7 CABEÇAS II- (Geraldo Azevedo-Zé Ramalho-Rocha)

TAXI LUNAR- (Geraldo Azevedo-Zé Ramalho-Alceu Valença)

PAULA E BEBETO- (Milton Nascimento e Caetano Veloso)

MEU PIÃO/AGUAS DE MARÇO- (Zé do Norte/Tom Jobim)

ARRAIAL DOS TUCANOS- (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando)

NATUREZA VIVA- (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando)



COMENTÁRIOS


O Pernambucano de Petrolina, é um dos maiores propagadores da chamada mistura de ritmos nordestinos e Rock In Rool. Este LP, terceiro da carreira, alçou Geraldo Azevedo como um dos mais importantes compositores da MPB. O bolacha que tenho, não possuí ficha técnica (encarte), então fui obrigado a recorrer ao site do artista-
www.geraldoazevedo.com.br . Já na ficha notamos a constelação de músicos e artistas de primeiríssima qualidade, entre eles a turma da qual Geraldo iniciou sua trajetória e da qual faz a maioria de seus trabalhos- Zé Ramalho, Alceu Valença, Elba Ramalho e outros-. Aliás foi com Alceu que gravou seu primeiro LP, em 1973. Agora o Bicho é uma daquelas obras primas que tornaram se clássicos e são ouvidos e cultuados até hoje. Gosto de todo o disco, mas todo o lado B deve ser agraciado com maior intensidade. A obra traz a primeira parceria de Caetano e Milton Nascimento (Paula e Bebeto), uma ode as formas de AMAR e AMOR. Belo.




sexta-feira, novembro 25, 2005

AGORA TODO MUNDO PODE POSTAR COMENTÁRIOS

Fiz as pazes com o blog. Agora quem aqui navegar poderá postar comentários, sem precisar ter conta no blogger. Escrevam estou ansioso pra saber o que pensam de meus textos.

DIA INTERNACIONAL DE NÃO-VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Hoje é o Dia mundial da não violência contra as mulheres. Posto para refletir texto do blog www.noblat.com.br :

CRIME INFAME - Homens pelo fim da violência contra a mulher

No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, um rapaz de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ele ordenou que os homens (aproximadamente 48) se retirassem da sala. As mulheres deveriam ficar. Gritando “Você são todas feministas!”, esse homem começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se.

Em uma carta, ele argumentava que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido exclusivamente a homens

As catorze estudantes assassinadas tornaram-se um símbolo da injustiça praticada contra as mulheres. O dia 6 de dezembro inspirou a criação da Campanha do Laço Branco – www.lacobranco.org.br – que busca sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.

quinta-feira, novembro 24, 2005

O PAPA NÃO É POP E È DA OPUS DEI

O Papa Bento XVI, proibiu a baiana Daniela Mercury de cantar nas festividades do Vaticano em função do Natal. Proibiu não porque sua concepção é conservadora e camisinha impede a reprodução e estimula o sexo antes do casamento.

Também não proibiu apenas para manter os fieis na ignorância total e amarrados nos dogmas de uma igreja que custa a entrar na modernidade. O Papa não proibiu a linda Daniela de cantar, apenas porque ela tem posicionamento claro pela vida e por isto fez o comercial gratuito do uso do preservativo como forma de combater a AIDS.

O Papa Bento, ex chefe da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, ex tribunal da Inquisição, proibiu a nossa rainha da Axé Music, porque não gosta de liberdade, detesta esta palavra, que Cecília Meireles definiu com grande propriedade em o "Romanceiro da Inconfidência".

Pois quem ama a Liberdade, ama a Vida. O Papa quando chefe da Inquisição dos tempos modernos, já dava sinais de que gostava da morte.

Perseguiu teólogos da libertação (como Leonardo Boff), convenceu o Papa João Paulo II, a reconhecer uma das organizações fascinada pelo fascismo e acusada de ter sido aliada de Hitler e Mussolini da Segunda Guerra: OPUS DEI.

Bento XVI, já tinha dado sinais na semana passada, quando tira a autonomia da ordem dos Franciscanos de Assis, que durante décadas, promoveram a paz entre os povos como nenhum outro setor da igreja o fez.

Bento XVI, não só é retrogrado, como encarna os prelados da Idade Média, amigo dos afortunados e carrasco dos pobres.

EX PREFEITO NA CADEIA

Não é sobre Limeira, que pena. Aconteceu no dia de ontem na cidade de Vinhedo, o famoso principado, como exageradamente a Burguesia local, refere-se à cidade da uva.

Conheci Milton Serafim, hoje preso por corrupção no presídio de Sorocaba. Miltão como era chamado, foi eleito prefeito em Vinhedo, em 1996, em uma coligação como o PT. Foi esta aliança que deu inicio a uma crise sem precedentes no Partido local. Coligação que foi renovada com as bênçãos de Lula em 2000.

Tucano por conveniência Milton Serafim governou uma das maiores rendas per capitas do Estado (se não me engano a quinta maior), por oito anos, em completa lua de mel, como os Petistas da Articulação. Populista e com dinheiro em caixa, solucionou problemas de décadas, que outros não fizeram.

Defino Miltão, como um predador liberal, ou seja, enriqueceu-se com dinheiro público, mas executou algumas obras de cunho popular e de necessidade do município, enquanto os anteriores nem isto foram capazes de fazer.

Sua relação com o PT, sempre foi a de dar cargos, utilizar-se de algumas bandeiras que interessavam (como o Orçamento Participativo) e exigir fidelidade a todos os seus atos. A parcela governista do PT, acatava costumeiramente com um sim senhor.

Tinha a câmara municipal no bolso, e fazia uma política de chantagem e propina com políticos e lideranças populares. Conseguiu a reeleição com quase 80% dos votos validos.

Favorecido pelo rico orçamento, pela esperteza em programar ações fáceis de serem realizadas e com os ricos satisfeitos, pois a eles beneficiava (em especial os luxuosos condomínios e especuladores imobiliários), MS nadou de braçada e só não elegeu o sucessor, porque fez à tática do apóia, mas não entra, para assim não criar cobra para picar.

Este Senhor o qual me disse certa vez que se pudesse me dobrar (não sei como?), gostaria de me ter em sua equipe, esta preso por corrupção. Esta preso por beneficiar setor da Burguesia, que mais ganhou em seu governo: o Imobiliário. Foi este senhor que o PT vinhedense chamou de moderno, democrata e acima de qualquer suspeita. Este senhor agora esta preso e é uma pena que esteja sendo beneficiado pelo fórum privilegiado, uma imoralidade apoiada pelo Governo Lula, que lhe da cela especial, mesmo sem ter curso superior, apenas por ter sido Prefeito.

quarta-feira, novembro 23, 2005

A BURGUESIA OCIOSA

Desde que o mundo é mundo, uma discussão pula de boca em boca entre os seres humanos. O pobre trabalha, o rico não, apenas administra seus lucros. Quando conheci a literatura Marxista, entendi que o sistema em que vivemos é o da acumulação de riquezas e sua conseqüente concentração.

A classe social que utiliza deste expediente, leva o nome de Burguesia, origem de Burgos, aldeias, cidades onde se concentravam na idade média, os comerciantes, banqueiros e futuros empresários da grande indústria, que formavam a classe média daquele período, que embora tivesse dinheiro e posse dos meios de produção não possuía o poder político, que permanecia nas mãos da monarquia e da igreja.

A Revolução Francesa em especial, vai alçar os Burgueses à categoria de classe dominante. Os Burgueses no sistema feudal, antes das Revoluções liberais, estavam a um degrau acima dos pobres (servos), mas submetidos à vontade dos Reis e Papas.

Um escritor do século XVI, escreveu que: "Os servos carregam os burros nas costas, os burgueses pagam as despesas dos Burros, os padres rezam para que servos e burgueses continuem a serviço do Rei e o Rei come, dorme e explora, deixando os servos na miséria, burgueses sem poder político, padres alimentando espiritualmente esta idéia e os nobres vivendo no ócio".

As constantes transformações que vieram com as Revoluções Liberais, mudaram um pouco esta ordem. Derrubaram os Reis, que substituídos foram pelos Burgueses no poder agora político e econômico.

Quando iniciei minha militância no movimento sindical, perguntava sempre se o patrão trabalhava ou apenas regozijava-se das riquezas roubadas de nosso trabalho. Reflito ao longo dos anos, que o principal objetivo do burguês é a ociosidade. Ganhar dinheiro sem precisar trabalhar muito, a fim de sustentar suas ambições. O Burguês trabalha, isto não tenho a menor dúvida. Mas seus objetivos são completamente diferenciados dos trabalhadores. Enquanto em uma família de operários, Pai, mãe e filhos trabalham já desde o inicio da adolescência, em uma família de Burgueses, raramente dois ou mais membros entram no mercado de trabalho antes dos 25 anos, com formação acadêmica.

A acumulação por intermédio da exploração do trabalho alheio, é meta da Burguesia, que descobriu nos aparelhos do Estado, uma forma de viver com dinheiro público ou beneficiando-se das influencias e benesses deste mesmo Estado.

Tenho observado uma parcela desta classe social, que se beneficia do poder público. Sua principal intenção é viver cada vez mais ociosa e de preferência com muita ostentação. Para isto necessita que os pobres façam o trabalho pesado, sujo e humilhante, sobrando-lhe tempo para dedicar-se a outras atividades, nem sempre intelectuais, quase sempre espalhafatosa e de uma gastança e tanta.

Este setor da Burguesia não acumula patrimônio, pensa muito no hoje e agora. Com as crises econômicas e a globalização da economia, este segmento quebrou, vindo à bancarrota, perdendo empresas e enrolando-se em enormes dividas, por conta de que
o interessante é as viagens a passeio, mulheres e bebidas. Com isto tem agarrado na vida pública, vendo nela a saída para continuar na ociosidade.

Ideologicamente este segmento, é retrogrado, truculento, autoritário e preconceituoso. Repugna o moderno, mesmo que o novo venha da própria classe. Com o dinheiro público, são relapsos e corruptos ao extremo. Este setor tem se escasseado, nas últimas décadas, sendo alijados do poder.

Um outro grupo tem emergido e substituído este segmento. Feroz e cruel com os pobres, mas aberta ao conhecimento e habilidosa na propaganda. Esta nova Burguesia que surge no final dos anos 70, é muito mais concentradora de renda. Porem tolera com maior freqüência.

Defende integração e não inclusão, mas faz um discurso que às vezes parece até Revolucionário.

Collor de Mello, embora seja integrante do setor feudal da Burguesia Brasileira, quando na Presidência ensaiou discursos que o aproximavam deste novo modelo. Por exemplo, chamar o fusca produzido no Brasil de carroça, denunciava o atraso tecnológico em que vivia nossa indústria. No governo FHC, o moderno era defender o estado mínimo e não interventor na economia, realizando uma sangria privativa, jamais vista em nenhum outro País, contrapondo-se ao discurso da Burguesia "nacional", estatizante.

As duas como os Reis e os Papas exploram os pobres, e seu objetivo único é sempre acumular, para lucrar e viver na OCIOSIDADE.

terça-feira, novembro 22, 2005

DONO DE JORNAL TEM QUE TER POSIÇÃO IDEOLÓGICA

Conversava com alguns Jornalistas ontem, na câmara municipal, sobre o papel e comportamento da mídia na política. Acho hipócrita e mentiroso, o discurso de alguns órgãos de imprensa de que fazem um jornalismo isento e independente, de correntes ideológicas.

Não concebo esta idéia como real nem aqui, nem na conchichina. Todo e qualquer veiculo de comunicação, não só tem, como deve emitir em sua linha editorial suas posições poli tico. Canso de ouvir dono de veículos, afirmar que não tem preferência política e que em sua empresa reina a liberdade democrática, onde todos os matizes ideológicos, falam e escrevem.

Esta afirmação esta a mil léguas de distancia de ser verídica. Não só todos sem exceção possuem posições, como seus veículos estão a serviço das mesmas.

Há organismos que escancaram suas opções nas reportagens e editoriais, mas não tem coragem de assumi-las publicamente, quando questionados. Dono de mídia no Brasil e igual jornalista esportivo, que vive dizendo que não torce pra nenhum clube.

Admiro alguns veículos que não transformam suas posições em metáforas ou situações simbólicas, nas entrelinhas, receosos de assumir a verdade. Cito a Folha de São Paulo, como este exemplo, de um espaço que faz questão de ir a público divulgar o que pensa sobre os mais variados assuntos, governos e partidos. Foi o primeiro ou um dos primeiros a defender as eleições diretas em 1984, o impedimento de Collor em 1992. Como desde o inicio do Governo Lula, tem se colocado na oposição ao PT. Admiro também, o Jornal O Estado de São Paulo, que sempre manteve posturas conservadoras e de tendência à direita e nunca as escondeu.

Agora o que é temível, são mídias que alem de agirem como diários oficiais dos mandantes de plantão, ainda pousam de democratas, mas na pratica impedem que a oposição, e em particular a esquerda tenha espaço no veiculo.

Acho tremendamente salutar para a democracia e a construção da cidadania, que a imprensa divulgue sua política, com transparência e agindo sempre com Justiça propagando a pluralidade de opiniões.

segunda-feira, novembro 21, 2005

ARREPENDIMENTO ELEITORAL

Eu já vi muita gente arrepender-se de varias coisas, que já fez na vida. Casar-se, jogar bola, beber e fumar maconha, transar com mulher feia e sem amor. Agora fazer mea culpa ou culpa inteira, por ter votado neste ou naquele político, nunca, nunquinha. No Brasil existem varias culturas de comportamento que detesto entre elas duas para explicar o voto: “Vou votar no candidato X para não perder o meu voto, embora o candidato W é melhor", ou esta quando o candidato vencedor decepciona a maioria da população: "Não votei nele". Esta é clássica. Até hoje não sei quem votou em Collor de Mello, seus eleitores sumiram. Ninguém ou quase admite que errou em seu voto, muito menos publicamente através da imprensa. O texto abaixo, garimpei do blog www.noblat.com, do Jornalista Ricardo Noblat. Leiam e divertam-se:

Declaração de arrependimento


Recebi de um amigo recorte de jornal português onde na seção "Diversos" saiu publicado o seguinte pequeno anúncio:



PEDIDO DE DESCULPAS



Rogério Guimarães, cidadão eleitor número 6823, da unidade geográfica de recenseamento de Caldas da Rainha, vem por este meio pedir desculpas a todos os democratas por ter contribuído com seu voto para a eleição deste Governo.

sexta-feira, novembro 18, 2005

PROPAGANDA È A ALMA DO NEGÓCIO?

O titulo reflete frase muito comentada para explicar a necessidade da propaganda, para vender produtos e idéias. O mundo contemporâneo e globalizado, o marketing não só é a alma de negócios, como pode revolucionar e transformar realidades.

O merchandise, já foi responsável por mudanças significativas na vida de uma nação. Quem não se lembra de Fernando Collor, vendido pela mídia como o Salvador, o caçador de marajás, o Homem acima de qualquer suspeita e que acabaria com a corrupção no País. A maioria da população acreditou na fantasia inventada pelos publicitários e marketeiros. Como não dá pra esquecer a campanha presidencial de Lula e todo o jogo de cena pensado e arquitetado pelo Duda Mendonça.

A propaganda na sociedade atual serve para obtenção de resultados praticados que levam a lucros. Quem não se lembra da recente e continuada guerra das marcas de cerveja?. Os lucros da AMBEV aumentaram assustadoramente, batendo recordes de venda e acumulação. Algumas peças publicitárias, são feitas com mais ou menos dinheiro, mas que atingem objetivos traçados. Agora algumas por mais que a intenção seja das mais nobres, incorre em erros graves e clássicos.

Minha amiga e companheira de trabalho Kelly Luchesi, folheava hoje pela manhã a revista da Associação Paulista de Municípios e chocou-se com um anuncio publicitário do Movimento Diálogos contra o racismo e pela igualdade racial, que reúne 40 instituições da sociedade civil que estão no combate ao racismo. Propaganda de pagina inteira, mostra meio corpo de um Homem, da cintura até o pescoço, trajado com terno e gravata. No corpo da imagem o seguinte texto:

IMAGINE UMA PESSOA IMPORTANTE, LINDA E ELEGANTE.
VOCÊ NÃO PENSOU EM ALGUEM NEGRO, PENSOU?.

Tudo isto em letras grandes e garrafais. Abaixo deste texto, vem a explicação. Porem em letras miúdas, sem destaque algum. O leitor desatento, lê apenas o que esta em destaque, ficando a péssima impressão de que é uma apologia clara ao racismo. Propagandas como estas melhor não te-las.

Elas no mínimo soam agressivas e excludentes, ao invés de apontar para a reflexão sobre o racismo e o preconceito. Não sou expert no assunto, mas entendo que o Marketing necessita ser objetivo, direto e franco. Não da pra inventar.

Já tinha visto esta campanha na TV e já achei esquisito, embora o narrador em Off na telinha tire as duvidas que a frase sucinta. Neste caso a propaganda ao invés de ser a alma, torna-se a lama do negócio.

quinta-feira, novembro 17, 2005

MAIS UM SHOPPING FALIDO. DE QUEM È A CULPA?

Fui assistir ao Senhor das Armas com minha filha do Shopping Plaza, na Carlos Gomes. Ao chegar ao estabelecimento comercial e de entretenimentos, notei que o mesmo estava entregue as moscas e com vários espaços reservados a lojas e outros departamentos, fechados.

Pelos meus cálculos, 20% da capacidade de ocupação esta sendo utilizado, já incluindo as salas de cinema. Dei inicio a vários questionamentos do porque daquela terrível situação, para a classe média de nosso município. Sim porque quem freqüenta Shoppings são as classes mais abastadas, como diria o Vereador José Carlos Pinto e a boa e velha classe média.

Mas voltemos às dúvidas. Alguns meses atrás, uma celeuma foi criada pelos setores repressivos de nossa cidade, PM, Guarda Municipal, delegados e até Vereadores, em relação a jovens e adolescentes que freqüentavam a rua defronte o Plaza. A rua sim, pois a carência de locais de lazer, fazem com que nossa Juventude, tenha que criar alternativas para seu convívio em sociedade.

Mas nossas autoridades, iniciaram seus argumentos, dizendo que os comerciantes do Shopping, teriam que fechar o empreendimento, pois a concentração de nossos jovens, atrapalhava o transito e afastava, os clientes.

Bem não adiantou as entidades de Direitos Humanos, argumentassem que a concentração de nossos adolescentes era inofensiva e em nada impedia o sucesso do comércio. Nossas dedicadas e humanas autoridades tomara medidas sócio educativas, como reprimir e impedir a concentração. Isto há vários meses atrás.

Agora retorno ao Shopping e vejo entregue ao nada e os adolescentes longe de lá. Pergunto, quem ou o que é o culpado?.

O SENHOR DA GUERRA NÃO GOSTA DE CRIANÇAS

O titulo faz parte do refrão da música "O Senhor da Guerra", da Legião Urbana. Um clássico anti belicista e que foi composto após a guerra "Tempestade no deserto", a primeira invasão Americana ao Iraque em 1991, a guerra que vimos pela TV.

Lembro da canção do Renato Russo, após assistir ontem na telona do cinema, o fantástico "O Senhor das Armas", do diretor Andrew Nicol, o mesmo de "O Show de Truman", película que detona os programas de sensacionalismo e que mexem com a vida alheia, como os Big Brother e outros. Assisti Truman e comecei a gostar de Jim Carrey como ator cômico que faz drama.

Em Senhor das Armas fiquei arrepiado já na abertura da fita. Ao som de “For What It’s Worth da banda psicodélica country Buffalo Springfield, a câmera passeava sobre o universo das armas e das munições, do poderio bélico de pelo menos das três últimas décadas”. Universo de destruição, morte, miséria e sangue. Porrada levei quando ao final dos créditos a bala que percorria as cenas embaladas pela música dos Buffalos, foi alojar-se na testa de uma criança...

O filme ficção realidade, é um testamento das atrocidades cometidas pelo Capitalismo e sua ânsia em concentrar riquezas, ampliando territórios. A guerra torna-se após a segunda grande guerra, um indústria para grupos econômicos aumentarem suas fortunas, vendendo armas para a auto destruição dos povos. Para os traficantes de armas, tanto faz vender para esquerda, direita, democratas, fascistas. O importante é abastecer um enorme mercado, lucrativo e que interessa aos poderosos da terra, que o sangue de inocentes seja derramado, para obtenção de seus objetivos.

O roteiro em seu inicio, apresenta-se confuso, mas depois a estória desenrola-se com maior clareza. O grande ator Nicolas Cage, interpreta um traficante de armas, que pega de ex comunistas, forças armadas regulares e do crime organizado, e negocia com grupos guerrilheiros, extremistas, sanguinários.

O filme serve como uma aula de História, sobre as últimas décadas do século passado. Tem inicio no final dos anos 70, com a guerra fria em franca ascensão, mas já sendo ameaçada pela globalização econômica. Passa pelos diversos conflitos dos anos 80 que abalaram a bipolarização Soviéticos e Americanos, desemboca, na queda do muro nos Leste Europeu e na derrocada da União Soviética, tem guarida nas guerras e conflitos éticnos na África e nos Bálcãs e termina no conflito Árabe mulçumano.

Desnuda os responsáveis pelas guerras e pela disseminação das armas, mostrando as costas quentes dos traficantes, que mantém redes de apoio e de cumplicidade em vários segmentos da sociedade, desde governos, militares e empresários, a mercenários e gangues.

O Senhor das Armas é um filme denuncia e anti armas, anti guerras. Um filme que não tem o lirismo de filmes manifestos, como Hair e Platoon. O filme de Nicol, é seco, duro, incomoda o estomago, embaraça a consciência, desmonta conceitos e apunhala a falsa moral.

Apenas detectei um problema: O esforço dos produtores em humanizar o traficante, lhe impondo dores de consciência, embora fosse sádico e sarcástico em muitos momentos da obra. Mas tirando esta imprecisão, no demais é um filme que deve ser assistido mais que uma vez. Pretendo assistir novamente.

Uma curiosidade. O diretor não conseguiu que nenhum estúdio Norte Americano produzi-se o roteiro. Há quem diga que Andrew Nicol foi expulso de vários estúdios, quando estava na fase de captação de recursos. Por que será, que Hollywood não quis filmar a obra?.

Por último propondo que algum dia reunamos um bocado de gente para uma sessão dupla: Na matinê "Tiros em Columbine" do Michael Moore e na sessão principal, este Senhor filme.

segunda-feira, novembro 14, 2005

QUEM MERECE UMA SURRA, AGORA?

Alguns parlamentares tucanos e pefelistas, utilizaram-se da tribuna do Congresso Nacional, há algumas semanas acusando o governo de instalar grampos em telefones dos gabinetes, bem como ameaças a familiares dos mesmos.

O senador Artur Virgilio, um dos mais ferrenhos opositores do PT e do Governo Lula, chegou a dizer que era capaz de dar uma surra no próprio Presidente da República, caso alguém de sua família sofresse alguma agressão. Foi seguido, por outro tão ou mais ferrenho adversário da Esquerda Brasileira, o neto de Toninho malvadeza, ACM Neto. E aí a suposta arapongagem governamental, foi destaque na mídia, da escrita a televisionada.

E pau em quem tenta fuxicar a vida pública e privada, como se isto não tivesse ocorrido com muitos militantes de esque5rda neste País. Representante desta canalha, não abria mão deste expediente covarde e nojento, para bisbilhotar e fazer relatórios enormes, sobre nossas vidas pessoais.

Fui vitima, disto, não sei se ainda o sou. Em 1992, quando o PT denunciou o esquema de empreguismo do Baneser, chegou a nossas mãos pilhas de papeis, com dados, informações, sobre vários companheiros e companheiras. Relatórios estes confeccionados a mando dos poderosos de plantão.

O maior deles foi o Ex Prefeito Jurandir Paixão. Seu nome como interessado nos documentos aparece em quase todas as folhas. Éramos monitorados o tempo todo, vigiados.

Nossa privacidade era violada e meu individualismo invadido. Mas superamos, demos a volta por cima.Agora um bando de parlamentares mauricinhos, que a vida toda não mediam esforços para invadir a vida ou destruir a vida das pessoas, agora faz denuncias da qual são vitimas? E pior não respeitam o Presidente, desafiando sua autoridade. Porem faço a pergunta do titulo, após explicar que a policia federal investigou as denuncias e não encontrou até hj, nenhum vestígio de espionagem ou ameaças de morte.

Quem merece apanhar agora?.

sábado, novembro 12, 2005

MEUS VINÍS XI


CABOCLO SONHADOR

ARTISTA: RAIMUNDO FAGNER

ANO: 1994

PRODUÇÃO: ROBERTINHO DO RECIFE

CO-PRODUÇÃO: RAIMUNDO FAGNER

MÚSICOS (DESTAQUES): OSWALDINHO DO ACORDEON, DOMINGUINHOS (Acordeon na faixa “Falsa Folia”), SIVUCA (Acordeon nas faixas “É proibido Cochilar/Forró Desarmado/Forro um e Minha Vidinha), ROBERTINHO DO RECIFE (Guitarras de 6 e 12 cordas, citar e violas), JAMIL JOANES (baixo).

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS: MARINÊS (Voz na faixa “É proibido Cochilar/Forró Desarmado/Forro 1), MANASSÉS (viola nas faixas “Caboclo Sonhador”, “Nos tempos de Menino”, “Falsa Folia”, “Baião da Garoa” e “Casamento da Raposa”), JORJÃO (baixo em “Casamento da Raposa”).

GRAVADORA: BMG-ARIOLA

MÚSICAS

LADO 1

CAVALEIRO DA NOITE- (Alcimar Monteiro)

LEMBRANÇA DE UM BEIJO- (Acioly Neto)

CABOCLO SONHADOR- (Maciel Mello)

NOS TEMPOS DE MENINO- (Maciel Mello)

POT-POURRI “É PROIBIDO COCHILAR/FORRÓ DESARMADO/FORRO 1- (Antonio Barros)

LADO 2

MINHA VIDINHA- (Antonio Barros e Cecéu)

FALSA FOLIA- (Dominguinhos e Nando do Cordel)

BAIÃO DA GAROA- (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil)

FAN RAN FUN FAN- (Lauro Maia)

CASAMENTO DA RAPOSA- (Gerson Filho)



COMENTÁRIOS

Este bolachão foi lançado antes do estouro do movimento do Forró Universitário. Por isto é um dos discos de menor sucesso do Cearense Fagner. Mas é sem dúvida um dos mais bonitos e expressivos de sua carreira. Raimundo Fagner que em todos os seus trabalhos, sempre privilegiou nos ritmos, melodia e letra, a cultura nordestina, em especial o Baião e o forro. Caboclo Sonhador dedica-se exclusivamente ao forró pé de serra, aquele pra dançar e pegar fogo nas ventas. Um disco totalmente dançante e que reúne a nata dos ritmos nordestinos das últimas cinco décadas. O LP coloca o genialismo das sanfonas dos três maiores, sanfoneiros do Brasil, Dominguinhos, Oswaldinho e Sivuca, rasgando performance fora de serie. Não para aí. No time de músicos, Fagner reuniu amigos de caminhada e do peito, como ele mesmo disse: Robertinho do Recife Manasses, alem da perpétua rainha do forró Marines. As composições em sua maioria eram desconhecidas do grande público, como seus autores, mas traça um panorama do que se cultuava no nordeste naquele período e que faria sucesso no final do século passado.



sexta-feira, novembro 11, 2005

XENOFOBISMO

Xenofobia ou Xenofobismo, de acordo com o dicionário de Língua Portuguesa, significa "Aversão à pessoa de nacionalidade estrangeira".

Aversão significa preconceito, discriminação, nojo, indiferença, exclusão. Os distúrbios urbanos que vem ocorrendo na França chamaram minha atenção, não pelos motivos sócios econômicos, bem como cultural responsáveis pela eclosão destes movimentos liderados especialmente pela juventude.

O que chamou minha atenção é o fato da sociedade Francesa e outras estarem carregadas de Xenofobismo, inspirador de correntes como a Inquisição, o Nazismo, o Fascismo e o Aparthed na África do Sul. Recordei-me de uma viagem ao Rio Grande do Sul no inicio da década de 90 do século passado.

Na época, estava muito forte entre os gaúchos, o debate sobre o separatismo, a criação de um Estado Rio Grandense autônomo e independente no Brasil. Encontrei varias pessoas, de variadas matizes ideológicas, inclusive de esquerda defendendo esta tese. As razões variavam de acordo com os grupos políticos e ideológicos.

Mas na grande maioria a questão principal gravitava em torno do QI dos Gaúchos e a idéia fixa de que eram mais bem preparados em todos os aspectos que o restante da nação. Diziam que os Nordestinos eram ignorantes e sem preparado intelectual. Paulistas e Cariocas, egoístas e capitalistas em demasia. O Rio Grande não podia viver sendo explorado pelo restante dos estados, seu potencial era muito maior que o dos demais. Senti que esta na terra do Xenofobismo, que estendia a se a pobres e negros.

Nesta mesma viagem fui com um amigo gaúcho e branco em um clube, onde ocorria um baile. Logo de cara percebi que no local não havia negros, exceto os seguranças. Perguntei ao amigo, o porquê daquela situação, a qual ele me respondeu, aqui não entra negro, nesta cidade há três clubes: este de Brancos, um outro para Negros e um terceiro mixto.

Bem efeitos da globalização econômica, o xenofobismo traz a tona velhos conceitos que espalham terror.

quinta-feira, novembro 10, 2005

PENSAMENTOS

Prefiro a transparência do que a aparência.

Prefiro a observação do que só acredito vendo.

Prefiro estudar, pesquisar, do que especular.

Prefiro conversar até a exaustão, do que discussão estrangulada pelo tempo.

Prefiro conversa inteira, do que meia conversa.

Prefiro dizer o que penso, do que ficar preso no que não penso.

Prefiro errar no e com o coletivo, mas não vou com a maioria para o precipício.

Prefiro a certeza de que tentei, do que a incerteza de que poderia ter tentado.

Prefiro chamar de companheiro, quem comigo pratica o companheirismo, do que a esmo e por retórica intitular o individualista de companheiro.

Prefiro chamar a atenção de quem AMO, do que insistir com quem não AMO.

terça-feira, novembro 08, 2005

BARBARIDADES & INVERDADES

Não pude me conter com algumas barbaridades as quais tive que ouvir na sessão da câmara de Vereadores, ontem à noite. Teve discurso que tentou convencer os nobres edis e a platéia presente, sobre o programa de auxilio desemprego, que para o trabalhador receber o auxilio, tem que cumprir jornada de trabalho de 6hs diárias, não é emprego é auxilio.

Ora, o que conheço por auxilio desemprego é o aplicado na Europa e Estados Unidos, onde enquanto o cidadão estiver sem emprego, recebe a ajuda governamental. Não há pré condições para o recebimento da "ajuda".

No projeto em discussão, a condição é prestar serviços ao município, entre esses capinagem de terrenos e beiradas de estradas, pinturas de sarjetas e outras tarefas braçais e difíceis.

Outra linha de raciocínio de beira o ridículo, é afirmar a teoria de que nem todos gostam de trabalhar, entre os mais carentes. E ainda utiliza como exemplo, o fato do programa em debate, ter este ano a participação de 70 pessoas. Acontece que o nobre edil esqueceu de dizer, que neste ano de nosso Senhor Jesus Cristo, a Prefeitura Municipal, não disponibilizou inscrições para o programa.

Parece que o Parlamentar, chamou a imensa maioria dos desempregados de pouco entusiasmados com o trabalho.

Mas as besteiras que assolam a política de Limeira, não parou por aí. O debate do trabalho encanto juvenil, voltou à tona em algumas falas. Explicitas ou não, citando exemplos pessoais, como a da Vereadora Elza Tank, que disse que até banheiros já limpou em sua Juventude, parece que alguns defendem que criança ou não, todos devem trabalhar não importa a idade.

Lembrei-me do Livro "A Classe Trabalhadora na Inglaterra" de Engels, no qual é relatado, que garotos de cinco anos de idade foram encontrados escavando minérios, nas minas de carvão do Reino Unido durante o século XVIII e XIX.

Quando a sociedade discuti como abolir a exploração do trabalho infantil, tem lideranças que pregam o retrocesso, propondo uma volta ao inicio do Capitalismo, onde mulheres, crianças, jovens e idosos realizavam jornadas de trabalho de 13, 14 horas por dia, sem férias e outros direitos que hoje as duras penas conquistamos.

Mas meus sensíveis ouvidos tiveram que ouvir mais impropérios. Entre eles o de que há pobres no mundo porque os casais não tem juízo e... pimba, faz um mundaréu de filhos, aí vem reclamar para os políticos ou cobrar daqueles que são eleitos com os votos destes mesmos pobres.

Eta conservadorismo, quanto preconceito e haja ignorância política e Histórica.

segunda-feira, novembro 07, 2005

HOJE ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA

Pois é, hoje comemora-se o 88º aniversário da Revolução Russa, pelos Russos. Pelo calendário de Moscou, a tomada da capital do antigo império Soviético, ocorreu no dia 25 de outubro ou dia 07 de novembro pelo calendário romano e ocidental .

Foi neste dia que os Bolcheviques, entraram em Moscou e forçaram a rendição do chefe do governo Burguês, Kerenski.

Portanto o dia de hoje, parte da população Russa, comemora com manifestações nas ruas de várias cidades.

Este ano o dia não é feriado. Pela primeira vez após a revolução de outubro, o povo Russo esta trabalhando e não gozando de um feriado. Os movimentos de esquerda e o Partido Comunista Russo, reivindicam entre outras questões o retorno do feriado.

domingo, novembro 06, 2005

MEUS VINÍS IX


EM TEMPO DE FESTIVAIS

ARTISTA: VÁRIOS

ANO: 1985

PRODUÇÃO: SEM REFERENCIAS

DESTAQUE: A pessoa responsável pela seleção de repertório tem o espetacular nome/apelido de JANJÃO, não sou eu, mas estou curioso pra saber quem é a figura.

GRAVADORA: RGE

HISTÓRICO DAS CANÇÕES NOS FESTIVAIS

LADO 1

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES- (Geraldo Vandré)-INTERPRETE: GERALDO VANDRÉ. Segunda colocada no II Festival Internacional da Canção promovido pela TV Globo, em 1968, evento vencido por Sábia de Chico Buarque e Tom Jobim, injustamente vaiados, pela platéia que pedia Caminhando de Vandré, música que se torna um dos hinos contra a ditadura militar;

A BANDA- (Chico Buarque de Holanda)- INTERPRETE: CHICO BUARQUE DE HOLANDA. Interpretada no II Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record por Nara Leão. Festival este realizado em 1966, do qual a canção de Chico Buarque dividiu o Primeiro Lugar com Disparada de Geraldo Vandré e Theo de Barros, defendida por Jair Rodrigues;

JEITINHO DELA- ( Tom Zé)- INTERPRETE: TOM ZË. Uma das canções de maior popularidade de Tom Zé, que no V Festival de Música Popular da TV Record em 1969, foi defendida por uma interprete desconhecido do grande público, Paulo Marques. A música não classificou para a finalissíma. Neste festival foi proibido o uso de guitarras elétricas;

O CANTADOR- ( Dori Caymmi e Nelson Mota) INTERPRETE: NANA CAYMMI.Finalista do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record em 1967 recebeu o prêmio de Melhor Interprete, para a fantástica Elis Regina. Este Festival ficou conhecido como o Festival da virada, por apresentar ao Brasil “O Tropicalismo”, de Gil e Caetano, alem de revelar grandes artistas, entre eles Gal Costa, Martinho da Vila e outros;

MARIA CARNAVAL E CINZAS-( Luis Carlos Paraná) INTERPRETE: TITULARES DO RITMO. Primeira participação do Rei Roberto Carlos em Festivais. Ele participaria ainda em 1968, no IV Festival de MPB da TV Record com Madrasta e no Festival de San Remo, onde venceu com “Canzone Per Te”, de Sergio Endrigo. Com este samba canção bossa novista, Roberto foi finalista no III Festival de MPB da TV Record, o Festival da Virada;

TRAVESSIA- (Milton Nascimento e Fernando Brant) INTERPRETE: OS 3 MORAIS. Música que revelou o bituca, Milton Nascimento, para o Brasil. A canção foi apresentada no II Festival Internacional da Canção promovido pela TV Globo em 1967. Milton ficou em segundo lugar e com o prêmio de melhor Interprete. O Festival foi vencido por Gutenberg Guarabira com “Margarida”, o Guarabira da dupla com Sá.

LADO 2

PORTO SOLIDÃO- (Zeca Bahia e Gincko) INTERPRETE: JESSE. A canção foi apresentada no Festival MPB 80 da TV Globo em 1980, na retomada pela Vênus platinada em organizar festivais de música. Foi neste evento que o Brasil conheceu Jesse, em carreira solo, já que o mesmo nos anos 70 foi vocalista do conjunto de bailes Placa Luminosa. Neste Festival, a música foi finalista e Jesse ficou com o Prêmio de Melhor Interprete. O MPB 80 foi vencido por “Agonia” de Oswaldo Montenegro. Jesse faleceu no inicio dos anos 90;

PONTEIO- (Edu Lobo e Capinan) INTERPRETE: TITULARES DO RITMO. Foi a grande vencedora do Festival da virada, o III Festival de MPB, da TV Record de 1967. Ponteio teve a interpretação de Edu Lobo, Marilia Medalha, Quarteto novo e Momento Quatro. Destaque para a revelação de Marilia e para o Quarteto Novo, formado entre outros por Hermeto Paschoal e Airton Moreira;

MENSAGEM- (Adylson Godoy) INTERPRETE: CLAUDIA

CANÇÃO PARA MARIA- (Paulinho da Viola e Capinan) INTERPRETE: PAULINHO DA VIOLA. Apresentada no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record de 1966. No Festival a interpretação foi de Jair Rodrigues e a canção ficou com o terceiro lugar. Paulinho se apresenta pela primeira vez em um Festival;

VENTANIA- (Geraldo Vandré e Hilton Accioli) INTERPRETE: TRIO MARAYÁ . A canção foi simpática ao público, por ter um refrão fácil de cantar e por consistir em uma música de protesto com ritmos nordestinos, típico daqueles tempos de ditadura. Apresentada no III Festival de MPB, o da virada em 1967, interpretada por Geraldo Vandré. Não classificou-se para a finalista;

CAPOEIRADA- (ERASMO CARLOS) INTERPRETE: ERASMO CARLOS. O tremendão da Jovem Guarda, envereda pelos Festivais da canção. Apresentada no III Festival de MPB em 1967, da TV Record, não teve a mesma sorte que “meu amigo” Roberto Carlos, que classificou sua canção neste mesmo Festival;


COMENTÁRIOS

Esta seleção foi a época do lançamento, propagandeada em muito pela TV Record. Já ouvi varias coletâneas de Festivais de Música, até porque estudo o assunto há muito tempo. Há seleções melhores de maior representatividade Histórica e de qualidade sobre o Festivais. Por exemplo: deixar Disparada, Alegria-Alegria, Domingo no Parque, de fora é um crime para a trajetória de um dos maiores eventos de música do País. Porem a canções interessantes como Travessia, Mensagem, Ventania e Capoieirada.



MINHAS PREFERIDAS- BABY


Descobri esta canção Hiponga e Tropicalista, quando comecei a me interessar pela carreira e obra de Caetano Veloso.
Conheci Gal costa através de Caetano. Gal uma das musas do Tropicalismo, expressa nesta canção, todo sentimento de liberdade e de Amor, tão pregados pela Juventude naqueles tempos de Ditadura Militar e AI5 (Ato Institucional Nº 5).

Baby foi gravada primeiro no LP, Tropicália ou Panis Et Circenses, disco de reunia toda a trupe do Movimento Tropicalista: Gal, Gil, Caetano, Tom Zé, Nara Leão, Mutantes, Capinam, Torquato Neto, o maestro Rogério Duprat.

O disco saiu em 1968, e trazia perolas do movimento imortalizadas até hoje como: Geléia Geral de Gilberto Gil, Panis Et Circenses de Caetano e Gil, mas com os Mutantes e a hilariante gravação de Coração Materno de Vicente Celestino na voz de Caetano Veloso.

Porem a canção só decolou nas paradas de sucesso, a partir da gravação do Primeiro LP de Gal “Gal Costa de 1969”. Baby foi tema de um conto (O Presente) nosso publicado primeiro no site www.tiroequeda.com.br . Uma das gravações que mais gosto é a dos Mutantes, gravada em 1968 no LP “Os Mutantes”. Baby é uma viagem para os sentimentos libertários da geração dos anos 60.

sábado, novembro 05, 2005

A GLOBO AMARELOU


Não sei quantos capítulos teve a novela “América”, escrita pela Glória Peres e veiculada no ar pela rede Globo de Televisão. Deve ter sido um pouco mais de 100 cap, destes assisti apenas um do inicio ao fim.

Ontem como a imensa maioria dos telespectadores, sintonei meu aparelho no canal 20, para acompanhar o último episódio da saga de peões, empresários de rodeio e pessoas que para atingir seus sonhos, são capazes de tudo, pelo menos na imaginação da autora.

Mas o fiz como milhões de Brasileiros, que deram a Vênus Platinada, uma audiência de mais de 60% de televisores, ligados para ver dois Homens beijarem-se na boca, á cores pela primeira vez na História da Televisão no Brasil. Pelo menos é o que se comentou durante toda a semana, através da maioria dos veículos de comunicação. Inclusive pesquisas e enquêtes, focalizavam e perguntavam, como deveria ser o ato amoroso: selinho, ardente, provocador de uma noite de sexo...

Como a maioria das pessoas, fiquei ansioso para saber se o canal que ao longo dos últimos 40 anos, tem ajudado as TFPs da sociedade conservadora e burguesa desta nação a manter “a moral e os bons costumes”, em seu devido lugar, iria finalmente modernizar-se.

A Globo em varias de suas obras apresentou personagens Homossexuais, mas na maioria dos textos, o tema era tratado de forma pejorativa, chacoteada e sem aprofundamento teórico e ético. As bichas eram concebidas como trapalhonas, pilantras, fofoqueiras e quando não cruéis e vilãs. Em América, me pareceu que o tema embora não tivesse o tratamento que desejássemos, transnudado de metáforas e subjetividade e solto em objetividade e realidade, foi mostrado com delicadeza e respeito.

O jovem Junior vivido pelo ator Bruno Gagliaso, tem uma concepção de um ser humano que buscou sua identidade e personalidade, procurando romper com tabus e medos, mesmo os tendo.

Achei que com esta trajetória, a toda poderosa, poderia redimir-se perante a população Brasileira, brindando a nação com uma atitude corajosa e inovadora.

Pensei logo a Globo, diário oficial do regime militar, sustentáculo de Collor de Melo até o apagar das luzes, companheira fiel de FHC, concluí, agora posso confiar que o preconceito e a discriminação poderão ser excluídos do País.

Poderia ser o começo. Mas não foi. Fiquei decepcionado, esperava um beijo daqueles estralados, cheio de tesão e amor. O que vi foi dois Homens apaixonados olharem-se por segundos, sugerindo o ato romântico, embalado pela voz do cantor brega Daniel, que simplesmente assassinou o belo samba canção de Luiz Airão.

Como formadora de opinião, a televisão no Brasil, parece que se exime de responsabilidades, aprisiona-se na concepção atrasada e fascista da elite Brasileira. Acovarda-se nos temas e assuntos nacionais não promovendo discussões acerca de novos conceitos e uma nova ética, de respeito ao pensar e agir diferente, sem camuflagens e subterfúgios.

A Homossexualidade é uma realidade que deve ser encarada como um desafio para a inclusão das pessoas na sociedade, na mesma proporção, que o desafio de combater o racismo, a discriminação de mulheres e outros. Fui dormir desolado. Mais uma vez o preconceito venceu.

MEUS VINÍS IX


CARNE E OSSO

ARTISTA: TAIGUARA

ANO: 1971

PRODUÇÃO: SEM REFERENCIAS

MÚSICOS: SEM REFERENCIAS

DESTAQUE: A capa que traz dois grandes olhos e a contra capa com uma boca sorrindo lindamente. E mais as letras das canções estão publicadas: Lado 1 na capa e Lado 2 na contra capa em letra trabalhada a mão. No interior do encarte/Capa um desenho de um Homem acorrentado e em uma das mãos uma pomba branca. Em seus pés uma foto de uma pessoa a qual o LP não faz referencia de quem seja. A ilustração é de Adelson do Prado.

GRAVADORA: ODEON

MÚSICAS

LADO 1

BEIJO DE MARCELA- (Taiguara)

VIRGEM DE OLHOS DE VIDRO- (Taiguara)

MOMENTO DO AMOR- (Taiguara)

BICICLETAS, etc...- (Eduardo Souto Neto e Geraldinho Carneiro)


LADO 2

CARNE E OSSO- (Taiguara)

NO COLO DA NUVEM- (Taiguara)

AMANDA- (Taiguara)

A ILHA- (Taiguara)

SARRO DE 30”- (Taiguara)

COMENTÁRIOS

Este LP é um dos clássicos e raríssimos. O uruguaio mas radico no Brasil, Taiguara, mostra neste disco a dicotomia de que foi sua carreira, combinando o romântico com canções de protesto social e político. Taiguara iniciou sua carreira, participando de vários Festivais de MPB nos anos 60 e 70, venceu dois deles, o Brasil Canta com “Modinha”de Sergio Bittencourt e o Universitário com “Helena, Helena”, do Alberto Land, ambos no Rio de Janeiro e no ano de 1968. Taiguara foi um dos compositores, que tiveram boa parte de sua produção censurada por completo e com cortes durante o regime militar. Fala-se de aproximadamente 100 canções. Teve inúmeros sucessos, entre eles “Viagem”, “Hoje” e “Universo do Teu corpo”. Simpatizante do PCB, fez uma canção em homenagem a Luís Carlos Prestes nos anos 80, faixa do disco “Canções e Liberdade”, de 1983. Neste o destaque vai para a metáfora “Carne e Osso”, grande sucesso que simbolicamente fala de amor, mas implicitamente denuncia o terror da ditadura militar e “Amanda”, esta uma belíssima música romântica. É um pena que o disco não traz ficha técnica e aí não da para saber os arranjadores e músicos desta Histórica obra. Taiguara o cantor do Amor e da Liberdade, faleceu em 1986.

sexta-feira, novembro 04, 2005

COMO FOI A VISITA DO BUSCH?

Alguem atirou torta na cara do Buchinho?

VAMOS TROCAR O PREFEITO?

De acordo com o Jornal Opinião Pública, edição outubro de 2005, em seu numero 14, o PT impede o Prefeito Silvio Félix de Governar e tomar iniciativas. Na capa do Jornal (porque o PT não quer a vinda de indústrias?), o periódico oficial, descamba em acusações, as quais nos orgulham, como a de fiscalizar e denunciar irregularidades e malversação do dinheiro público.

Outra acusação da qual nos orgulhamos que consta igualmente na capa é de que temos como projeto uma sociedade de abolição da propriedade privada. Conceitualmente não chega a ser isto. O que defendemos é o fim da concentração de renda e sua conseqüente distribuição, onde a maioria que constroem as riquezas deste País, possa usufruir do que faz.

Outra questão é a relativa, a aliados e parceiros nas lutas de oposição. Isto é natural, como natural foi durante 8 anos de governo tucano o PDT de Silvio e os Partidos que o apóiam ter tido alianças com o PT, inclusive, beneficiando-se dos trabalhos intelectuais de militantes do Partido.

Não há nada de anormal, terrível ou pecaminoso, que em alguns momentos aja uma unidade das oposições.

Agora o que me intriga é porque o Jornal chora tanto as dores do Prefeito?.

Das 8 páginas desta edição, 6 atacam o PT e as oposições, uma ataca a policia militar, por questionar o papel da guarda municipal e só na última pagina, é que se encontra matéria positiva a administração municipal. Se bem que, a matéria tece sobre uma promessa de que a saúde pública vai melhorar, não há nenhum texto falando de realizações deste governo, ações afirmativas.

A edição do OP, esta brochante, como se o mundo estivesse para terminar, pelo simples fato de que o Prefeito tem uma oposição ao seu governo. Oposição construtiva e responsável, que procura dialogar com o poder de plantão.

Agora fico com duvidas: Como o Prefeito reclama tanto do PT, dar-se a impressão de que ele não governa por conta do PT, cumprir o papel de fiscalizar o erário público, eu pergunto: Estamos tendo problemas de competência profissional e política, aja vista que o Prefeito não é da oposição e a quase totalidade dos Vereadores são da base de sustentação do governo ou a inquisição esta de volta? Discordou é da parte do demo e fogueira para ele?.

Não creio sinceramente que seja nem uma coisa nem outra. Acredito que o Prefeito como um Homem letrado e bem informado, como ele mesmo faz questão de dizer (Leitor de Guimarães Rosa), prima pela democracia, transparência e lisura com a coisa pública.

Penso que o Prefeito acostumado a grandes batalhas não acredita que a oposição e em especial o PT, estão apenas preocupados em desgastá-lo com intenções eleitorais?, Como faz crer o jornal OP?.

Bem sou da opinião de que como bom democrata que é o Prefeito de Limeira, saberá conviver com harmonia e paz com as oposições, sem perseguições, métodos policialescos e tentativas de humilhações e execrações públicas. Rezo todo dia por isto.

O JORNAL OFICIAL DO PODER

Tanto o município, como o Estado e a União, para divulgar editais, contratos e noticias diversas da administração pública, utiliza-se de instrumentos de comunicação, o mais comum é o impresso. O Jornal oficial do município, ou diário, onde ele tem esta periodicidade.

Em Limeira, além do oficial, descobriu-se um novo jornal que serve os interesses do poder municipal. Há alguns anos, circula de vez em quando não há uma periodicidade regular, um impresso de 8 páginas, intitulado Opinião Pública.

Todo o meio político ta careca de saber, que o jornal é de propriedade ou serve os objetivos do Prefeito Silvio Félix. Nenhum problema que isto seja feito afinal apoio incondicionalmente à liberdade de imprensa e expressão.

Agora, o que perturba é o fato do órgão não assumir esta posição e revelar quem seja o dono do veiculo.

Porque digo, isto. A quem reclamar ou elogiar, o conteúdo de uma matéria ou reportagem?. Estamos em tempos de liberdades democráticas, não há necessidade de plumagem ou posturas clandestinas e subterrareneas.

Quem escreve ou fala o que bem entende, precisa estar pronto para ouvir ou ler o que não quer. Agora como dirigir-me a um organismo, que a única questão que sei é o fato da defesa intransigente do executivo?.

Peço encarecidamente que o proprietário ou dono do meio de comunicação, apresente-se perante a sociedade, para assim conhecermos que tanto se dedica ao poder.

Foi-se a época do escondido, do falar baixinho, do fazer sem ser reconhecido. Estamos em tempos de respirar ares democráticos e livres.

quinta-feira, novembro 03, 2005

FALANDO EM CRIMINALIZAR O MOVIMENTO...

Transcrevo abaixo matéria do site www.noticiasdoplanalto.com.br , sobre a prisão de militantes e dirigentes do MST:Prisão de dirigentes do MST é resultado da criminalização de movimentos sociais pelo Judiciário:

Quatro dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região do Pontal de Paranapanema, interior de São Paulo, foram condenados a dez anos de prisão. Para o advogado do movimento, Patrick Mariano Gomes, a ação é conseqüência de um processo de criminalização de movimentos sociais, em especial no Pontal.


”Essa condenação não é isolada. Ela é fruto deste trabalho que a gente costuma dizer que é um verdadeiro laboratório, que foi montado na região do Pontal do Paranapanema com vistas a reprimir a atuação do movimento social. Então, esse laboratório tem essa ficha de 50 mandados de prisão contra integrantes do MST e de 20 processos criminais que continuam tramitando ou no Tribunal de Justiça em fase de apelação ou na própria comarca de Teodoro Sampaio”.

Apenas em dois anos, mais de 50 decretos de prisão foram pedidos pelo então juiz da comarca de Teodoro Sampaio, Átis Araújo de Oliveira, e todos foram anulados, o que comprova a existência de uma perseguição política contra o movimento que se dá por meio de prisões ilegais.


Os advogados do MST entram até o final desta semana com o pedido de hábeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo e se for necessário vão até o Supremo Tribunal Federal (STF). “Se eles responderam todo o processo em liberdade durante cinco anos, eles podem recorrer à essa condenação também em liberdade”, como afirma o advogado.


O decreto de prisão dos quatro dirigentes foi proferido por um juiz substituto que ficou na comarca não mais que dois meses. Clédson Mendes da Silva foi preso na quinta-feira (28). José Rainha, Manoel Messias Duda e Sérgio Pantaleão ainda não foram encontrados.


De Brasília, da Agência Notícias do Planalto, Marina Mendes

DETESTO A REVISTA VEJA

Desde 1999, que não leio a Revista Veja. Trabalhava na assessoria da Bancada do PT e do Sindicato dos Abrasivos e Químicos de Vinhedo.

A entidade sindical assinava a tal revista, até aquela matéria espúria e mentirosa, em que colocava o Pedro Stedile do MST, com revolveres na capa. Matéria francamente tendenciosa, que propunha uma campanha de criminalizar o movimento, situação utilizada com todo e qualquer movimento de oposição a Burguesia e ao Capitalismo.

Decidimos, eu e milhares de militantes por este País, alem de não ler, não assinar a esdrúxula revista. Continuo nesta cruzada cívica, santa e marxista. Veja chega às raias do absurdo, com suas mentiras e campanhas difamatórias. Sou pela liberdade de imprensa e entendo que todo veiculo de comunicação tem a obrigação de ter posição política.

Mas nunca divulgar apenas um lado da História. È preciso que todo o organismo de imprensa garanta em suas paginas, vídeo ou ondas curtas, médias que todos tem direito a contar sua versão de um fato.

A Veja não permite isto á esquerda brasileira, emporcalhando e enxovalhando Histórias de compromisso com as lutas do povo.

Assim proponho a quem continua lendo ou assinando Veja que não o faça mais. Esta é uma das formas de combatermos um instrumento que presta desserviço à humanidade.

Para saber mais sobre a última da Veja, clic em www.bafafa.com.br, tem um artigo fantástico do Emir Sader sobre o assunto.

quarta-feira, novembro 02, 2005

MEUS VINÍS VIII


TXAI

ARTISTA: MILTON NASCIMENTO

ANO:
1990

PRODUÇÃO: MÁRCIO FERREIRA

ASSESSORIA EM PESQUISA DA CULTURA INDIGENA: ANGELA PAPPIANI (Núcleo de Cultura Indígena-UNI) e CARLOS ALBERTO RICARDO (CEDI- Centro Ecumênico de Documentação e Informação)

MÚSICOS (DESTAQUES):
A Turma de Minas Gerais: NOVELLI, WAGNER TISO, ROBERTINHO SILVA, TULIO MOURÃO e MARLUÍ MIRANDA, vocais na faixa “NOZANINA”

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS: Integrantes das tribos YANOMANI, KAYAPÓ DO A-UKRE, PAITER, WAIÁPI e RIVER PHOENIX, fala em “CURI CURI”

GRAVADORA: CBS

SIGNIFICADO DA FRASE: TXAI: palavra da língua dos índios Kaxinawa, adotada por índios, seringueiros e ribeirinhos, no ACRE, como tratamento de respeito e carinho a todos os aliados dos povos da floresta. Companheiros- Metade de mim

MÚSICAS

LADO 1

ABERTURA- (Davi Kopenawa Yanomami)

TXAI- (Milton Nascimento e Marcio Borges)

BAU METÓRO- (Música original do povo Kayapó do A-Ukre)

COISAS DA VIDA- (Milton Nascimento e Fernando Brant)

HOEIEPEREIGA- (Música original do povo Paiter)

ESTÓRIAS DA FLORESTA- (Milton Nascimento e Fernando Brant)

YANOMAMI E NÓS “Pacto da Vida”- (Milton Nascimento e Fernando Brant)

AWASI- (Musica original do povo Waiapi)


LADO 2

A TERCEIRA MARGEM DO RIO- (Milton Nascimento e Caetano Veloso)

BENKE- (Milton Nascimento e Marcio Borges)

SERTÃO DAS AGUAS- (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos)

QUE VIRÁ DESSA ESCURIDÃO?- (Milton Nascimento e Fernando Brant)

CURI CURI- (Tsaqu Waiapi )

NOZANINA- (Heitor Villa-Lobos e Roquette Pinto)

BARIDJUMOKÔ- (Musica original do povo Kayapó do A-Ukre)

COMENTÁRIOS

Este é mais um dos projetos de resgate das culturas dos povos que constroem esta nação. Nos anos 80, Milton protagonizou dois outros projetos, com este objetivo: Missa da Terra Sem Males, com letra de Dom Pedro Casaldaliga e Pedro Tierra, abordando o universo indígena no Brasil; Missa dos Quilombos, o resgate da cultura afro brasileira. TXAI como os seus antecessores, contou com parcerias de instituições ligadas aos povos da floresta, tema deste sensacional LP, inclusive toda a arrecadação do disco, para campanha Aliança dos Povos da Floresta. Este Milton Nascimento, um Brasileiro engajado nas lutas dos povos Brasileiros. O disco alem de contar com excepcionais músicos, conta com uma das raras parcerias de Milton com Caetano Veloso “A Terceira Margem do Rio”. Alem da faixa titulo, “Benke” e “Coisas da Vida”, foram os destaques nas rádios do País. River Phoenix, ator Norte Americano, que precocemente faleceu, dois anos após o lançamento do disco, tem participação na faixa “Curi Curi”. Milton tempos depois faz uma canção em homenagem ao ator, que fez sucesso no polêmico filme Garotos de programa.





terça-feira, novembro 01, 2005

UM POEMA, DE UM POETA CANTOR

Metade (Oswaldo Montenegro)
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida, a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço, a outra metade é o que calo.
Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço
Que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso, a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito
E que o seu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo, a outra metade é cansaço.
Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia a outra metade é canção.
Que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amore a outra metade também

MEUS VINÍS VII


MEMÓRIA 5

ARTISTA: COLETÂNEA COM GRUPOS VOCAIS E INSTRUMENTAIS, INTEGRANTES DO PROJETO “MEMÖRIA”

ANO: 1988

PRODUÇÃO: J.C. BOTEZELLI- PELÃO

MÚSICOS (DESTAQUES): CÉSAR CAMARGO MARIANO (Piano) e AIRTON MOREIRA (Percussão) integrantes na época do grupo Sambalanço trio (1962/1965), na faixa “Pra machucar meu coração”.

CONJUNTOS PARTICIPANTES: Sambalanço Trio, Os Três Morais, Zimbo Trio, Jongo Trio, Quinteto Violado, Trio Iraquitan, O Bando da Lua, Conjunto Farroupilha, Quatro Azes e um Coringa, Titulares do Ritmo, Demônios da Garoa, Conjunto a Voz do Morro.

GRAVADORA:
ELEBRA- Selo da BMG Ariola

MÚSICAS

LADO 1

PRÁ MACHUCAR MEU CORAÇÃO de “1943”- (Ari Barroso), faixa instrumental- Interprete: SAMBALANÇO TRIO

TICO-TICO NO FUBÁ- (Zequinha de Abreu), Interprete: Os Três Morais

BALANÇO ZONA SUL- (Tito Madi) Faixa Instrumental- Interprete: ZIMBO TRIO
O MENINO DAS LARANJAS- (Théo de Barros), Interprete: JONGO TRIO

FORRÓ DE MANÉ VITO- (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), Interprete: QUINTETO VIOLADO

ESTRADA DO SOL- (Tom Jobim e Dolores Duran), Interprete: Trio Iraquitan


LADO 2

NEGA DO CABELO DURO- (Rubens Soares e David Nasser), Interprete: O BANDO DA LUA

GAUCHINHA DO BEM QUERER- (Tito Madi), Interprete: CONJUNTO FARROUPILHA

É COM ESSE QUE EU VOU- (PEDRO CAETANO), Interprete: QUATRO ASES E UM CORINGA

PONTEIO- (Edu Lobo e Capinam), Interprete: OS TITULARES DO RITMO

TREM DAS ONZE- (Adoniran Barbosa), Interprete: DEMÔNIOS DA GAROA

A VOZ DO MORRO- (Zé Kéti), Interprete: A VOZ DO MORRO

COMENTÁRIOS

Este é o único LP que tenho do projeto Memória de música popular Brasileira. Não conheço os outros volumes. Mas a contar por este, imagino ser de altíssima qualidade. Disco de excelente produção, para um vinil, de um repertório de feliz escolha, com interpretações de conjuntos musicais, que lançaram artistas ou protagonizaram movimentos e momentos que fizeram História em nosso País. Destaco o SAMBALANÇO TRIO, primeira banda de César Camargo Mariano e de Airton Moreira, este último desde 1967, mantem carreira nos Estados Unidos. Alem destes O BANDO DA LUA, grupo que acompanhou Sinhô e Pinxiguinha, nos anos 20 e 30. Mas a importância do disco é maior ainda, quando na coletânea é incluída o Conjunto a VOZ DO MORRO, grupo formado por nada menos, Elton Medeiros, Paulinho da Viola e outros, marcou época no espetáculo homônimo, repleto de canções de protesto ao regime militar.